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50 FORNECEDORES SOB MEDIDA 346 COLUNA Agro e ESG: Pode isso, Arnaldo? BIRAMIRANDA Publicitário, especialista em ESG com cursos no United Nations System Staff College e na EDX - Solve - Mit (Massachu- setts Institute of Technology). Fundador e Líder de Estratégia na YPY Consulting - Consultoria em Sustentabilidade e Presidente da Associação de Assistência e Desenvolvimento Humano DaRua (Entidade dedicada a acolher pes- soas em situação de rua em SP). linkedin.com/in/biramiranda Por Bira Miranda N ão só pode, como deve! O agronegócio brasileiro tem um papel fundamental na transição para uma economia mais verde e sustentá- vel. Em um mundo onde a demanda por alimentos cresce exponencialmente e os impactos das mudanças climáticas se tornam cada vez mais evidentes, investir em práticas sustentáveis não é apenas uma questão de responsabili- dade socioambiental, mas também de inteligência estratégica. A adoção de princípios ESG (Ambiental, Social e Governança) pode garantir a longevidade do setor, aumentar sua competitividade global e abrir portas para novos investimentos e mercados. A agricultura regenerativa se destaca como uma solução inovadora para conciliar produtividade com conservação ambiental. Essa abordagem vai além da sustentabilidade tradicional e busca restaurar os ecossistemas, promoven- do benefícios tangíveis para o solo, a biodiversidade e o clima. Veja por que a agricultura regenerativa é estratégica: - Melhora a estrutura e fertilidade do solo, reduzindo a erosão e aumentan- do a capacidade de retenção de água. - Favorece a captura e fixação de car- bono, contribuindo para a redução dos gases de efeito estufa. - Reduz a dependência de fertilizantes e defensivos químicos, tornando a produção mais rentável e resiliente. - Estimula a biodiversidade, criando ecossistemas mais equilibrados e resis- tentes a pragas e doenças. O agro do futuro precisa trabalhar pela transição para uma economia de baixo carbono, passando pela valorização de recursos biológicos e pela inovação tec- nológica. No setor agropecuário, isso se traduz na adoção de bioinsumos, no manejo sustentável e no uso de tecnologias que minimizam impactos ambientais. A bioeconomia representa uma oportunidade para agregar valor aos produtos agropecuários, impulsio- nando a criação de novos mercados e atraindo investimentos voltados para a sustentabilidade. Empresas que adotam essa estratégia conquistam vantagens como: - Redução de emissões de carbono e melhor posicionamento em mercados regulados. - Maior valor agregado aos produtos, tornando-os mais atrativos para consu- midores conscientes. - Diversificação de receitas e ampliação de oportunidades de negócio. A incorporação de critérios ESG já não é uma escolha, mas uma exigência do mercado. Regulamentações ambientais cada vez mais rigorosas, consumidores mais exigentes e investidores atentos às práticas sustentáveis fazem do ESG um diferencial competitivo essencial. Empresas que estruturam suas operações com base nesses princípios garantem: - Acesso a financiamentos com condi- ções mais vantajosas. - Conformidade com legislações am- bientais e redução de riscos regulatórios. - Reputação fortalecida, aumentando a aceitação nos mercados nacional e internacional. - Eficiência operacional, com redução de custos a longo prazo. O futuro do agronegócio brasilei- ro passa pela adoção de práticas regenerativas e sustentáveis. Em- presas que se antecipam a essa realidade saem na frente e garan- tem sua perenidade. A pergunta que você que possui um cargo de liderança deve se fazer é: Como a sua empresa está se preparando para essa transformação?

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