Produção de móveis tem acumulado de 31,7% no primeiro semestre, diz Abimóvel
Fechamento do 1º semestre de 2021 revela forte recuperação da produção de móveis da indústria moveleira frente igual período no ano passado
Publicado em 30 de setembro de 2021 | 08:00 |Por: Portal eMóbile
Os dados gerais do fechamento do primeiro semestre de 2021 do setor moveleiro nacional, apontados pelo relatório Conjuntura de Móveis, encomendado pela Abimóvel – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário junto ao Iemi – Inteligência de Mercado, apontam que o primeiro semestre fechou com acumulado de 31,7% em comparação com mesmo período do ano passado.
Resultado superior ao acumulado até o mês de maio (+29,5%), apontando consistência na indústria moveleira, que alcançou receita de R$ 6,6 bilhões em junho: recuo de -0,3% sobre o mês anterior e alta expressiva de +72,1% no acumulado do ano frente aos resultados do primeiro semestre de 2020, considerando a situação delicada vivenciada pela indústria durante a primeira onda da pandemia no Brasil.
A última conjuntura revelou leve recuo na produção moveleira no mês de junho, quando foram produzidas cerca de 31,3 milhões de peças. Apesar de representar uma queda de -1,2% em relação ao mês anterior, porém, tal número mantém-se acima da casa dos 30 milhões, considerado um desempenho significativo para a indústria de móveis nacional.
É importante ressaltar também o preço médio de produção de móveis no período, que foi de R$ 211,50 por peça em junho de 2021: aumento de +0,9% em relação ao mês anterior e de +9,7% no ano.
Indo além da produção de móveis
Outros importantes indicadores na indústria se dão em relação à produtividade e ao emprego, com o último crescendo +0,3% no mês de junho sobre maio. Já no acumulado do ano houve aumento de +7,4% no volume de vagas ocupadas na indústria de móveis quando comparado com o mesmo período do ano anterior.
O número de horas trabalhadas também foi maior em junho, tanto frente a maio do mesmo ano (+0,7%) quanto na comparação com o acumulado no primeiro semestre de 2020 (+21,7%). A produtividade do trabalho, no entanto, vivenciou queda de -1,9% na comparação mês a mês e de -3,7% comparando-se os primeiros seis meses deste ano aos do ano passado.
Quando o assunto é o investimento no chão de fábrica, porém, as importações de máquinas para fabricação de móveis apresentaram evolução positiva de +76,6% no acumulado do ano em relação a igual período de 2020. Com segmentos — tal qual o de máquinas para fender, seccionar ou desenrolar — passando dos +300% de ampliação. Ótimo indicativo para o futuro da indústria moveleira, que investe em tecnologia e atualização para atender com qualidade ao mercado nacional e competir com eficiência no mercado global.
Indicadores no varejo
Por falar em atender à demanda de mercado, aliás, as vendas de móveis no Brasil caíram -3,9% em volume em junho de 2021 na comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, contudo, o índice continua demonstrando avanço, com aumento de +17,5% no primeiro semestre de 2021 sobre igual semestre em 2020 e de +22,1% no acumulado dos últimos 12 meses (junho 2020 – junho 2021).
– Tendências do Supersalone 2021
Quando falamos em receita, as vendas de móveis no varejo somaram R$ 8,6 milhões em junho de 2021. Mais um recuo na comparação mês a mês (-3,6%), mas com crescimento tanto no acumulado do ano (+11,3%) quanto em 12 meses (+23,3%).
Para fins de contextualização, tendo por análise o comportamento do varejo tanto em volume de peças quanto em receita, observa-se crescimento em toda a região Sul do Brasil; enquanto no Sudeste nota-se tendência de decrescimento na variação mensal. Veja os números detalhados nas tabelas abaixo:
Preço e inflação
O preço médio dos móveis no varejo foi de R$ 210,59 por peça em junho de 2021, declínio de -0,2% frente ao mês anterior. Já no mês seguinte, em julho, o preço médio voltou a crescer, subindo +0,7% na comparação com junho e chegando a R$ 211,98 por peça. O preço médio dos colchões no varejo também seguiu trajetória similar, indo de R$ 559 por peça em junho de 2020 (recuo de -7,6% em relação a maio) para R$ 560 por peça em julho (+0,2% em julho sobre junho). Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os preços nacionais de mobiliário apresentaram aumento de -0,66% em julho de 2021 frente ao mês anterior. No ano, o índice acumula um crescimento de +5,66% no varejo.