Fornecedores 335
30 FORNECEDORES SOB MEDIDA 335 As iniciativas podem incluir mulhe- res e outros grupos minoritários. “É importante que as empresas tenham Programas de Equidade de Gênero para corrigir as desigualdades salariais. Mas hoje as empresas já estão indo muito além do que apenas é exigido pela lei, como a equiparação salarial. As corpo- rações estão mais atentas para a im- portância das mulheres em funções de liderança como forma de otimização e de melhora de resultados financeiros. As pesquisas comprovam que a diversidade em liderança incrementa o desempenho financeiro e os índices de sustentabilida- de”, afirma Nathalia Lima Barreto, sócia do escritório Razuk Barreto Valiati. MATURIDADEEMDIVERSIDADE Uma das constatações da pesquisa da TechTarget é que, quanto maior a ma- turidade da empresa em diversidade, me- lhores serão os resultados obtidos com as iniciativas de ESG e de DEI. A pesquisa dividiu as corporações em quatro níveis de desenvolvimento na área: nascentes, emergentes, evoluindo e líderes. Ao comparar o impacto que o ESG e o DEI tiveram na presença de mercado das organizações, notou-se que as corpora- ções consideradas líderes tinham 68% mais chance de obterem resultados pal- páveis do que as iniciantes na área. “Esse tipo de insight trazido pelas pesquisas mostra a importância de as empresas se atentarem e iniciarem o mais rápido possível essas iniciativas sociais. As datas como o Dia da Mulher podem ser usadas para iniciar as mudanças muitas vezes esperadas pelos colaboradores e pelos consumidores”, reforça Nathalia. PRINCÍPIODAESPECIFICIDADE De acordo com Nathalia, as iniciativas de ESG e DEI não podem ser tratadas de forma idêntica, visto que cada corpora- ção tem a sua realidade e repercussão causada. Por isso, há necessidade de avaliar este aspecto sob diversas perspectivas: de governança corpora- tiva, de diálogo e impacto social, de equidade e inclusão e, de preferência, com uma implementação e mensuração das repercussões dessas medidas, tanto sob a perspectiva interna quanto das comunidades afetadas. No âmbito interno, segundo ela, o dever das empresas é desenvolver políticas específicas de governança corporativa. “Elas devem incluir canais de comu- nicação para assédio moral e sexual, treinamentos e capacitações de equipe em relação à diversidade e à inclusão de gênero”. Outras questões relevantes são a concessão de licenças paternida- de e maternidade estendidas, apoio à amamentação e benefícios para creches, entre outras medidas para compatibilizar a maternidade com exercício profissional. No âmbito externo, a norma ABNT 2030 apresenta os conceitos e modelos para orientar os passos necessários à implementação de políticas de ESG e DEI nas empresas. Nesse contexto, as corporações devem analisar o impacto social da empresa nas comunidades onde estão inseridas e as populações vulneráveis, incluindo as mulheres. “Com isso, o foco deve ser em desenvolver políticas de capacitação, de treinamento e organização dessas comunidades e investimentos sociais com recursos financeiros e programas de voluntariado e ações específicas para lidar com as materialidades da empresa que afetam as mulheres”, ressalta a sócia do escritório Razuk Barreto Valiati. Carine Roos, CEO e fundadora da Somos Newa, empresa de impacto social que atua no desenvolvimento de organizações, capacitação de lideranças e florescimento humano, assinala que a diversidade, equidade e inclusão (DEI) vão além de uma “tendência” ou “moda” no cenário corporativo contemporâneo. São, na verdade, elementos cruciais que refletem diretamente na saúde, inovação e sucesso de uma empresa. “A necessidade de implementar práticas de DEI não surge apenas de uma perspectiva ética ou social, mas também de uma demanda intrínseca dos times internos que buscam ambientes de trabalho mais saudáveis, respeitosos e produtivos. “É um compromisso com o crescimento sustentável e ético da em- presa, garantindo que cada indivíduo, com suas unicidades e diferenças, seja visto, ouvido e valorizado”, assinala. SETORMOVELEIRO Atenta às demandas de diversidade, equidade e inclusão, a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliá- rio (Abimóvel) tornou-se a primeira entidade setorial a firmar o Com- promisso de Equidade de Gênero promovido pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), da qual é parceira na execução do Projeto Setorial Brazilian Furniture. O ato não apenas reforça o compromisso da entidade com a igualdade de gênero dentro do setor moveleiro, mas também marca um passo significativo em direção a uma indústria inclusiva e diversa. DIVERSIDADE Nathalia Barreto, advogada e sócia do escritório Razuk Barreto Valiati Divulgação
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