Abicol faz solicitação aos fabricantes de molejos
Solicitação aos fabricantes de molejos para colchões é para aguardarem regulamentação específica para fornecer declaração de suporte dos produtos
Publicado em 1 de novembro de 2023 | 14:45 |Por: Portal eMóbile
A Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol) emitiu um comunicado solicitando aos fabricantes de molejos para colchões sobre a necessidade de aguardar regulamentação específica para fornecer declaração de suporte de seus produtos.
Segundo a entidade, existe a necessidade de estabelecer diretrizes e regulamentações em conformidade com a legislação vigente, já que no momento não existem normas técnicas brasileiras que padronizem a metodologia e os métodos de ensaio para a determinação do suporte dos molejos em colchões o que impossibilita a emissão de declaração de suporte.
A entidade também observa que é dever das autoridades e instituições promoverem a proteção e o bem-estar dos consumidores, conforme disposto no Código de Defesa do Consumidor. A declaração de suporte, sem uma norma técnica brasileira que padronize a metodologia e os métodos de ensaio para a determinação do suporte dos molejos, pode fazer o consumidor ser induzido ao erro, o que poderia resultar em implicações legais nos termos do Código de Defesa do Consumidor.
A comunicação, assinada pelo presidente da entidade, Rodrigo de Melo, e pelo presidente da Comissão de Normas e Certificações, Rogério Soares Coelho, solicita que “os fabricantes de molejos para colchões interrompam imediatamente e/ou adiem a inclusão das informações relativas ao suporte dos molejos em seus laudos ao cliente, até que seja publicada uma norma técnica brasileira que padronize a metodologia e os métodos de ensaio para a determinação do suporte dos molejos em colchões”.
Posição dos fabricantes de molejos
Alpha Motion, Leggett&Platt e Starsprings são os maiores fornecedores brasileiros de molejos para colchões. Após a divulgação da nota, todos enviaram suas posições de apoio a iniciativa da Abicol que visa, principalmente, evitar que o consumidor seja induzido a erro por conta de informação equivocada sobre suporte de molejos.
Antonio Serini, diretor da Alpha Motion, afirma que sua empresa jamais prestou informações sobre suporte de molejos aos seus clientes, portanto não há o que mudar em relação ao procedimento da empresa no mercado.
Bernardino de Sena, diretor da Starsprings do Brasil, admite que às vezes alguns clientes solicitam esta informação. “Quando da publicação da norma europeia no passado, fizemos um bechmarking com a matriz na Suécia e trouxemos para a Starsprings do Brasil uma metodologia de medição de suporte baseada na norma da União Europeia. Todas as informações que fornecemos sobre o suporte dos nossos produtos foram baseados nesta metodologia utilizada na UE”.
Entretanto, Sena concorda que a falta de uma normatização brasileira sobre a forma como a medição do suporte deve ser realizada, acaba por gerar desinformação no mercado. “Sendo assim, nós concordamos com a proposta da Abicol, e já suspendemos o envio dessa informação aos clientes”.
– Sayerlack engajada nas melhores soluções
Gustavo Lemos, presidente da Leggett&Platt na América do Sul, informa que não é comum clientes solicitarem laudo sobre suporte de molejos, e considera justa a recomendação da Abicol, “uma vez que ela pode levar a interpretações equivocadas. Além disso não há uma normatização sobre como é definido o suporte de um colchão e nem do molejo”. Lemos acrescenta que a Leggett acatou a recomendação da Abicol e já implantou as modificações em seus laudos.
Abicol enfatiza compreensão dos fornecedores
O presidente da Comissão de Normas e Certificações, Rogério Soares Coelho, afirmou que a entidade ficou muito satisfeita com o entendimento dos três maiores fornecedores de molejos do país que se manifestaram abertos ao chamado da entidade e participativos no esforço em evitar o uso de laudos até que haja uma norma brasileira sobre molejos de colchões.
Rogério reiterou que agora a Abicol atuará junto a alguns fornecedores e fabricantes que ainda estão usando indevidamente informações que podem induzir o consumidor a erro, visando alinhar os procedimentos dentro de práticas éticas e legais no setor colchoeiro.