Marketing Digital: empresas devem contratar profissionais

Ao contrário do que muita gente pensa, fazer marketing digital é muito mais complicado do que simplesmente criar uma conta no Facebook

Publicado em 21 de outubro de 2019 | 08:25 |Por: Everton Lima

Quando surge uma nova rede social, é natural que as pessoas fiquem curiosas, cadastrem-se nos aplicativos e testem a nova ferramenta. Algumas dessas redes não atraem a todos os públicos, como é o caso do Snapchat e do Tik Tok, redes populares entre os adolescentes. Entender essas diferenças é um dos pontos que merece a atenção dos empresários na hora de pensar nas estratégias de marketing digital.

Aliás, por ser tão fácil se cadastrar em uma rede social, muitos empreendedores se questionam se devem mesmo contratar um funcionário exclusivamente para gerenciá-las, ou se eles mesmos não podem tomar conta dessa tarefa.

Para o professor de Marketing Digital, Gabriel D. Costa (Anhembi Morumbi), esse pensamento não poderia estar mais errado. “O uso das redes sociais com fins comerciais deve ser feito com muito cuidado. Deve-se levar em conta a persona da empresa e a comunicação com esse perfil do público-alvo da sua marca, pois o mal-uso das redes sociais pode gerar crises para a imagem do seu negócio. Por isso, em alguns casos, é melhor não ter estratégia de redes sociais do que ter uma mal-executada”, explica.

Além de possíveis erros que gerem crises de imagem, as empresas ainda podem decepcionar seus clientes pela baixa qualidade dos conteúdos publicados. Uma pesquisa realizada neste ano pela Lett mostrou que 53% dos entrevistados buscavam outro e-commerce quando não encontravam informações adequadas sobre o produto.

Empresas devem ter um time interno de marketing digital?

A necessidade de investir nas mídias sociais não pode servir como desculpa para que o empreendedor gaste mais do que deva nessa iniciativa. De acordo com Costa, toda essa ação deve ser precedida de vários estudos. “Em tese, os investimentos tendem a ficar entre três e cinco por cento sobre o faturamento. No entanto, empresas que dependem exclusivamente dessas ações dedicam 10%, ou mais”, calcula.

O professor ainda diz que cálculos, como o ROI, podem ajudar a empresa a definir valores mais acertados. “O investimento em marketing digital ainda pode ser calculado sobre o lucro bruto ou líquido e sobre o retorno do investimento, o famoso ROI. Para chegar a uma conclusão mais concreta é preciso analisar mercado e público-alvo. Somente depois de um bom planejamento é possível estabelecer o valor. Com um estudo minucioso a empresa terá conhecimento de quanto investir em marketing.”

Contudo, nem sempre ter um time de marketing digital interno é financeiramente viável. Nesses casos, a companhia pode terceirizar a tarefa, contratando os serviços de uma agência de marketing digital. “O ideal é contratar uma empresa que conheça bem todo o processo [de marketing digital] para que você invista seu dinheiro da melhor maneira, assim seus resultados serão satisfatórios. No marketing digital tudo pode ser medido e calculado, as ferramentas se atualizam sempre e é necessária uma atualização constante do empreendedor para que se faça esse trabalho sozinho”, aconselha.

As empresas estão usando essas ferramentas?

De acordo com dados do Data Sebrae (2018) 40% dos empresários entrevistados tinham uma página no Facebook. 72% usavam o WhatsApp para se comunicar com os seus clientes.

Ademais, o uso da internet não é feito apenas para divulgar o negócio. O estudo mostrou que 63% dos empreendedores usam essa tecnologia para pesquisar fornecedores e aperfeiçoarem o setor de compras dos seus negócios.

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No entanto, apenas 11% dos entrevistados afirmaram que vendiam pela internet. Um número ainda menor (6%) confirmou que mantinham um site institucional da marca.

Para Costa, ainda que uma empresa não venda seus produtos online, isso não significa que ela não deve investir em marketing digital. “O marketing exige estratégias de promoção das vendas em todos os ambientes. Por mais que a empresa não tenha e-commerce ou ofereça serviços exclusivamente off-line, o processo de comunicação do produto pode ser feito pelo ambiente digital na fase de atração dos clientes para que depois a conversão em vendas seja feita na loja física.”

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