Arauco é primeira companhia florestal do mundo a certificar carbono neutralidade
Arauco se posiciona como um ator mundial relevante em matéria de contribuição à mudança climática com miras à COP 26 e ainda passou a integrar duas iniciativas mundiais que buscam diminuir significativamente as emissões de gases de efeito estufa
Publicado em 18 de dezembro de 2020 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo
“Hoje estamos concretizando um compromisso climático com o Chile e o mundo, um trabalho de longo prazo com objetivos claros e significativos que marcam nossa visão do futuro”. Com estas palavras, Charles Kimber, gerente corporativo de Pessoas e Sustentabilidade da Arauco, anunciou que neste ano a empresa florestal de origem chilena concretizou a meta de ser certificada como carbono neutro.
A consecução desta meta está sustentada em dois caminhos complementares: eficiências de caráter operacional que permitiram reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, o aumento das capturas de CO2 através das florestas nativas, das plantações e do carbono que permanece retido nos produtos florestais. “Nos anos 90 a companhia começou de forma pioneira um caminho muito importante em matéria de redução de emissões: incorporar energia limpa e renovável nos processos produtivos a partir de biomassa”, analisa Flavio Verardi, diretor comercial.
Neutralidade de carbono
A metodologia utilizada pela Arauco para demonstrar sua neutralidade de carbono foi realizada de acordo com as diretrizes do Protocolo de Neutralidade elaborado pela Deloitte e foi aplicada para todos os negócios da companhia como base em 2018. Nesse contexto, a Arauco atingiu a neutralidade gerando um excedente líquido de 2.599.753 ton CO2e.
“Certificar o carbono neutralidade significa que o dióxido de carbono capturado supera suas emissões globais, o que reforça o compromisso com a nossa missão e se mostra como um passo concreto para enfrentar a crise climática, nos posicionando como a primeira empresa florestal do mundo a conquistar este importante objetivo”, revela Carlos Altimiras, presidente Arauco Brasil.
Cabe destacar que, além deste importante compromisso, há um ano – no marco da Cúpula das Nações Unidas pelo Clima realizada em Nova York – a companhia anunciou que ia aderir os Science Based Targets, iniciativa global que busca que as empresas adotem uma trajetória de diminuição das suas emissões com base científica, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura do planeta, em linha com o Acordo de Paris.
Compromisso Arauco
Charles Kimber ainda pontua que “nos enche de orgulho poder anunciar que, após um longo trabalho que estamos realizando há décadas, hoje podemos ter resultados concretos e alinhados com os requerimentos que o mundo precisa”. Além disso, expressou que “sem dúvida a mudança climática é um dos problemas mais graves que o nosso planeta enfrenta. E por essa razão que, além deste compromisso de carbono neutralidade está a decisão da Arauco de aderir os Science Based Targets. Por isso definimos um ambicioso objetivo: continuar dando impulso às melhoras para reduzir as emissões de gases de efeito estufa nas nossas operações”.
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Além disso, em setembro de 2020 a Arauco decidiu assumir um novo compromisso global. Trata-se da “Race to Zero”, campanha mundial com visão à COP26 para mobilizar a liderança e o apoio de empresas, cidades, regiões, universidades e investidores para uma recuperação saudável, resiliente e justa. A carbono neutralidade é um eixo central da iniciativa, que busca criar empregos, potenciar o crescimento inclusivo e sustentável, além de reduzir o risco de futuros choques por causa da mudança climática.
“Para continuar avançando na redução de emissões de gases de efeito estufa, a companhia vai manter o foco em iniciativas como: gerar mais energia limpa e renovável, substituindo combustíveis fósseis que possuem uma alta pegada de carbono; incentivar fornecedores a diminuir sua própria pegada de carbono; continuar aumentando a reutilização de subprodutos de processos industriais, entre outros”, conta Roberto Trevisan, diretor florestal.
Árvores como escoadouros de carbono
No meio da emergência climática que enfrentamos, as árvores cumprem um papel fundamental: são a maior infraestrutura biológica do planeta e as melhores captadoras de CO2 através do processo da fotossíntese. Isso as transforma em uma das estratégias mais potentes que temos ao nosso alcance para avançar na mitigação da Mudança Climática. Por isso, a Arauco desenvolveu sua estratégia climática com foco na complementaridade entre a conservação do bosque nativo e a produção sustentável, gerando produtos a partir de um recurso natural renovável e nobre como a madeira.
Kimber comenta que “estamos dedicados a dar soluções sustentáveis baseadas na natureza. Nossos produtos que provém da madeira têm a capacidade de reter o carbono na sua composição, permanecendo fixo por muitos anos, ao invés das alternativas que apresentam uma alta pegada de carbono. Isso representa uma contribuição significativa para mitigar o aquecimento global e avançar verdadeiramente em direção a uma bioeconomia. Isso dentro de um contexto onde existe uma crescente demanda por madeira no mundo, que segundo o Living Forest Report, elaborado pela WWF, prevê que irá se triplicar em 2050”.
A Price Waterhouse Coopers foi a encarregada de auditar o cálculo da captura de CO2 dos bosques e a retenção de carbono em produtos florestais. Logo, a Deloitte desenvolveu um protocolo de neutralidade, que foi aplicado para verificar a operação global da Arauco e que também pode ser utilizado por outras empresas e indústrias.