Fornecedores #333
24 FORNECEDORES SOB MEDIDA 333 Além disso, Irineu Munhoz acres- centa que a Abimóvel tem feito seu papel se empenhado em dialogar de forma propositiva com o Go- verno Federal, “buscando soluções que impulsionem a recuperação da indústria brasileira, alavancando a economia e fortalecendo também o poder de compra e o acesso por parte do consumidor brasileiro para ampliar a demanda”, destaca. A Abimóvel também está defendendo a desoneração da folha de paga- mento e a Reforma Tributária; a participação no Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial e no Fórum Nacional da Indústria para instauração de uma nova política industrial voltada para a inovação e a competitividade no país; bem como trabalha na reinstalação da Fremob, a Frente Parlamentar em Defesa do Setor do Mobiliário. PERSPECTIVAS As expectativas mais animadoras a partir de 2024, com aumento na produção e no faturamento em relação a 2023 e 2022, de acor- do com estimativas da Abimóvel, dependem, entretanto, do cenário econômico e geopolítico no Brasil e no mundo. “Mais especificamente do controle inflacionário na cadeia produtiva de móveis e colchões, o que se relaciona também a ques- tões como a Guerra na Ucrânia, a escalada do conflito entre Hamas e Israel, a retomada do consumo na China, entre muitas outras situações que impactam diretamente nos preços das commodities internacio- nais e que não podem ser ignorados quando falamos no desempenho ou nas projeções da indústria”, declara o presidente da Abimóvel. Para Pimentel, do Sindusmobil, a expectativa é que, em 2024, será um momento econômico me- lhor que este ano se a inflação se tornar mais controlada e as famí- lias conseguirem ir resolvendo o grau de endividamento. Para isso ele considera ser essencial que a taxa de juros fique abaixo dos dois dígitos, possibilitando investimentos e resultados melhores no consumo. “Mas é preciso também considerar, nesse momento, a interferência dos efeitos das guerras em andamento, que podem impactar em questões internas”, diz. Gisele, do Sindmóveis de Ben- to Gonçalves, espera que 2024 possa ser o ano da retomada do crescimento do setor moveleiro, ponderando a importância de que o cenário econômico melhore. “In- flação baixa e estável, taxa de juros competitiva, geração de empregos e renda e evolução do PIB nacional são questões relevantes e que tendem a impactar positivamente no mercado. Se esse cenário se mostrar favorável, é possível que o setor evolua em torno 1% a 2% aproximadamente”, considera. ANÁLISE Entretanto, de acordo com Marcelo Prado, diretor do Iemi – Inteligência de Mercado, a perspectiva para 2024, segundo estudos do Iemi, é de crescimento de 2% na produção de móveis, o que indica que o setor moveleiro brasileiro retorna a uma situação de outrora, na avaliação de Marcelo Prado: “dois para lá e dois CENÁRIO para cá”. “Não vai para frente com políticas que não se sustentam, não criam e não geram crescimento”, frisa o diretor do Iemi. As políticas do Governo Federal que ele julga não serem ideais para colaborar com o bom andamento da economia são: taxar tudo o que é possível, gastar o que não tem gerando déficit, tomar todo o crédito para si e criar impos- tos para compensar. “Isso é desesperador, é para matar qualquer mercado consumidor, criar uma incerteza muito grande para os consumidores e espantar o investimento. Tem uma situação de emprego razoável porque foi uma inércia do ano passado para cá e ano que vem não vai sustentar, a previsão é piorar um pouco. O emprego atual veio de um proces- so de retomada do mercado, mas com salários menores em termos de inflação”, comenta o analista comentando também sobre o nível de desemprego. Prado destaca que uma parcela maior da renda das famílias está comprometida com o sustento das pessoas, como aluguel, condomínio, IPTU, telefonia e transporte público. “Quando junta os gastos para viver, mais os gastos de serviços, sobra “Para voltar a crescer, o mercado consumidor precisa reagir e isso passa pela melhoria econômica e social não só do Brasil, mas no contexto mundial, especialmente entre os países que mais importam nossos móveis”, pontua Gisele Dalla Costa Sindmóveis “As empresas precisam sempre estar se reinventando com a criação de novos produtos para seus nichos de mercado e no desenvolvimento de pontos de vendas e distribuição, com ênfase aos canais digitais que têm mostrado fôlego para avançar no País”, destaca Luiz Carlos Pimentel, presidente do Sindusmobil Sindusmobil
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