iSaloni é adiado para 2021 devido ao coronavírus

O Salone del Mobile.Milano (iSaloni 2020) foi suspenso por conta do alastramento da pandemia de coronavírus. A decisão de adiar foi tomada pelo Conselho do Salone del Mobile.Milano. Inicialmente adiada para junho após a Itália sofrer os primeiros casos da gripe, a situação alarmante ao qual o país se encontra no momento – com mais de 9 mil mortes, sendo 919 apenas no dia de hoje – mostrou que o país não se recuperará tão cedo da pandemia.

Em comunicado, a organização do iSaloni 2020 diz que “embora estivéssemos determinados a manter a data de junho e permitir que o evento anual acontecesse como planejado, as circunstâncias atuais e sem precedentes, as medidas de médio prazo e as incertezas de agora, significam que o Salone deste ano não pode mais continuar”.

A edição de 2021 comemorará o 60º do aniversário do iSaloni. Na ocasião, a feira promoverá todas as exposições bienais em conjunto com o Salone Internazionale del Mobile.

Brazilian Furniture

Com a não realização do iSaloni 20 20, o projeto Brazilian Furniture, organizado pela Associação Brasileira das indústrias de Mobiliário (Abimóvel) em conjunto com a Apex-Brasil, levaria produtos de empresas brasileiras ao evento.

Cândida Cervieri, diretora executiva da Abimóvel, considera uma decisão acertada quanto ao adiamento da feira, atendendo uma demanda mundial e da União Europeia diante da pandemia do Covid-19. As indústrias brasileiras participantes do iSaloni 2020 estão cientes da dimensão do momento e da solução adotada pelo evento.

– Feira chinesa de móveis será realizada em julho

“As dez empresas brasileiras que participariam, já tinham espaço comprado e passaram por uma curadoria, têm o entendimento que foi a melhor saída para o momento”, declara Cândida. As dez empresas têm o espaço reservado automaticamente para 2021. Até o iSaloni 2021, será trabalhado para ampliar a quantidade de marcas brasileiras presentes no evento.

A diretora está confiante para a edição do ano que vem, do qual será a 60ª edição no qual a organização mostrará ao mundo a retomada do setor. Cândida lembra que 80% dos lançamentos da indústria brasileira que seriam apresentados no evento deste ano estão em Milão. Ainda não se sabe o que serão feitos com os móveis, somado com a logística e a estratégia para isso.

Análise após adiamento do Salone del Mobile

Com a pandemia de coronavírus que o mundo começa a enfrentar, o que se vislumbra para o momento é uma crise. “Estamos no início de uma crise no Brasil, no meio de uma crise na União Europeia, e fim de uma crise na China. Muitos fatos ocorrerão. O que a indústria brasileira, o governo e a Abimóvel precisam fazer – e já estamos conversando – é a avaliação de números dos próximos dias e agir com cautela, pois enquanto os mercados estiverem parados e as plantas fabris estiverem com as portas fechadas, não há como traçar estratégia no meio dessa pandemia”, define a diretora executiva da associação.

Cândida acrescenta que é preciso aguardar o que acontecerá nas próximas semanas e meses no mercado. “Com certeza a indústria terá um tempo para se readaptar, porém no mercado externo a China avançará muito em espaços que eram do Brasil. Mas nos espaços consolidados, como os Estados Unidos, os distribuidores estão totalmente parados e nem a China consegue entrar no maior mercado brasileiro”, pontua – confira a avaliação da Abimóvel quanto ao atual momento da indústria brasileira de móveis perante o impacto da pandemia de coronavírus no Brasil na próxima edição da Móbile Fornecedores.

(volte para mais informações em instantes com avaliação do Brazilian Furniture a respeito do adiamento)