Jornada de compra online: estudo indica tendências de comportamento
O valor do frete é fundamental para que o cliente feche negócio, de acordo com estudo
Publicado em 29 de agosto de 2019 | 15:23 |Por: Everton Lima
Um estudo encomendado pela Digitalks revelou alguns insights sobre a jornada de compra do consumidor on-line. Essa jornada avalia as principais ações tomadas pelo cliente até o momento em que ele adquire um produto.
De acordo com o estudo, 53% dos entrevistados fizeram suas compras usando um smartphone. Para os lojistas, isso indica que as suas soluções digitais precisam considerar que a navegação mobile é uma realidade.
Ademais, ainda que 47% das pessoas tenham afirmado que fizeram suas compras pelo computador (desktop ou notebook), existe uma tendência de crescimento no uso de celulares. De acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nosso país tem mais de 230 milhões de aparelhos celulares.
Frete alto atrapalha a jornada de compra
Os pesquisadores da Digiltalks alertam para um dado que se destacou no estudo: 76% dos entrevistados disseram que desistiram de uma compra na hora que viram o valor do frete.
No entanto, a má reputação de algumas empresas também fez com que os clientes abandonassem os seus carrinhos de compras. 65% deles afirmaram que não fizeram negócios com marcas que estavam mal avaliadas por outros consumidores.
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Aliás, as pessoas estão pesquisando muito sobre as empresas antes de comprarem algo. A pesquisa mostra que a maioria das pessoas consulta até cinco sites antes de decidir em qual loja comprará.
A jornada de compra começa no Google. 43% dos entrevistados dizem que iniciam suas pesquisas nessa ferramenta. 19% vão diretamente ao site da marca.
Mercado de móveis: mais de 15% compraram online
16% dos entrevistados disseram que compraram móveis ou peças de decoração pela internet. Já os eletrodomésticos tiveram um desempenho melhor: 35%, ficando em quarto lugar na lista de categorias mais procuradas pelos participantes do estudo.
Certamente, os lojistas moveleiros devem se atentar para o crescente movimento dos consumidores online e, sobretudo, conhecer sua jornada de compra. Com isso, aderirem melhores práticas a fim e obter melhores resultados. De acordo com um estudo realizado pela Forrester Research, encomendado pelo Google (2016), as vendas pela internet devem dobrar até 2021. A previsão é de receita de R$ 84,7 bilhões, crescimento de 80% ante 2016, quando registou R$ 47,1 bilhões.
E os benefícios atingem o varejo offline também. A pesquisa da Forrester indica que até 2021, 32% das vendas físicas (sem considerar setores de bebidas e alimentação) sofram influência positiva do meio digital (19%, em 2016).