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34 FORNECEDORES SOB MEDIDA 335 Ademais, outra restrição da robótica está relacionado a instalações mal implementadas, que podem gerar mais desconforto do que benefícios. “Isso porque não vão trabalhar para determinado produto e uma eventual mudança de produto não vai funcio- nar. Então, faz com que haja uma efi- ciência baixa, porque vai ter inúmeras paradas e, com isso, a mão de obra não estaria disponível para conseguir produzir. Então, uma aplicação mal projetada causa muito mais descon- forto do que benefício”, diz. INVESTIMENTO Desde sempre, um robô tem um custo alto, mas que pode ser pago pelo benefício e ao longo do tempo. Dal Fré conta que o cálculo de ava- liação do custo-benefício se dá pelo retorno sobre o investimento, em inglês, RoI (Return of Investment), ROBÓTICA AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS ROBÓTICOS (RPA) Os “bots”, as inteligências artificiais e a Automação de Processos Robóticos (RPA) bem como drones e carros autônomos, não são considerados robôs pela Organização Internacional para Padronização (ISO), mas as RPAs podem ser um diferencial competitivo como automação na indústria moveleira. Isso pela celeridade na compra de insumos, redução de tempo na esteira de produção e redução de erros operacionais nas áreas que operam sistemas. Quem afirma é Gustavo Bortotti, gerente da Yank Solutions. São exemplos de automação de RPAs nos processos de uma indústria o lançamento de notas de entrada, gestão da fila de produção, distribuição de materiais, busca de leads, consulta a certidões, classificação fiscal e consulta receita federal e atualização cadastral. Segundo Bortotti, a RPA é uma forma de ter um sistema (software) sem intervenção humana e pode ser aplicado na produção de uma indústria nos sistemas operacionais onde requer lançamento, conferência e análises sistêmi- cas, requerendo investimento em torno de R$ 70 mil mensais. ROBÔSDEALUGUEL ADalca Brasil possibilita essa novamodalidade de acesso à tecnologia para as indústrias que desejam iniciar oprocessode automação, que é a locaçãode robôs. ODalca RaaS segue o conceitode Robot as a Service (em livre tradução, robô comoumserviço) e permite que as empresas aluguemequipamentos por um determinado tempopara realizar certas atividades na linha de produção. “É uma quebra de paradigma locar o serviço emvez de comprar o ativo imobilizado, uma facilidade relevante especialmente para as indústrias demédio e pequenoporte, por exemplo, pois elimina oônus da descapitalização, decorrente de investimen- tos iniciais robustos na compra demaquinários autônomos ou a necessidade de buscar financiamentos para isso”, explicaDal Fré. Alémdisso, o aluguel do robô permite à empresa atender a necessidades sazonais de produção, bemcomo tratar de produtos comprevisibilidade de demanda desconhecida. Ou, ainda, perceber de que forma e quais retornos o caminhoda automaçãopode trazer para onegócio. “Depois da experiência de alugar, a indústria pode adquirir aquele mesmo equipamentode forma permanente, já conhecendo como a célula robótica funciona emseuparque fabril e que resultados serão entregues”, diz o diretor daDalca Brasil. Ele acrescenta que essa solução é uma alternativa também para aquelas empresas que não têmmais disponibilidade de investimentos namo- dalidadeCapex (despesas com investimentos embens de capitais), permitindoque onegócio seja feito comoOpex (despesas operacionais da empresa). ODalca RaaS é direcionadopara células robóticas nas linhas de rebarbação (para acabamentode peças), soldagem,movimentação interna (comoprodutoAGV) e armazenagem interna (como carro satélite). Os clientes dessa forma de operação contamcomos serviços demanutençãopreventiva e corretiva para os equipamentos em locação. “Para empresas do setormoveleiro, aDalca ainda nãopossui parcerias nesse formatode locação. É ummercadoumpoucomais conservador e que ainda não aderiu a essamodalidade.Mas a gente já está alinhavandodiversos contatos para fechamentos de negócios nesse sentido”, pontua. no qual a empresa que vai fazer a integração calcula qual seria o retorno em mão de obra e qual seria o benefício em qualidade, aumento da produtividade e diminuição de horas paradas. “Com essa previsão, é possível calcular em quanto tempo o robô se paga”, frisa. Uma questão muito importante é a possibilidade de trabalhar em turnos, se eventualmente será possível fazer com que o robô trabalhe em três tur- nos. Isso vai fazer com que ele atinja um número bem maior de pessoas e o cálculo do retorno sobre o investi- mento se torne muito mais atrativo. Outra possibilidade é o financiamento desses equipamentos por projetos de inovação. “Temos projetos, por exemplo, com dois anos de carência operados pelo Finep, que muitas vezes o cliente recebe o retorno no investimento antes mesmo de iniciar a pagar as prestações do financiamen- to”, garante. Atualmente, a Dalca Brasil tem três formas de aquisição de suas soluções: a compra direta, na qual o cliente paga uma entrada, paga uma outra parte na entrega e outra após instalação. A segunda maneira é com a parte de financiamento através do Finame ou BNDES e Finep. “A mais usual, a mais atrativa hoje, é a Finep, pois estamos falando em juros na faixa de 6% a 7% ao ano e dois anos de carência, além de oito anos para pagar. É a condição mais atrativa no ponto de vista de juros de mercado”, destaca.

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