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27 MARÇO 2023 quão efetivamente um equipamen- to foi utilizado. Ou seja, quantos itens bons o equipamento produziu, comparado com a quantidade de itens bons que tem capacidade de produzir. Por exemplo: - Peças boas produzidas no turno: 3000 peças - Peças boas que tem capacidade de produzir no turno: 5000 peças - OEE = 3000/5000 x 100% = 60% Nesse exemplo, o OEE de 60% indica que o equipamento pro- duziu 60% dos itens bons que o equipamento tem capacidade para produzir no período. Igualmente, que houve uma perda de 40%, ou seja,  dois mil itens deixaram de ser produzidos ou foram produzidos com defeito. QUALIDADE E PERDAS De forma geral, o OEE pode mostrar para a indústria moveleira quantos itens um equipamento produziu, comparado com a quan- tidade de itens bons que o equipa- mento tem capacidade de produzir. Afinal, o índice de qualidade é muito importante na gestão de um equipamento. “De nada vale, por exemplo, chegarmos próximo de 100% de eficiência e entregarmos um grande volume de peças defeituosas que deverão ser retrabalhadas ou descartadas. Ao produzir peças de- feituosas, o equipamento gera uma perda maior do que se estivesse ocioso”, pontua Rodrigues. Nos cálculos do OEE, o índice de qualidade é tão importante que, a capacidade nominal de produção de itens bons, deverá ser sem- pre definida como 100% de sua produção, independentemente do equipamento ou condição. O gestor poderá até “tolerar” valores inferiores, mas não os considerar como referência. A avaliação da efetividade global de um equipamento ou processo com o OEE, dá-se por meio do produto resultante de três pa- râmetros distintos: o índice de Tempo Operacional, o Desempe- nho Operacional e o de Produtos Aprovados. “Na prática, isso se dá relacionando o tempo real traba- lhado com o tempo disponível de produção, a quantidade produzida naquele tempo real em relação a quantidade nominal para o mesmo período e o volume de peças boas produzidas com o volume total de peças, respectivamente”, assinala o consultor – veja no gráfico. O OEE foi desenvolvido no Japão em 1960, pelo Japan Institute of Plant Maintenance, com o objetivo de controlar as seis perdas que o TPM (Total Productive Maintenance ou Manutenção Produtiva Total), considera interferirem diretamente na eficiência dos equipamentos. Assim, cada índice que compõe o OEE, (Tempo Operacional, Desem- penho e Produtos Aprovados) está diretamente relacionado a duas dessas perdas. “O índice de Tempo Operacional, por exemplo, identifica as perdas por quebra/falha e por setups ou regulagens. O de Desempenho Operacional, reflete as perdas por pequenas paradas e quebras de velocidade. Por fim, o índice de Pro- dutos Aprovados corresponde aos resultados decorrentes de proble- mas de falta de qualidade e os de início de operação”, conta Walter. Existem muitos fatores que podem interferir nos resultados do OEE e apontarem tipos de perdas diferen- tes, como a qualidade da mão de obra, a condição do equipamento, a política de manutenção, dentre outras. No setor moveleiro, quando os equipamentos não são automá- ticos (principalmente as furadeiras e fresadoras), o tempo de setup geralmente é muito alto e acaba se destacando dos demais tipos de perdas, prejudicando o Índice de Tempo Operacional. O Índice de Desempenho Opera- cional, diz Walter, também pode apresentar mais perdas em relação aos demais índices, isso por estar relacionado a problemas de veloci- dade e pequenas paradas, que são mais difíceis de se identificar com indicadores convencionais. Para corrigir as perdas, uma vez identificadas, o consultor indica Tempo de Carga Tempo de Operação Tempo Efetivo de Operação Tempo Operação c/ Valor Agregado Perdas: 1 - Quebras 2 - Setups e regulagens Paradas 3 - Operação no vazio/ pequenas paradas 4 - Redução de velocidade 5 - Produtos defeituosos 6 - Início da Produção Problema de velocidade Problemas de qualidade RELAÇÃO ENTRE AS 6 PERDAS E A EFICIÊNCIA GLOBAL DOS EQUIPAMENTOS/INSTALAÇÕES

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