Fornecedores #333

22 FORNECEDORES SOB MEDIDA 333 Abimóvel e sindicatos apontammedidas que colaborariam para crescimento do varejo e da indústria de móveis no próximo ano, além de avaliarem o desempenho em 2023 e as expectativas para 2024 Aumento estagnado A s estimativas de desempenho do mercado de móveis e colchões em 2023, indicam aumen- to de 0,9% no volume de produção e de 3,1% em valores nominais em reais, em relação a 2022. Ambos os percentuais representam, respectiva- mente, 406,3 milhões de peças e R$ 79,2 bilhões em receita na produção em 2023. No varejo, a tendência é fechar 2023 com quase 3% de cres- cimento nas vendas em volume. Dessa maneira, são números que apontam estagnação no setor move- leiro brasileiro, não sendo suficiente para cobrir o declínio de mais de CENÁRIO Por Thiago Rodrigo Multimóveis Apesar do leve recuo no primeiro semestre de 2023, espera-se que a produção, as exportações e as vendas domésticas de móveis fechem o ano numa situação um pouco mais favorável 10% em 2022, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Es- tatística (IBGE), ano que apresentou grande queda em relação a 2021 e 2020. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Mobiliário (Abimóvel), Irineu Munhoz, lembra dos dois anos atípicos para o setor moveleiro com o isolamento social levando investimento para os lares, sabendo que o setor moveleiro teria desafios para manter a demanda por móveis aquecida. Luiz Carlos Pimentel, presidente do Sindicato das Indústrias da Constru- ção e do Mobiliário de São Bento do Sul (Sindusmobil), corrobora, assi- nalando que 2023 ainda é um ano de acomodação do mercado, após o período de alto consumo durante a pandemia. “Esse fator também gerou endividamento das famílias brasileiras, que se reflete agora em menor poder de compra. Os fatores econômicos, por sua vez, impactam diretamente e vêm segurando o desempenho do setor moveleiro, como a inflação e, particularmente, a taxa muito alta de juros. Além de frear investimentos, inclusive no setor imobiliário, encarece muito o financiamento a médio e longo prazos”, pontua.

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