Comércio varejista tem primeira retração em 15 meses

Depois de 15 meses apresentando altas em vendas, o comércio varejista brasileiro registrou uma redução de 0,7% no mês de fevereiro, em comparação ao mesmo período de 2022, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) – que desconta o fator da inflação no resultado do levantamento.

O maior motivo identificado para isso é o calendário, já que dessa vez o Carnaval contemplou toda a sua duração em fevereiro – ao contrário do ano passado, em que o feriado da terça-feira foi em 1º de março. Além disso, a adesão ao evento foi maior, já que o agravante da pandemia não esteve presente como nos últimos anos, levando ao fechamento de grande parte do comércio.

Segundo o superintendente de dados da Cielo, Vitor Levi, “este efeito pode ser observado quando olhamos o setor de Turismo e Transporte, que cresceu bastante, especialmente em cidades turísticas. Por outro lado, o macrossetor de Bens Duráveis foi prejudicado, uma vez que as lojas fecharam”.

Os setores de móveis, eletros e departamentos foram um dos mais impactados no comércio varejista

Dentro do macrossetor de Bens Duráveis, que sofreu uma queda total de 7,3%, os materiais para construção foram os que mais sentiram, logo em seguida, móveis, eletros e departamentos aparecem como os setores com maior redução em vendas do período.

Em contrapartida, os Bens Não Duráveis e Serviços apresentaram altas de 1,7% e 0,9%, respectivamente.

Em caráter nominal (que indica o crescimento da receita de vendas no varejo ampliado do período, e reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas), porém, o varejo demonstrou alta de 6,7%.

Sobre o ICVA 

O ICVA foi desenvolvido pela área de Inteligência de Mercado da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente um panorama do varejo do Brasil a partir de informações reais das vendas realizadas em 18 setores, desde pequenos lojistas a grandes varejistas credenciados à companhia (1,1 milhão).