Fornecedores 329
46 FORNECEDORES SOB MEDIDA 329 diversas vezes que há áreas que recebem mais aporte de desen- volvimento do que outras, dese- quilibrando a empresa como um todo”, pondera o consultor. Diante disso, é necessário equili- brar investimentos para que to- das as áreas sejam beneficiadas e se conectem entre si, inclusive em prol do clima organizacio- nal. “Tal valorização de pessoas às vezes gera resultados maiores do que financeiros”, assinala. MARKETING Para melhorar o processo de venda e marketing da marcena- ria, pode-se realizar a criação de um portfólio sólido e consis- tente para a demonstração do mobiliário produzido, desenvol- ver parcerias com arquitetos, designers e a participação de eventos do setor moveleiro. Isso pulveriza a atuação no mer- cado e traz parcerias e reconhe- cimento do trabalho realizado. Brandão também destaca “tra- zer o marketing para a fábrica”: com o cliente entendendo os processos, muitas vezes manu- ais, ele tem a tradução das suti- lezas de um produto, compreen- dendo a diferença entre preço e valor do que ele paga. MATERIAIS A compra de materiais pode ser um processo mais simples, mas também se pode ter perdas (de tempo ou dinheiro). O setor de compras possui maior evidên- cia devido a sua funcionalida- de com operacionalização e desenvolvimento do negócio e estrategicamente ligado aos ga- nhos no mercado. “Hoje vemos que precisamos cuidadosamente cuidar desde compras de baixo custo operacional a compras de alto custo operacional, assim sendo feito um trabalho diaria- mente acompanhado com as atualizações de mercado”, diz o consultor. Como nas revendas de produtos para marcenaria a sazonalidade de material é uma recorrência, logo é preciso sempre estar um passo à frente tanto para manter os custos operacionais quanto para gerenciar estoque a fim de evitar falta de mate- rial que impacte diretamente o negócio. VENDA No processo de venda do móvel, fazer com um profissional espe- cífico pode depender da estraté- gia definida pela marcenaria, já que há várias maneiras no desenvolvimento de venda. O consultor acredita que a maior valorização são em lojas físicas, onde o cliente possa ver e sentir a qualidade do produto que está adquirindo. “Para isso, é preciso ser acom- panhado por um profissional apto em diversas frentes, desde ter conhecimento de algumas particularidades de fabricação (por exemplo, talhados manuais em uma mesa), em como esse produto poderá acrescentar no ambiente que o cliente já pos- sui, como também boas práticas de conservação, tendências de mercado, entre outros”, aponta. PRODUÇÃO A organização de pessoas e espaço físico da produção é o primeiro passo para começar a enxergar a indústria. Com isso feito, Brandão destaca que se pode desenvolver o plano de negócio juntamente com os processos, buscando minimizar riscos operacionais. “Com essa visão do todo será possível desenvolver um plano de ação tanto corretivo quanto preventivo enquanto se coloca MARCENARIA a estratégia do alto escalão, como por exemplo, meta de produção, em ação. A dinâ- mica de uma área produtiva se assemelha muito em ‘consertar o carro andando’”, afirma. MONTAGEM A montagem do móvel também é decisivo para a produtividade do negócio. A pré-montagem deve ser uma estratégia e não uma simples conferência dentro da fábrica. Na casa do cliente ela já deve estar totalmente catalogada para a rápida mon- tagem ou, quando possível, já sair montada de fábrica. Brandão diz que nessa parte é preciso ser impecável como um todo no contato com o cliente: “caso o montador, por exem- plo, risque o piso do cliente por ter montado errado um móvel, essa ação pode levar por água abaixo qualquer ação de ma- rketing ou venda”, diz e frisa: “Todos os setores precisam estar afinados para encantar o cliente, do começo ao fim do processo”. Arquivo Pessoal “Trabalhar com madeira requer a arte e a delicadeza para que ela ganhe forma e assim se torne algo rentável”, pontua Brandão
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