Fornecedores 325
30 FORNECEDORES SOB MEDIDA 325 Estamos vendo saltos muito rápidos de coisas perdendo eficiência ou eficácia”, disse. Ainda de acordo com ele, seja para qualquer merca- do, é preferível que uma empresa seja rápida. “Se puder escolher, seja rápido. Essa provocação é algo profundo no universo das parcerias e inovações”, disse. Para solucionar um problema durante a Guerra Fria, Paul Barr, considerado o criador da internet, criou uma rede descentralizada para os Estados Unidos, mas falou no futuro que essa rede deveria ser distribuída. Com essa visão, Ricardo mostrou que não faz sentido ter uma operação centralizada e insti- gou os presentes para o trabalho em parceria. “Operar sozinho não é eficiente e não é eficaz. Operar em rede é muito mais inteligente. A proposta da Biesse é isso, falar dessa visão da Biesse de trazer os parceiros para muito perto e trazer soluções com eles. Isso para mim é o exemplo clássico de operar em rede e para a eficácia”, destacou. No modelo de inovação aberta apresentado pelo palestrante, há diversos furos no funil de criação das empresas. Nesses furos, há a entrada dos parceiros para ajudar a entender os desafios em conjunto. “Também para chamar o cliente e perceber que tem sinergias. Assim, o perfil de inovação tem toda uma rede”, disse Ricardo, antes de questionar: “Vou me juntar com os meus concorren- tes?”. Se for preciso, sim. PENSANDO FORA DA CAIXA O processo de inovação aberta requer pensar fora da caixa, sendo essa a primeira dica do dia pelo palestrante. “O cérebro procura padrões para ficar confortável e quando entra em algo diferente, o conta-giros vai lá em cima. Se co- meço a pensar o que vai mudar no mundo, eu consigo sair da caixa”, assinalou. Ricardo então usou como exemplo o CD. Como era possível inovar no mercado de CDs? Apresentando novas formas de CDs. Foi o que uma fabricante fez, mas Ricardo mostrou que vai além disso. “Não é sobre o novo CD, é sobre o benefício básico que o projeto (no caso o CD) faz. Preciso fazer uma nova cadeira! Por que preciso de uma nova cadeira? As pessoas querem descansar melhor, pode ser a resposta. Mas será que a cadeira é a melhor forma para as pessoas descansarem melhor?”, indagou, antes de frisar: “A pergunta não é o que está fazendo hoje, é o que você faz que vai mudar a vida das pessoas e o que fará para ter as sinergias para criar isso”. IDEIAS E EXPERIMENTAÇÃO A segunda dica de Ricardo para ter um espaço de inovação cocriativo é ter espaço para ideias imaturas, para insights estranhos e não matar elas de primeira. Ele usou como INOVAÇÃO exemplo o próprio evento da Biesse. “Muitos devem ter pensado: ‘O que vou ganhar indo lá na Biesse?’ Não sabemos, pode não fazer sentido, mas não podemos fechar a porta para isso”. Com base no símbolo da lâmpada como representação de uma ideia, Ricardo achava antes que tinha de ter um insight do nada. Com o tem- po, passou a ver que a lâmpada não é a melhor representação para quem tem uma ideia. “O melhor símbolo que a ideia pode ter é o João Bobo. A ideia tem que apanhar e vamos arrumando a ideia conforme ela vai apanhando”. A terceira dica de Ricardo é a expe- rimentação. “90% das inovações vão dar errado, então é preciso criar um processo de experimentação. As coisas não vão dar certo no começo, mas se continuar tentando, avalian- do, vai encontrar uma solução que não será a mesma de antes, mas o processo vai ajudar a encontrar uma solução. O processo de ficar ten- “O showroom é uma pequena fábrica que montamos para dar a segurança do investimento certo”, destacou Alessando Agnoletti Divulgação
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