Recuperação Judicial da Artecola Química é adiada
Advogado explica que adiamentos são uma etapa normal nos processos de Recuperação Judicial desta natureza
Publicado em 29 de janeiro de 2019 | 09:34 |Por:
Envolvida em um processo de Recuperação Judicial, a Artecola Química emitiu um comunicado por meio da controladora FXK Adm. e Participações. A Assembleia Geral de Credores do processo de Recuperação Judicial da empresa, realizada ontem, 28 de janeiro de 2019, foi suspensa por 43 dias e será retomada em 12 de março de 2019, às 10h, no mesmo local, o Hotel Swan Tower, em Novo Hamburgo (RS).
Segundo a nota, em sintonia com os credores, que novamente aprovaram a suspensão por ampla maioria (85,75% do total dos créditos presentes), a empresa segue fazendo ajustes e irá apresentar até 19 de fevereiro o novo plano de recuperação judicial.
A empresa informa que em processos de Recuperação Judicial de tamanho similar a este, o adiamento da votação da Assembleia Geral de Credores é perfeitamente normal, sendo de praxe a avaliação de todos os pontos sinalizados pelos credores e eventuais ajustes antes da homologação da proposta final.
De acordo com o advogado Laurence Medeiros, da Medeiros & Medeiros Administração Judicial – escritório que atua no caso na função de Administrador Judicial, esses adiamentos são uma etapa normal nos processos de Recuperação Judicial desta natureza. “Normalmente, as suspensões da assembleia geral de credores podem ocorrer até cinco ou seis vezes, em média, em razão do grande número de envolvidos em processos como este”, diz.
– Entrevista: Maristela Cusin Longhi, presidente da Abimóvel
Ele acrescenta que a empresa vem registrando resultado satisfatório, está com compromissos em dia e tem demonstrado todas as condições necessárias para passar pelo processo de Recuperação Judicial, o que deve acelerar a aprovação do plano.
A Artecola Química ressalta que tem investido nas melhores alternativas para chegar a uma proposta que atenda todas as partes envolvidas neste processo, inclusive disponibilizando imóveis para dação como forma de antecipar pagamentos.
Outra fonte de recursos que poderá ser utilizada no pagamento do plano – além do resultado operacional das suas atividades de negócios – é a Ação Indenizatória movida contra o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em trâmite na 1ª Vara Federal de Novo Hamburgo (RS).
A ação busca ressarcimento de danos causados à empresa e seus acionistas por descumprimento nos pagamentos de contratos por parte do Governo Federal/Ministério da Educação. Em caso de resultado positivo no julgamento, a indenização será utilizada para liquidar os valores destinados aos credores.
Por fim, a Artecola enfatiza que “segue operando normalmente, atendendo com a qualidade e confiabilidade que marcaram seus 70 anos de atuação. Seguimos firmes e confiantes, trabalhando para a sustentabilidade e crescimento da companhia”.