Fornecedores 341

41 SETEMBRO 2024 COLUNA Caos climático BIRAMIRANDA Publicitário, especialista em ESG com cursos no United Nations System Staff College e na EDX - Solve - Mit (Massachu- setts Institute of Technology). Fundador e Líder de Estratégia na YPY Consulting - Consultoria em Sustentabilidade e Presidente da Associação de Assistência e Desenvolvimento Humano DaRua (Entidade dedicada a acolher pes- soas em situação de rua em SP). Por Bira Miranda E mpresas que estão perdendo com o caos climático têm muito a ga- nhar se trabalharem juntas. Em 2024, em poucos meses experimentamos o extremo da secura e do calor e das chuvas torrenciais concentradas em uma pequena área. A enchente no Rio Grande do Sul e os incêndios que assolam várias regiões do país, reforçam a urgência de ações coordenadas contra o aque- cimento global. Para muitos o aquecimento global era um problema “dos outros” já que aqui no Brasil nenhum efeito mais severo era constatado. Se queremos evoluir, precisa- mos entender a importância da iniciativa privada se unir ao governo federal e ao terceiro setor, para gerar ações concre- tas e práticas que minimizem os impactos do aquecimento global e que dê ao país capa- cidade de reagir às catástrofes cada vez mais comuns. As empresas brasileiras de- sempenham um papel crucial nesse cenário. Não se trata apenas de responsabilidade social, mas de uma questão de sobrevivência econômica e de competitividade global. A falta de ação efetiva não apenas agrava os desastres ambientais, como também impõe prejuízos econômicos de longo prazo, impactando diretamente o setor privado. A inação diante das mudan- ças climáticas também afeta a competitividade das empresas brasileiras no mercado interna- cional. A pressão por práticas mais sustentáveis está cres- cendo, e as empresas que não aderirem a padrões mais rigo- rosos de ESG (Environmental, Social and Governance) correm o risco de perder contratos e investidores. Países da União Europeia e mais recentemente os Estados Unidos já impõem restrições a produtos de países que não cumprem metas am- bientais. E não se iluda, se sua empresa não exporta, mas está na cadeia produtiva de quem exporta, ela também terá que se adequar às exigências feitas. Em outra frente, fundos de in- vestimento e grandes corpora- ções internacionais estão priori- zando parcerias com empresas que demonstram compromisso com a sustentabilidade. Ao agirem de forma conjunta, as empresas podem comparti- lhar conhecimentos e recursos, promovendo iniciativas de impacto maior e mais eficiente. Parcerias entre setores indus- triais para desenvolver soluções tecnológicas para mitigação de carbono ou para a adaptação a eventos climáticos extremos. As empresas que assumirem a liderança na luta contra o aquecimento global e na res- tauração das perdas geradas por ele, reforçarão sua ima- gem perante seus consumi- dores. A sociedade brasileira, cada vez mais consciente dos impactos das mudanças cli- máticas, valoriza marcas que se preocupam com o meio ambiente e com as pessoas. E você líder, já calculou o pre- ço de não fazer nada?

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1NDE=