Fornecedores #333
25 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2023 Previsão no crédito para o consumo associado a redução das taxas de juros é o que os sindicatos esperam para o desempenho do setor moveleiro melhorar hoje, por conta da inflação que foi alta pós-pandemia, uma parcela menor de recursos para consumir bens como móveis, calçados, rou- pas, automóveis, imóveis, materiais de construção, esses produtos que são bens duráveis, semiduráveis ou mesmo alimentos para consumir em casa, que não cresceu na proporção que esses produtos e serviços enca- receram, isso é o dano da inflação”, explica. MEDIDAS Para as perspectivas do setor moveleiro em 2024 estarem boas, segundo Marcelo Prado, depen- de do governo manter a inflação baixa, buscar equilíbrio fiscal, sair do mercado como grande tomador de crédito sem aumentar impos- tos. Contudo, ele critica a agenda inversa. “O cenário que estamos indo é Brasil sem gerar espaço para crescimento porque isso não vai trazer investimento”, diz e opina: “Mesmo que o governo faça investimento, para o Brasil se manter minimamente competitivo, estável ou em crescimento preci- sa de 20% do PIB. Mesmo que o governo gastasse tudo o que tem, não teria esse recurso – precisa do investimento privado e não faz esse trabalho, faz malfeito e distorcido, não tendo como gerar força motriz para expansão da economia brasi- leira nos próximos anos dentro da estratégia atual econômica”. Segundo ele, o caminho para o País ter crescimento era seguir como em 2020: “não é questão política, mas econômica, que é equilibrar as con- tas do governo, que é um grande devedor. O governo atual recebeu com superávit de 100 milhões, se pegasse o superávit e reduzisse o endividamento com uma dívida declinante e mantendo superávit, que significa gastar menos do que arrecada, ao fazer essa regra básica, três coisas iriam acontecer: a infla- ção ia cair muito mais rápido e ia ficar muito mais estabilizada”, inicia. O segundo fator é que os juros iam diminuir muito e as pessoas iam tirar o investimento da aplicação. O terceiro é que o poder de compra das pessoas ia crescer e o crédito ia se direcionar para consumo e investimento. “Teríamos muito mais pessoas comprando, investindo e produzindo porque teve mais crédito pra fazer esse investimento e de- sestímulo para deixar esse dinheiro aplicado a juros”, afirma e frisa: “A mudança seria fundamental se trouxessem o investimento privado para o negócio”. Com essa fórmula, seria possível alcançar de 4% a 6% de crescimento ao ano que é o potencial que o Brasil tem para realizar sem causar inflação. “Desde que o governo se comporte mais. Ainda tem o benefício ao go- verno: a arrecadação ia subir sem au- mentar um centavo de imposto. Isso é o que foi montado em 2017, com teto de gastos em que só pode au- mentar despesas dentro da inflação, não podia aumentar impostos, as es- tatais tinham de dar lucro com um choque de gestão nas estatais e isso passa a dar arrecadação para os governos. Esse ano as estatais vão dar déficit e tomar dinheiro do tesouro, é um erro crasso de visão e de negócio”, avalia. “Aguardamos uma rápida revisão no crédito para o consumo associado a redução das taxas de juros, que atualmente estão em patamares absurdamente altos”, afirma Áureo Calçado Barbosa Intersind Multimóveis
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