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40 FORNECEDORES SOB MEDIDA 342 COLUNA É tempo de agir BIRAMIRANDA Publicitário, especialista em ESG com cursos no United Nations System Staff College e na EDX - Solve - Mit (Massachu- setts Institute of Technology). Fundador e Líder de Estratégia na YPY Consulting - Consultoria em Sustentabilidade e Presidente da Associação de Assistência e Desenvolvimento Humano DaRua (Entidade dedicada a acolher pes- soas em situação de rua em SP). linkedin.com/in/biramiranda Por Bira Miranda A queles que no passado recente não abraçaram ESG por uma visão limitada da sua importância, dizem agora, que a “moda passou”. O que mais me impressiona é que os míopes de antes estão com um grau maior de miopia e precisam urgentemente de bons óculos que os façam en- xergar o que está acontecendo no mundo e consequentemente, no mundo dos negócios. O cenário empresarial global está passando por uma transformação profunda, e as práticas ESG estão no centro dessa mudança. No Brasil, onde as questões ambien- tais, sociais e de governança têm impactos diretos na economia e na reputação das empresas, a urgên- cia para agir nunca foi tão clara. A adoção de práticas ESG deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade. As empresas que falharem em integrar esses pilares em suas operações estão claramen- te comprometendo o seu futuro. Segundo estudo do Banco Mundial de 2021, a mudança climática custa 1,3% do Produto Interno Bruto a cada ano para as empresas brasileiras. Do ponto de vista so- cial, o cenário também exige ação. São Paulo, a maior cidade do país possui mais de 100 mil pessoas em situação de rua. Empresas que não enxergam o que está acontecendo à sua volta e não se comprometem com o desenvol- vimento socioambiental das regiões onde operam estão cada vez mais sujeitas a boicotes e perdas de reputação. Um exemplo claro é o impacto das práticas ESG no consumo: uma pesquisa da Nielsen indicou que 73% dos consumidores globais preferem adquirir produ- tos de empresas que demonstram compromisso com causas sociais e ambientais. As mudanças climáticas terão um impacto financeiro no mundo da ordem de US$ 38 trilhões por ano até 2049, de acordo com um estudo publicado em 17 de abril por pesquisadores do Instituto Potsdam de Pesquisa de Impacto Climático da Alemanha. O montante representa uma queda na renda global de cerca de 19% nos próximos 25 anos. É evidente que as empresas preci- sam agir, e agir agora. No Brasil, os desastres climáticos já estão batendo à porta. As enchentes no Rio Grande do Sul e os incêndios devastadores em várias partes do país não são eventos isolados, mas sinais de que a mudança climática já está impactando diretamente a vida das pessoas e a economia. O setor privado não pode mais se dar ao luxo de adiar a implemen- tação de práticas ESG. Além de ser uma resposta à pressão de consumi- dores e investidores, é uma questão de sobrevivência empresarial. É preciso entender que a melhor forma de agir é em conjunto, as em- presas podem compartilhar conhe- cimentos e recursos, promovendo iniciativas de impacto maior e mais eficiente. Parcerias entre setores industriais para desenvolver soluções tecnológicas para mitigação de car- bono ou para a adaptação a eventos climáticos extremos. As empresas que assumirem a lide- rança na luta contra o aquecimento global e na restauração das perdas geradas por ele, certamente terão um futuro muito mais próspero do que aquelas que nada fazem.
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