Fornecedores 324
26 FORNECEDORES SOB MEDIDA 324 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Auxiliar os colaboradores nesse sentido, seja na linha de produ- ção ou no escritório da empresa, é algo que faz a diferença. Tanto é que a inteligência emocional foi eleita pelo Fórum Econômico Mundial um dos 15 aprendizados úteis para qualquer profissional de alta performance. A inteligência emocional abriga diversas habilidades socioemo- cionais. Posto isso, identificar e reconhecer o estado emocional de um colaborador é mais valioso do que reconhecer a situação que levou àquela emoção. Quando perguntamos se a outra pessoa está chateada e o que provocou aquilo, a relação se torna mais próxima. Para isso, é preciso que o gestor esteja atento e realmente pré-disposto a ajudar. Haroldo Matsumoto, sócio con- sultor da Prosphera Educação Corporativa – consultoria multi- disciplinar de gestão de negócios, assinala que por esses motivos, o gestor tem que ter a competência da inteligência emocional. “Assim, vai conseguir reconhecer o que cada um pode estar enfrentando e dar suporte, se necessário. Esse su- porte pode ser desde um feedback até o direcionamento para profis- sionais da saúde como psicólogos e terapeutas”, destaca. O profissional também afirma que para identificar as emoções vividas pelos colaboradores e agir com inteligência emocional em uma indústria com centenas de fun- cionários, as empresas devem ter uma gestão de recursos humanos profissionalizada para utilizar os subsistemas de gestão de pessoas e criar um ambiente de acolhi- mento e suporte. Ou seja, deve-se ser dividido em grupos menores, com gestores preparados para criar uma cultura de valorização e diversidade de pessoas. CAPACITAÇÃO DOS GESTORES A capacitação dos gestores é essen- cial para o desenvolvimento de habi- lidades que permitam identificar as emoções dos colaboradores. O senso de colaboração, empatia, sociabili- dade e comunicação não violenta são alguns temas que Matsumoto recomenda que sejam abordados nesse desenvolvimento de gestores. Os Estados Unidos gastam US$ 70 bilhões com treinamento corporativo, sendo 35% desse valor com treina- mento em gerenciamento e liderança. Ser confiável e autêntico é a receita dessa indústria para ser um líder cor- porativo de sucesso – sirva aos outros, seja modesto e tenha compreensão empática e inteligência emocional. Contudo, segundo Jeffrey Pfeffer, professor em comportamento organizacional da Universidade de Stanford, nada disso está funcionan- do. Isso porque o local de trabalho é tão disfuncional do que antes, com empresas cheias de funcionários desmotivados e insatisfeitos, sem confiar em seus líderes. Em seu livro Leadership BS, o autor argumenta que uma das razões pelas quais o setor de liderança não tem sido METODOLOGIA EE+ José Carlos Figueira, diretor da Energy People, consultoria estratégica e operacional de RH, indica que o conceito de Employee Experience Plus (EE+) facilita em ter colaboradores cada vez mais satisfeitos, produtivos e engajados, além de uma companhia cada vez mais competitiva e com re- sultados superiores. Ela visa racionalizar recursos, incluindo tempo, dinhei- ro e energia, e transforma custos de pessoas em valor para a organização, com resultados tangíveis cada vez melhores. “A proposta é interessante e os efeitos são expressivos. É estratégico, primordial e fundamental que os líderes das empresas que desejam valorizar seus profissionais entendam a importância de desenvolver e potencializar as capacidades dos seus colaboradores”, diz e acrescenta: “É tarefa explorar as potencialidades desconhecidas dos profissionais, ou seja, saber como desbloquear talentos e características que estão adormecidos e que podem ser extremamente favoráveis a essas pessoas, tanto no contexto profissional quanto pessoal”. bem-sucedido é por conta das reco- mendações baseadas em um mundo ideal e não real. Para Pfeffer, é muito mais importante que os líderes enten- dam o que uma determinada situação exige e ajam de maneira apropriada. “Os líderes precisam ser fiéis ao que a situação exige e ao que as pessoas ao seu redor desejam e precisam”, diz ele em seu artigo na Stanford Business. Prosphera Educação Corporativa Haroldo Matsumoto, especialista em gestão de negócios: “O mais importante é considerar as necessidades e anseios dos colaboradores de forma individualizada” COLABORADORES
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