Fornecedores #333

30 FORNECEDORES SOB MEDIDA 333 Painéis de madeira precisam contar com baixos níveis de emissão de formaldeídos em sua composição, de acordo com limites europeus e norte-americanos Formaldeído O s painéis de madeira utilizados para a estrutura dos móveis utilizam formaldeído, composto utilizado na produção de resinas como ureia, fenol e melamina que são utilizados para aglutinação das fibras ou partí- culas de madeira reconstituída como MDF, MDP e compensado. Reconhecido como carcinógeno para humanos, o formaldeído possui regulamentação de níveis limites no substrato, sendo uma medida essencial que visa a proteção da saúde pública e do meio ambiente. Altas concentrações de formal- deído podem ser prejudiciais e têm sido associadas a vários riscos à saúde, como irritação das vias respiratórias, no qual PAINÉIS DE MADEIRA Por Thiago Rodrigo PRINCIPAIS PONTOS - Formaldeído é cancerígeno e pode afetar as pessoas tanto na produção dos painéis quanto nos produtos acabados, como móveis; - Regulamento Carb dos Estados Unidos é o mais rígido, com emissões de formaldeído em painéis de madeira reconstituída de 0,05 partes por milhão ou 50 microgramas por metro cúbico (µg/m³); - Comissão Europeia estabeleceu novo limite para a concentração de formaldeído no ar, fixando o limite em 0,062 mg/m³, no qual as empresas terão três anos para se adequar ao novo regulamento; - Norma nacional vigente estabelece emissões de até 3 mg/100g (E1) e de até 20 mg/100g (E2), nas amostras para emissões obtidas pelo método perforator; e de até 3,5 mg/m²h (E1) e de até 8 mg/m²h (E2) no método gas analysis; - Quanto à diferença entre os limites permitidos de emissão de formaldeído, a variação de uma região para outra ocorre diante de diferentes abordagens regulatórias, prioridades de saúde pública e condições ambientais, como as diferenças climáticas e evidências científicas; - Outra mudança é que para a indústria de móveis exportar para os Estados Unidos será preciso, a partir de abril de 2024, suas próprias certificações, passando por processo de certificação. a exposição, tanto a altos níveis de formaldeído ou baixos níveis por períodos prolongados, pode causar irritação nos olhos, nariz e garganta, resultando em sinto- mas como tosse, espirros e dor de garganta. “Isso é especial- mente preocupante em ambien- tes internos onde a exposição prolongada é possível, como em residências e locais de trabalho”, explica Luciana Barreto Adad, química mestre em engenharia e ciência dos materiais e analista de desenvolvimento tecnológico do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Por isso, há regulamentações que visam controlar as con- centrações de formaldeído nos produtos acabados. A preocupa- ção abrange tanto a produção quanto o produto acabado. “Na etapa de produção do painel, o formaldeído é usado na produ- ção de resinas como a resina ureia-formaldeído e fenol-for- maldeído, que são utilizadas para unir as partículas de madeira. É neste estágio que os níveis de formaldeído podem ser contro- lados, utilizando resinas de baixa emissão e processos de produção mais eficientes”, diz Luciana. A emissão de formaldeído não se encerra com a fabricação. Após a produção, os painéis utiliza- dos na fabricação de móveis, revestimentos de parede e pisos, podem continuar a liberar for- maldeído ao longo do tempo, o que pode afetar a qualidade do ar em ambientes internos.

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