Fornecedores #333
26 FORNECEDORES SOB MEDIDA 333 Exportações de móveis em 2023 diminuem e devem finalizar em queda; veja fatores e causas para o declínio Desempenho baixo A s exportações brasileiras de móveis fecharam o primeiro semestre de 2023 com queda. Nos primeiros seis meses de 2023, houve recuo de 16,2% em comparação ao mesmo período em 2022. Foram exportados um montante superior a US$ 349,2 milhões frente a quase US$ 417,0 milhões no primeiro semestre do ano passado. Em volume, o total acumulado de janeiro a junho de 2023 foi de pouco mais de 9,4 milhões de peças, enquanto em igual período no ano passado havia sido de mais de 11,2 milhões de peças exportadas. Desse modo, na conclusão de 2023, a estimativa é de que haja queda de 6% em volume e 10% em valores nas exportações de móveis, de acordo com o Iemi – Inteligência de Mercado. Uma série de fatores externos colaboram para o declínio como flutuações cambiais, crescente concorrência internacional e inflação que atinge os mercados importado- res do móvel brasileiro. EXPORTAÇÃO Por Thiago Rodrigo “O mercado não está andando bem lá fora, está mais ou menos parado”, aponta Marcelo Prado, diretor do Iemi. O principal importador do móvel brasileiro, os Estados Unidos, repre- sentaram US$ 110,6 milhões de janei- ro a junho de 2023, contudo, número menor que os US$ 158,1 milhões no mesmo período do ano passado. “Ainda que os Estados Unidos seja bastante resiliente, são o principal mercado-alvo nosso. Temos bastante negócios com a Argentina, países sul-americanos e outros mercados na Europa, mas nenhum deles está performando bem”, assinala Prado. O Uruguai foi o único país dos dez prin- cipais destinos do móvel brasileiro que aumentou consideravelmente a expor- tação em valores de 2022 para 2023 no período de janeiro a junho – o Paraguai também registrou leve aumento. Os outros países da lista, como Chile, Reino Unido, Peru, Bolívia, França, Porto Rico e Países Baixos, tiveram ligeira ou ampla diminuição em valores. CAUSAS Marcelo Prado explica que são dois fatores que colaboram para essa di- minuição da exportação do mobiliário nacional. Uma delas é que o mercado não está bom internacionalmente, assim como acontece no Brasil. Outra é que a fatia de mercado conquistado nos últimos anos com a ausência de concorrentes durante a pandemia está sendo recuperada pelos players do mercado asiático. “A concorrência externa com todos os players asiáticos atuantes a todo vapor no mercado onde estávamos performando melhor pela ausência deles. Assim, não está bom após a Covid, quando teve o boom de móveis e home office, depois retomou o consumo só que com uma retomada mais lenta e agora estão controlando a inflação que demoraram para contro- lar. Tanto em relação à Europa quanto aos Estados Unidos, nós saímos na frente aqui no combate à inflação, o Para 2023, a estimativa é que sejam exportados US$ 741,2 milhões em móveis, queda de 10,8% em valores e 6,2% em volume de peças em relação a 2022 Freepik
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