Fornecedores 326

27 ABRIL 2023 Ornare “Para que se inicie um ciclo de prosperidade na indústria, portanto, é preciso que haja uma melhora substancial no ambiente de negó- cios para que o setor produtivo se coloque cada vez mais em condições de competir com grandes econo- mias do mundo. O que, ao nosso ver, começa pela redução do Custo Brasil, que, de acordo com estudo do Movimento Brasil Competitivo, subtrai cerca de R$ 1,5 trilhão por ano das empresas brasileiras”, tam- bém assinala Irineu Munhoz. Nesse sentido, a Abimóvel luta pela reforma tributária, pela PEC 110 e pela manutenção de políticas fiscais, como da isenção de IPI, itens que colaboram para o desenvolvimento do Brasil. Segundo o presidente, elas resultariam não só no aumento da produção e das vendas nos mais variados setores da indústria e do comércio, mas, sobretudo, em mais emprego e renda para as famílias, impulsionando a melhoria da quali- dade de vida em nosso País. “Para tal, continuaremos trabalhan- do de perto com o Governo Federal para defender políticas e programas que apoiem o crescimento e a com- petitividade da indústria brasileira de móveis”, afirma. Munhoz pontua que a Abimóvel seguirá promo- vendo práticas sustentáveis entre seus membros e o estabelecimento de padrões de responsabilidade técnica, ambiental e social em toda a indústria. Bem como estratégias que ampliem a conscientização do mobiliário brasileiro, posicionando as marcas como líderes no fornecimen- to de produtos de alta qualidade e design integrado. No âmbito estadual, Euclides Longhi, presidente da Associação das Indús- trias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), assinala que o crescimento do setor movelei- ro, em primeiro lugar, ocorrerá com a indústria e o varejo entendendo quais são as necessidades e os valores para o consumidor, especial- Redução do desemprego, taxas de juros mais atrativas, incentivo ao crédito, simplificação e redução de impostos, dentre outras iniciativas do governo podem estimular a economia e o setor moveleiro mente no que se refere ao compro- misso das marcas com a redução de impactos ambientais, diante da tendência global de olhar com mais atenção para esse tema. “Não por acaso, o ESG vem ganhando grande relevância no meio empresarial”, frisa. “No momento em que a indústria e o varejo de móveis traduzem essas preocupações nos seus produtos e serviços, incentivam que mais e mais pessoas entrem nesse movimento”, acrescenta. Outro ponto apontado por ele é o pensamento da econo- mia circular, algo que aqui no Brasil vem sendo aplicado por alguns fabricantes de roupas e cosméti- cos. “É nítido que os consumidores estão conscientes sobre a escassez de recursos, por isso, indústrias, lojas físicas e e-commerces podem desenvolver estratégias tanto para reduzir o uso de materiais descartá- veis nas embalagens quanto optar por opções recicláveis”, diz. Seguindo com as oportunidades de mercado para as empresas movelei- ras, o presidente da Movergs percebe que a amplitude de novos consu- midores e a acessibilidade de modo geral não é amplamente explorada pela indústria moveleira. “Vale um olhar atento às necessidades de dife- rentes nichos, como pessoas idosas, por exemplo”, exemplifica. No ponto de vista econômico, por sua vez, a Movergs espera que, em 2023, haja redução do desemprego, taxas de juros mais atrativas, incenti- vo ao crédito, simplificação e redução de impostos, dentre outras iniciativas do governo que possam estimular a economia como um todo. “Também, há a expectativa de que o mercado internacional se reacomode e passe a comprar nossos móveis em maior volume. Independentemente dos desdobramentos que virão a médio e longo prazo, a Movergs se mantém atenta aos movimentos do mercado, e ao lado das indústrias gaúchas de móveis para que elas possam se fortalecer sempre. Vamos focar nosso trabalho no associativismo como ferramenta de união e crescimento colaborativo”, afirma.

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