Indústria moveleira fechou 2021 com queda de 2,4% em volume, aponta Abimóvel
Abimóvel apresenta dados oficiais do desempenho da indústria moveleira no ano de 2021 e no primeiro mês de 2022
Publicado em 11 de abril de 2022 | 15:30 |Por: Thiago Rodrigo
Devido à dinâmica intensiva de vendas no segundo semestre e, em especial, nos últimos meses de cada ano, o primeiro trimestre é tradicionalmente marcado por uma desaceleração no ritmo de produção na indústria, incluindo a moveleira. Em 2022, a queda no volume produzido em janeiro foi de 10,5% em relação a dezembro do ano passado, um número previsto.
Para a Abimóvel – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário, chama a atenção, porém, o declínio de 33% em relação ao montante produzido em janeiro de 2021. Apesar da queda significativa na comparação entre os meses de janeiro de 2021 (37,6 milhões de peças produzidas) e janeiro de 2022 (25,9 milhões de peças produzidas), ao olharmos para o acumulado nos últimos 12 meses, contudo, é possível observar um recuo muito mais controlado, próximo a 6,1%.
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Tal retração vai ao encontro do fluxo observado no setor moveleiro a partir de 2021, quando o mercado iniciou um processo de estabilização após um período explosivo de demanda por móveis no segundo semestre de 2020 (primeira onda da pandemia), que se estendeu até os primeiros meses do ano passado.
Indústria moveleira em 2021
De acordo com os dados atualizados da Conjuntura de Móveis, o montante produzido de móveis e colchões em 2021, ficou em 421,2 milhões de peças. Já em valores nominais, este número chega a R$ 76 bilhões. Nesse cenário, a indústria de móveis brasileira fechou o ano de 2021, com queda de 2,4% em volume de peças, mas com alta de 6,4% em receita, na série com ajuste sazonal.
O consumo interno aparente de móveis e colchões, no entanto, caiu 4,8%. Enquanto as exportações cresceram na casa dos 50%, num ano memorável para o comércio internacional de móveis brasileiros, alavancando ainda mais o setor.
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Os dados são do relatório “Conjuntura de Móveis” da Abimóvel – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário, realizado sob encomenda pelo Iemi – Inteligência de Mercado, com base em levantamentos junto a fontes oficiais de pesquisa, trazendo indicadores para a indústria, o varejo e o comércio exterior de móveis prontos e colchões.
Produção de móveis em janeiro
Voltando aos números de 2022, a receita da indústria de móveis alcançou o montante de R$ 5 bilhões em janeiro. Recuo de 10,1% sobre o mês anterior. No acumulado do ano, a queda foi de 21,7%.
O preço médio de produção de móveis, por outro lado, continua aumentando, chegando a R$ 194,34 por peça no primeiro mês do ano. Aumento de 0,42% em relação ao mês anterior. No ano, houve alta de 16,9%.
Indústria de transformação
Como critério de comparação para uma melhor visão analítica do atual cenário industrial no Brasil, a produção na indústria de transformação como um todo experimentou queda de 3,1% na passagem de dezembro para janeiro. Quando comparamos com janeiro do ano passado, o encolhimento é de 7,3%. Nos últimos 12 meses, por fim, houve recuo de 3,5% em relação ao mesmo período no ano anterior.
Varejo de móveis e colchões em 2022
No varejo, as vendas de móveis, em volume, caíram 24,3% em janeiro de 2022 na comparação com o mês anterior. Enquanto, no acumulado no ano, o índice registrou queda de 7,7%. Quando falamos em faturamento, o decréscimo foi de 23,1% na comparação com dezembro de 2021 e de 4% no ano, somando R$ 8,1 bilhões.
O preço médio dos móveis no comércio varejista, por sua vez, foi de R$ 237,72 por peça em janeiro de 2022, aumento de 2,41% frente ao mês anterior. Em fevereiro, mais um aumento, dessa vez de 2,43%, chegando a R$ 243,50 por peça.
Já o preço médio dos colchões no varejo teve queda de 0,67% em janeiro comparado a dezembro, seguido por estabilidade em fevereiro de 2022, ficando, assim, em R$ 582,98 por peça.