Produção de móveis cai 3,4% em novembro
Em relação novembro de 2020, produção de móveis tem queda de 17,9%, sendo 22% dentro do setor de bens de consumo duráveis
Publicado em 6 de janeiro de 2022 | 11:28 |Por: Thiago Rodrigo
A produção de móveis em novembro de 2021 registrou queda de 3,4% em relação a outubro. No comparativo com o mesmo mês de 2020, houve queda de 17,9%, a segunda maior queda da indústria brasileira. Com o novo resultado, o acumulado do ano da produção de móveis é nulo, de 0,0% comparado a 2020.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média móvel trimestral, a queda da produção de móveis é de 2,4%. O acumulado dos últimos 12 meses segue com alta, de 1,3%, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores. Dado menor que os 3,6% registrado no mês passado.
Indústria geral
Em novembro de 2021, a produção industrial nacional mostrou variação negativa de 0,2% frente ao mês de outubro (série com ajuste sazonal), somando seis meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 4%. Já em relação a novembro de 2020, houve recuo de 4,4%. No ano, a indústria acumula alta de 4,7% até novembro e, em doze meses, de 5,0%.
O decréscimo (-0,2%) na atividade industrial na passagem de outubro para novembro de 2021 foi acompanhado por apenas uma das quatro das grandes categorias econômicas e pouco menos da metade (12) dos 26 ramos pesquisados.
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Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, a de bens de capital (-3,0%), assinalou o único resultado negativo em novembro de 2021 e eliminou o avanço de 1,8% verificado em outubro último.
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Por outro lado, o setor de bens de consumo duráveis (0,5%) apontou a única taxa positiva em novembro de 2021. Isto após registrar dez meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou recuo de 29,0%.
Já os segmentos de bens intermediários (0,0%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,0%) repetiram o patamar do mês anterior. Desse modo, interromperam, respectivamente, oito e dois meses seguidos de taxas negativas, com perdas acumuladas de 5,0% e 1,5% nesses períodos.
Além da produção de móveis
“Quando olhamos para o ano anterior, os resultados ao longo de 2021 são quase sempre positivos, pois a base de comparação é baixa, já que no início da pandemia a indústria chegou a interromper suas atividades, com o ano de 2020 fechando com um recuo de 4,5%. Porém, analisando mês a mês, observamos que, das 11 informações de 2021, nove foram negativas. Ou seja, o setor industrial ainda sente muitas dificuldades, se encontrando atualmente 4,3% abaixo do patamar de produção em que estava em fevereiro de 2020”, explica o gerente da pesquisa, André Macedo.
Ele lembra que o setor ainda sofre os efeitos da pandemia mundial, que provocou o desabastecimento de alguns insumos e encareceu o custo da produção. “Além disso, a indústria sofre com os juros em alta e a demanda em baixa, impactada pela inflação elevada e a precarização das condições de emprego, já que com o rendimento mais baixo, o trabalhador consome menos”, avalia Macedo.