Fornecedores 340

46 FORNECEDORES SOB MEDIDA 340 Para além dos hardwares, há a par- ticipação dos softwares dentro deste “novo processo” da marcenaria. No que tange a eles, o consultor aponta três pontos principais do qual os softwares podem fazer muita dife- rença na marcenaria. O primeiro é no projeto, no qual um modelo 3D pode evitar diversos erros na produção e na montagem, principalmente no caso dos planejados. No momento que se busca por tecnologia, a comunicação entre projeto e maquinário é essencial e um software se torna essencial para isso, sendo esse o segundo ponto. Por último, a organização da marcenaria, é muito comum chegar ao fim da produção faltando uma peça para a montagem do móvel. “O marceneiro pode perder muitas horas procurando peças ou refa- zendo as mesmas. Um sistema de etiquetagem e controle de produção pode reduzir o desperdício de tempo e matéria-prima e garantir que os pedidos sejam entregues dentro do prazo”, afirma Peruzzo. GARGALOS E QUALIDADE Muitos fatores ou centros de trabalho podem ser um gargalo, cada marcenaria tem o seu. “Essa é uma questão complicada, afinal, no momento que um gargalo deixa de existir, outro ponto da linha de pro- dução passa a ser. A primeira coisa a ser pensada é a organização, correr para entregar um pedido a tempo pode causar erros na produção, o retrabalho gerado atrasará todos os pedidos subsequentes, isso se torna um ciclo muito prejudicial ao caixa da empresa”, diz Peruzzo. Diante disso e do fato de que o gar- galo pode estar em qualquer ponto da linha produtiva, por exemplo, no prazo para entrega da matéria- -prima, no projeto, no corte, na colagem da borda, na furação, na embalagem, entre outros, para ter maior velocidade de entrega cada uma dessas etapas pode possuir di- versos recursos e insumos, dos mais variados valores de investimento. Só que por vezes é difícil de enxergar e conhecer as melhorias que podem ser feitas com o marceneiro “preso” dentro da fábrica. Por isso, o consultor da AP Solutions destaca que é necessário o marce- neiro se manter atualizado, buscar por treinamentos, informações e opiniões de outros marceneiros, pro- curar soluções em mídias na internet e analisar as possibilidades ofereci- das por representantes de empre- sas fornecedoras da marcenaria. “Existe toda uma cadeia produtiva de insumos querendo muito vender soluções personalizadas, basta ao marceneiro calcular se o valor investido realmente trará um retorno positivo”, pontua. Sobre a qualidade do produto, ela não está relacionada somente à qualidade do maquinário que exe- cuta o móvel na grande maioria das vezes. Há inclusive muitas empresas MARCENARIA que usam os serviços manuais como forma de marketing, afinal, existe clientes no mercado que valorizam isso. A qualidade do produto, de acordo com Peruzzo, vem desde a escolha do material, até a maneira de como o móvel é embalado. “O importante é a atenção aos detalhes, o modo como o cliente é tratado, o capricho no acabamento, o cuidado com o manejo das peças durante a produção, entre outros fa- tores. As máquinas servem para fa- cilitar a vida do marceneiro, levando minutos para fazer um trabalho que demoraria horas quando realizado manualmente. Elas tornam possí- vel atender um maior número de clientes em menos tempo”, diz, mas pondera: “É claro que um maquiná- rio de baixa qualidade pode afetar o produto, no entanto, na maioria das vezes, vai apenas exigir mais tempo em operações manuais posteriores, ou causar alguma espécie de retra- balho na produção”. “Combinando a demanda às características do mobiliário, o empresário pode determinar qual o melhor investimento em maquinários e outras tecnologias”, diz Anderson Peruzzo AP Solutions

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