Interprint apresenta novo gerente de design

José Ferro, formado em design de produto e com especialização em design de experiência, é novo gerente de design da Interprint

Publicado em 23 de janeiro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Mais do que uma especialista em tendências no segmento de painéis de madeira para móveis, a Interprint acredita que para o alcance de resultados significativos, é preciso atuar como consultora de mercado e tendências e trabalhar de forma colaborativa e conectada com seu ecossistema: indústria de painéis, revendas e indústria moveleira.

Nesse contexto, a empresa que vem crescendo por anos consecutivos no Brasil e na América Latina e inicia 2024 ampliando seu time com a contratação de José Ferro. O designer é natural do Rio Grande do Sul, formado em design de produto, especialização em design de experiência, com vasta vivência no setor moveleiro. Ele também atuou como diretor do Prêmio Salão Design, mais importante premiação do setor na América Latina. Agora, reforça a equipe da Interprint com uma visão ampla e aprofundada do mercado brasileiro.

Varejo de móveis cresce em novembro

José Ferro atua na indústria há 27 anos, tem experiência com design de mobiliário, interiores e qualificação de equipes de vendas. Acompanha os comportamentos de consumo no Brasil e exterior, e tem grande visão das necessidades do mercado através do robusto relacionamento com arquitetos e especificadores, segundo a Interprint.

Sua contratação torna a equipe de design da Interprint ainda mais forte por ser um profissional com visão próxima ao consumidor final e suas necessidades, facilitando o trabalho dos clientes da indústria de painéis e de mobiliário na definição de padrões e suas aplicações.

“José Ferro e Isabel Restrepo (designer da Interprint desde 2020, nascida e graduada na Colômbia), profissionais de nacionalidades e culturas diferentes e com habilidades complementares, se juntam ao time internacional de design da Interprint, para garantir uma visão ainda mais apurada do mercado, dos hábitos e atitudes, e das necessidades dos usuários finais. E em anos de maior complexidade no cenário econômico, essa habilidade torna-se ainda mais importante”, afirma Lourdes Manzanares, diretora geral de vendas e marketing.

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José Ferro, novo gerente de design da Interprint

Artecola é certificada como empresa Carbono Neutro

Gestão sustentável avança com inventário de emissão de gases de efeito estufa e cálculo do sequestro de Carbono para as nove unidades em seis países

Publicado em 22 de janeiro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Grande área verde junto à Matriz, em Campo Bom (RS) é uma das que contribuem para neutralizar as emissões de Carbono da companhia. Foto de Alan Jacobs/Play Content

A Artecola agora é uma empresa Carbono Neutro. Com avanços em sua gestão de sustentabilidade, a companhia passou a adotar a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol para mapear suas emissões de gases de efeito estufa (GEE). Adotou também o padrão IPCC (Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas ou Intergovernmental Panel on Climate Change) para fazer o cálculo do sequestro de Carbono.

“Buscamos indicadores reconhecidos para demonstrar nossa atitude sustentável. Eles mostram que conseguimos neutralizar a emissão de CO₂ originada na nossa produção”, comemora o Presidente Executivo, Eduardo Kunst.

Desde 2021 a Artecola vinha mapeando suas emissões de gases de efeito estufa. O inventário foi elaborado com base no GHG Protocol. “No primeiro ano, focamos em mapear e quantificar somente as unidades localizadas no Brasil. Agora, neste segundo momento, expandimos nossos esforços para incluir o mapeamento e a quantificação de todas as nossas nove unidades, no Brasil e América Latina”, diz Alessandra Lemos, integradora do Comitê de ESG da empresa.

Móvel brasileiro no mundo

O levantamento de 2022 mostra uma emissão direta de 1.909,4 toneladas de Dióxido de Carbono equivalente (tCO2e) na produção da Artecola. No mesmo período, a empresa avançou no processo de quantificação das remoções de Carbono pelo IPCC a partir de três áreas florestais de sua propriedade.

Nelas, existem matas nativas e áreas destinadas à reserva legal, além de plantações de eucalipto. “No total, essas áreas sequestram anualmente 15.263,09 tCO2e, contribuindo de maneira direta para a neutralização das nossas emissões nos escopos 1 e 2”, destaca Alessandra. O escopo 3, que envolve as operações de terceirizados, está no plano de mapeamento 2023.

Além de mapear suas emissões e dimensionar o sequestro de carbono, a Artecola desenvolve outras iniciativas para reduzir o volume de GEEs. Entre eles, aquecimento solar de água em banheiros da unidade do México, uso de telhas translúcidas para iluminação de áreas e contratação, no mercado livre, de energia com fonte renovável e limpa.

Relatório de Sustentabilidade da Artecola

Todos os dados sobre Carbono Neutro estão apresentados no Relatório de Sustentabilidade 2022, que está disponível no site da Artecola, na aba Sustentabilidade. Entre outros dados, o relatório mostra um crescimento de 37% na Receita Líquida nos últimos três anos (2020-2022).

“Com ele, é possível ver o nosso compromisso em ser uma organização que entrega resultados nos âmbitos social, ambiental e corporativo”, ressalta o Presidente Executivo. O documento foi desenvolvido com base nos pilares ESG (Social, Ambiental e Governança) e nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da ONU.

Os produtos de classificação sustentável também cresceram em participação nos resultados: no Brasil, passaram a responder de 78% para 84% da Receita Líquida. Na Argentina, de 45 para 55%. No Chile, de 40 para 46%. Na Colômbia, de 63 para 68%. No México, de 73 para 80%. A exceção foi o Peru, com pequena queda de 54 para 50%.

“Os produtos sustentáveis nos diferenciam da concorrência, reduzem impacto ambiental, geram ganhos sociais e permitem, para nossa empresa e para os clientes, melhores resultados de produtividade e competitividade nos mais variados setores”, lembra Eduardo.

Para que os produtos sejam considerados sustentáveis, eles precisam ser desenvolvidos com base em critérios ambientais pré-estabelecidos, buscando oferecer a melhor performance com o menor impacto ao meio ambiente. Em laminados e extrusão, são considerados sustentáveis os produtos que tenham matérias-primas recicladas ou fibras vegetais ou aparas em mais de 15% da composição. Em adesivos, devem ter formulações sem solventes aromáticos, clorados, THF e DMF, sem ftalatos e sem compostos organoestanho.

Selo Diamante para a Artecola

Neste ano, a Artecola também conquistou o Selo Diamante, a mais alta categoria do programa Origem Sustentável. A certificação é a única de ESG e sustentabilidade do mundo voltada para a cadeia calçadista.

Criado pela Abicalçados – Associação Brasileira das Indústrias de Calçados e pela Assintecal – Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos, o programa Origem Sustentável avalia 104 indicadores nas dimensões econômica, social, cultural, ambiental e de gestão da sustentabilidade.

Orchestra Brasil encerra 2023 com alta projeção de negócios

Projeto foca na internacionalização dos fornecedores brasileiros da cadeia moveleira e fechou 2023 com projeções acima de US$ 20 milhões

Publicado em 18 de janeiro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Cada vez mais o Orchestra Brasil consolida sua relevância para fornecedores da cadeia moveleira brasileira que buscam iniciar ou fortalecer a internacionalização. Realizado pelo Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o projeto atua de modo estratégico para tornar empresas de diferentes segmentos mais competitivas no mercado externo.

Com participações em feiras, missão comercial e projeto comprador, o Orchestra Brasil chega ao final de 2023 com projeção de alcançar US$ 20.9 milhões em negócios. A estimativa considera os mais de US$ 4.1 milhões já efetuados durante as ações e as transações que devem se concretizar pelos próximos meses.

Atualmente o projeto conta com 75 empresas participantes (quase 20% a mais em relação ao ano anterior) localizadas em seis estados brasileiros (ES, GO, PR, RS, SC e SP). Elas são fornecedoras dos mais diversos segmentos que compõem a cadeia moveleira, como máquinas, adesivos, tintas, softwares, embalagens, acessórios, exaustores industriais, ferramentas, compensados, entre outros.

Abimóvel lança plataforma de diagnóstico de maturidade sustentável

A gerente do Orchestra Brasil, Ana Cristina Schneider, ressalta que o cenário global impactou todo o setor moveleiro, tornando desafiadora a performance internacional das empresas que integram o projeto.

“México e Peru se destacaram dentre os países-alvo para as exportações, pois, comparado a 2022, nossos fornecedores de produtos e serviços apresentaram crescimento nesses dois mercados. Em outros, verificamos estabilidade ou pequeno decréscimo, mas, ainda assim, acima da média geral do setor moveleiro”, explica.

Augusto Tomasi

Orchestra Brasil

Ana Cristina Schneider

Em sua avaliação, Ana considera que a trajetória do projeto foi de muito sucesso em 2023. “Além de novas empresas aderindo ao Orchestra Brasil, participamos com estande em duas grandes feiras alemãs, Interzum e Ligna, e na mexicana Tecno Mueble. Realizamos uma missão comercial ao Peru – onde visitamos indústrias e a feira Fenafor. Também realizamos as rodadas de negócios internacionais da Fimma Brasil, que contou com 51 empresas e 19 importadores, sendo considerada extremamente satisfatória entre os participantes”, afirma.

“Chegamos ao final do ano motivados a continuar o processo de internacionalização dos fornecedores do setor moveleiro, pois entendemos as exportações como vantagem competitiva para as empresas. Vamos iniciar 2024 com um projeto comprador na agenda e já atentos ao planejamento para os próximos anos”, completa a gerente do Orchestra Brasil.

Brazilian Furniture leva móvel brasileiro ao mundo

Projeto Brazilian Furniture cruza fronteiras e apresenta o calendário de ações programadas para 2024

Publicado em 12 de janeiro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

A Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), organiza uma série de iniciativas para 2024 por meio do Projeto Setorial Brazilian Furniture, com ações físicas em oito países — da América do Norte passando pela Europa até o Oriente Médio —, que têm o potencial de alcançar centenas de mercados nestes e outros continentes.

Participam das ações empresas e designers associados ao Projeto Brazilian Furniture, iniciativa que objetiva incrementar as exportações dos produtos e a internacionalização das marcas de móveis brasileiras. A proposta de promoção comercial em alinhamento prevê um trabalho robusto, tanto em formato físico quanto remoto, ampliando ainda mais as possibilidades de atuação e engajamento das empresas associadas e compradores internacionais.

Feira | Missão Comercial
IMM (Internationale Möbelmesse) – Colônia, Alemanha
14 a 18 de Janeiro de 2024

Uma das principais feiras do setor moveleiro no mundo, a IMM é uma oportunidade para as empresas brasileiras mostrarem seus produtos por meio da exposição na feira e negociarem a partir da Missão Comercial com um público exigente formado tanto por compradores europeus quanto de outras partes do globo, que viajam à Alemanha em busca de inovação e qualidade.

Projeto Comprador – Movelpar – Arapongas (PR), Brasil
30 e 31 de Janeiro de 2024

Conectando compradores estrangeiros interessados nos produtos brasileiros com empresas nacionais participantes do Brazilian Furniture, o Projeto Comprador proporciona uma excelente abertura para novos mercados, além de atrair visitantes estrangeiros para os eventos nacionais do setor, tal qual a Movelpar, uma das mais respeitadas feiras da indústria brasileira de móveis.

Feira | Missão Comercial – Expo Mueble – Guadalajara, México
14 a 17 de Fevereiro de 2024

Uma das maiores potências da América Latina, o México é um mercado potencial em crescimento, além de atrair compradores estratégicos de diversas regiões das Américas do Norte, Central e do Sul, com tanto a exposição na feira como com a participação na Missão Comercial Expo Mueble oferecendo excelentes oportunidades de fortalecer laços comerciais em todo o continente.

Mulheres e Conexões – DW! Design Week – São Paulo (SP), Brasil
Março de 2024

Mais do que uma tradicional semana de design, a DW! é uma celebração da riqueza criativa, cultural e material brasileira, bem como espaço para a discussão de ideias, transformações e estratégias para o futuro. Um ambiente que colabora para dar voz e vida à primeira edição do encontro “Mulheres e Conexões”, reunindo importantes nomes femininos do setor moveleiro, do design, de entidades de classe e demais instituições nacionais para discutirem sobre equidade e participação das mulheres na indústria e no mercado. O evento é realizado pela ABIMÓVEL com apoio da ApexBrasil, do MDIC, CNI e outras importantes lideranças brasileiras.

iSaloni | Design Brasil + Indústria | Fuorisalone | Projeto Imagem – Salone del Mobile.Milano – Milão, Itália
16 a 21 de Abril de 2024

O iSaloni, como é popularmente conhecido o Salone del Mobile.Milano, é o maior evento na programação da Semana de Design de Milão, que reúne profissionais e atrai olhares do setor de todo o mundo. Não à toa, o espaço expositivo e as ações promovidas pelo Brazilian Furniture por lá se colocam como a mais importante vitrine para as empresas brasileiras mostrarem todo o potencial da indústria e do design brasileiro em sinergia com as mais reconhecidas marcas do planeta. Além de estandes exclusivos do Brazilian Furniture dentro da feira, o projeto é responsável, ainda, por outras importantes atividades tanto nos pavilhões do Rho Fiera quanto nos distritos de design da cidade.

Feira | Missão Comercial – ICFF (International Contemporary Furniture Fair) – Nova York, Estados Unidos
16 a 21 de Maio de 2024

Com a economia mais pulsante do mundo, os EUA despontam como o maior parceiro comercial da indústria brasileira de móveis. E é claro que as ações promovidas pela ABIMÓVEL e a ApexBrasil no país visam estreitar ainda mais estes laços tão estratégicos. Nesse sentido, Nova York — a Big Apple — é o lar de algumas das maiores tendências de consumo e de design do planeta, e também o palco da ICFF, onde empresas brasileiras têm a chance de mostrar suas inovações para grandes players globais.

Projeto Comprador – ForMóbile – São Paulo, Brasil
02 a 05 de Julho de 2024

Importante feira de negócios do setor moveleiro no Brasil e na América Latina, a realização do Projeto Comprador na ForMóbile traz uma chance valiosa de conectar compradores internacionais com empresas brasileiras, promovendo o melhor do que o país tem a oferecer em termos de matérias-primas, design, técnicas e gestão sustentável. A cidade de São Paulo (SP), com todo seu cosmopolitismo, serve como o cenário perfeito para tais trocas comerciais e culturais.

Missão Comercial – Oriente Médio
Agosto de 2024

O Oriente Médio, com sua riqueza de etnias, culturas e economias, mostra-se como um mercado estratégico para a indústria moveleira nacional e outros setores produtivos, em função da demanda e do alto poder aquisitivo na região. Nesse sentido, a Missão Comercial Oriente Médio, promovida por meio do Brazilian Furniture, visa explorar e fortalecer as relações comerciais entre fabricantes de móveis brasileiros e compradores da região, que abrange diversos países em crescimento.

Missão Comercial – Índia
Agosto de 2024
A Índia, com sua população massiva e crescente classe média e alta, que vêm impulsionando como nunca a economia local, apresenta oportunidades bastante animadoras para a indústria brasileira de móveis. A Missão Comercial do Brazilian Furniture por lá foca em estreitar ainda mais os laços com o país, explorando o vasto potencial do mercado indiano ao conectar fabricantes de móveis nacionais com distribuidores, varejistas e outros stakeholders chaves na Índia.

Missão Comercial – Chile
Setembro de 2024

Uma das economias que mais vêm ganhando destaque na América do Sul, o Chile é um mercado importante para os fabricantes de móveis brasileiros, bem como porta de entrada e distribuição para outros países da América do Sul. Cientes disso, a Abimóvel e a ApexBrasil planejam mais uma Missão Comercial no país, fortalecendo os laços entre o Brasil e o mercado chileno, e facilitando, assim, a criação de estratégias de entrada ou expansão no país.

Abicol reforça defesa dos interesses do setor de colchões

Por meio de nota oficial, Abicol assumirá posição ativa e engajada sobre medidas que possam impactar o setor colchoeiro

Publicado em 11 de janeiro de 2024 | 09:30 |Por: Thiago Rodrigo

Em uma nota oficial, a Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol) comunica ao mercado sua posição referente a quaisquer medidas ou ações governamentais, regulatórias, técnicas e/ou comerciais, incluindo investigações de práticas de dumping, que possam impactar direta ou indiretamente o setor colchoeiro. Leia a íntegra abaixo.

Nota Oficial Abicol

A Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol) comunica ao mercado e às partes interessadas que, em face de quaisquer medidas ou ações governamentais, regulatórias, técnicas e/ou comerciais, incluindo investigações de práticas de dumping, que possam impactar direta ou indiretamente o setor colchoeiro, especialmente a indústria nacional de colchões, a entidade assumirá uma posição ativa e engajada.

Produção de móveis cresce em novembro

Reafirmamos nosso compromisso de atuar como parte interessada em todos os processos que afetem o setor. Nesse sentido, buscamos não apenas compreender as implicações de tais medidas, mas também garantir acesso aos dados e informações relevantes. Através deste engajamento, pretendemos assegurar que os interesses e a sustentabilidade da indústria nacional de colchões sejam adequadamente representados e defendidos.

Em resposta a tais eventos, a Abicol convocará assembleias com seus membros para discutir e definir estratégias de defesa ou contestação, conforme apropriado. A Abicol reitera seu compromisso com a defesa dos interesses da indústria colchoeira nacional e com a promoção de um mercado justo e equilibrado.

Conselho de Ética e de Administração da Abicol

Produção de móveis cresce em novembro

Produção de móveis ressurge no último semestre do ano, com altas consideráveis em outubro e mais amenas em novembro

Publicado em 9 de janeiro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

A produção de móveis em novembro de 2023 cresceu ligeiramente 0,3% em novembro comparado ao mês anterior, isto após crescer 3% em outubro. Em relação com igual período do ano anterior, houve novo aumento, de 0,9%, após crescer 6,9% em outubro.

Agora, no acumulado do ano, a produção de móveis registra diminuição de 1,1% em comparação a igual período do ano anterior. Em junho, ao final do primeiro semestre, o acumulado estava em -0,7%, sendo que até maio havia alta de 0,9%, mas em agosto havia queda de 2,4%.

No acumulado dos últimos 12 meses, registrou-se queda de 1,3% na produção de móveis, um ritmo de diminuição frente aos meses anteriores. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.

Produção industrial

Em setembro de 2023, a produção industrial nacional variou 0,1% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. Em relação a setembro de 2022, na série sem ajuste sazonal, houve alta de 0,6%. O acumulado no ano foi de –0,2% e o acumulado em 12 meses apresentou variação nula (0,0%).

Em novembro de 2023, a produção industrial nacional avançou 0,5% frente a outubro, na série com ajuste sazonal, após registrar variações positivas em outubro (0,1%), setembro (0,1%) e agosto de 2023 (0,2%). Na comparação com novembro de 2022, na série sem ajuste sazonal, houve crescimento de 1,3%, quarta taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano variou 0,1% e o dos últimos 12 meses, mostrou variação nula (0,0%), mantendo a estabilidade observada desde maio de 2023 (0,0%).

Exportações de móveis em 2023

“Mesmo com o saldo positivo de 0,9% acumulado nos últimos quatro meses, a produção industrial ainda se encontra 0,9% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,6% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, destaca o gerente da pesquisa, André Macedo.

As indústrias extrativas (3,4%) e produtos alimentícios (2,8%) como as principais influência positivas: “As indústrias extrativas foram impulsionadas pela maior extração de petróleo e minério de ferro, e eliminaram o recuo de 0,4% do mês de outubro. Já o setor de produtos alimentícios, que teve como destaque os itens açúcar, produtos derivados da soja e carnes de bovinos, marcou seu 5º mês seguido de crescimento na produção, e acumulou nesse período um crescimento de 6,3%”.

Rebranding no setor moveleiro

Veja casos de fornecedoras que fizeram um rebranding de marca para contemplarem uma nova fase no mercado

Publicado em 4 de janeiro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Reportagem publicada originalmente na Móbile Fornecedores 323

Mais do que uma simples mudança de logomarca da empresa, o rebranding é um novo posicionamento de mercado que se cria para si. É uma mudança de visão e objetivos do negócio. Há técnicas, estratégias e ferramentas que ajudam para a implantação do novo posicionamento, que pode ser feito de forma parcial ou completa, evolutiva ou revolucionária. No setor moveleiro, algumas fornecedoras realizaram um rebranding em suas marcas para ter uma nova percepção do mercado, com missão e imagem que estejam em consonância com a nova fase da companhia. Leia sobre o rebranding no setor moveleiro que Artecola Química e Schmitt Aramados e Biesse fizeram.

Artecola

O trabalho para construção da nova identidade da empresa de adesivos e colas, foi coordenado por um comitê interno especialmente criado para este fim em 2019. “Nosso crescimento expressivo na América Latina se deu principalmente por meio de aquisições, por isso percebíamos, com o passar do tempo, a necessidade cada vez maior de unificar a identidade da empresa, que ainda trazia elementos anteriores à Artecola em sua comunicação com o mercado”, explica Eduardo Kunst, presidente-executivo da Artecola.

Além desse aspecto, a empresa passou por um processo recente de grande mudança. “Cada momento de dificuldade sempre nos levou a fases de grande aprendizado e isso aconteceu na Artecola nos últimos anos. Frente a um período de reorganização, vivemos uma verdadeira transformação cultural dentro da empresa”, aponta o presidente.

Desse modo, a companhia decidiu traduzir o novo momento para o mercado com o mais profundo reposicionamento de marca já realizado na companhia. Unificou, assim, sua identidade e levou para o público externo a grande mudança interna que estava acontecendo ao se apresentar com uma nova identidade e um novo posicionamento de marca.

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Para isso, uma detalhada pesquisa de mercado foi aplicada em vários países onde a Artecola atua, executado pela Kantar (uma das maiores empresas do mundo em estudos sobre o comportamento do consumidor). Com crescimento por aquisições e diversidade de mercados, a Artecola queria entender melhor as necessidades da indústria, dos clientes e dos usuários, seus movimentos e a força das marcas que estavam sob o guarda-chuva da empresa multilatina.

Para desenhar a estratégia de branding e toda identidade visual, o desafio ficou com a SuperUnion. A agência internacional resgatou ingredientes importantes da história da companhia para preparar a marca para o futuro, com leveza e muita energia. “Internamente, além do comitê criado especialmente para conduzir esse processo, tivemos a importante contribuição de nossa conselheira Marise Barroso, executiva que liderou de forma pioneira grandes empresas mundiais”, conta Kunst.

A nova identidade visual definiu o novo posicionamento de marca da Artecola e lançou também uma nova marca, unificada, para todas as linhas de produtos da empresa. A marca Afix passou a identificar todos os produtos da Artecola na América Latina, tanto em adesivos, como em laminados termoplásticos.

As duas marcas mantêm a apresentação. A energia criativa em expansão é destacada através dos elementos gráficos sobre o ‘A’. Na mesma letra, o frasco de Erlenmeyer ressalta a precisão química. As formas e cores – roxo e coral – completam a transformação, com uma marca mais humana e próxima das pessoas. Ao mesmo tempo robusta, para representar solidez, e com ligações e curvas que simbolizam colaboração e parceria.Artecola

Kunst destaca que a empresa trabalhou fortemente na definição de um perfil de marca que resgatasse a origem e os valores da Artecola, sem deixar de olhar para o futuro. “Queríamos manter as características que nos proporcionaram mais de 70 anos de história, mas entendíamos que era preciso ser também uma empresa para outros 70 anos, adaptada à realidade atual e capaz de se moldar a novos cenários”, diz e acrescenta:

“Tivemos muitos momentos internos de aproximação entre as equipes de todos os países, e muito debate sobre a empresa que somos. Definimos claramente nossa identidade a partir dessas autoavaliações. Somos uma indústria química multilatina, especializada em adesivos e selantes, além do fornecimento de laminados termoplásticos para indústrias. Valorizamos a energia criativa, relações humanas, pertencimento, execução e transformação. E existimos para catalisar transformação”.

No processo químico, a catalisação é um acelerador de reações. E é esse papel que a Artecola se propõe a assumir no mercado, com sua nova identidade e estratégia de marca: existir para catalisar transformação. “Nosso propósito é promover a cocriação com clientes, fornecedores e demais parceiros para gerar transformações mais rápidas e impactantes”, frisa Kunst.

Uma das principais transformações está no perfil da empresa, que hoje se define como multilatina. “Foi um processo que evoluiu muito nos últimos dois anos. Hoje, temos equipes, projetos e processos totalmente integrados em toda a América Latina, com lançamentos simultâneos desenvolvidos conjuntamente com a mesma formulação para os diferentes países. Por isso, nesse momento novo, unificamos também a marca de nossos produtos. Essa energia criativa, nossa disposição para cocriar com os parceiros e nosso foco na sustentabilidade são as principais experiências que temos para oferecer”, diz o presidente.

Schmitt Aramados

Em 2019, a Schmitt decidiu transformar sua marca e essa atitude aconteceu devido a um conjunto de fatores. O fator inicial foi a mudança no posicionamento da empresa e com ele o desenvolvimento de novas linhas de produtos, mudança do comportamento do público-alvo, utilização de novas tecnologias e adoção de novos processos de produção.

Para comunicar essa mudança, a Schmitt fez uma transformação em sua identidade visual, repaginando o logotipo da empresa. “A nova marca trouxe mais modernidade, design e diferenciação. Antes a cor predominante era vermelho, agora optamos pelo preto, pois representa sofisticação e elegância. O vermelho foi mantido no ponto do I, como lembrança à antiga marca e simboliza a paixão com que os produtos são concebidos”, explica Pauline Fontana, marketing da Schmitt.Schmitt

Na fornecedora de aramados, o rebranding foi um processo evolutivo. “Acompanhou a evolução e as mudanças constantes do mercado e as decisões foram tomadas levando em consideração, também as mudanças internas da empresa”, diz Pauline. Agora, a empresa quer ser vista pelo mercado moveleiro por meio do novo propósito que é “Facilitar a vida das pessoas, organizando e decorando ambientes”.

“Nosso objetivo é que a essência desse propósito seja transmitida por meio dos nossos produtos, qualidade e atendimento personalizado conforme a necessidade de cada cliente. A Schmitt quer compartilhar mais praticidade, design e conforto, para as pessoas desfrutarem momentos mais incríveis com a família e amigos”, destaca Pauline.

A empresa já está colhendo os frutos desse rebranding e mudança de posicionamento. “Essa transformação está fazendo efeito em nossos clientes, ponto de venda, consumidor final e em nossa equipe interna que trabalha para que esse novo posicionamento continue se concretizando cada vez mais”, afirma a responsável pelo marketing da Schmitt.

Biesse

O processo de rebranding da Biesse é um dos aspectos de uma profunda evolução da companhia. “É uma evolução, não revolução, não é uma mudança de identidade visual, é uma expressão de uma profunda evolução da companhia”, frisa Raphael Prati, diretor de comunicação e marketing da Biesse. É um processo que começou há mais de dois anos. Grupo Biesse, o nome do qual a multinacional se identificava anteriormente, formava um grupo de empresas que cresceu ao longo do tempo por aquisições e administradas centralmente, mas ainda trabalhando de forma isolada.

Isso estava sendo um problema em termos de eficiência externamente com os stakeholders. Por isso, a empresa decidiu fazer não uma mudança de marca, mas mostrar a marca da nova fase da companhia. “Hoje é simplesmente Biesse”, destaca Prati. “É Biesse pois, para adaptar rapidamente ao contexto internacional de mudança contínua, nós tivemos que revisar nossa estrutura e organização em ordem para estar aptos para melhor atender os requisitos dos nossos stakeholders e consumidores”, explica.

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A pandemia acelerou o processo de rebranding da Biesse. A empresa enxergou há dois anos que tinha de quebrar a divisão da empresa. Um exemplo é que a empresa estava dividida em tecnologias para diferentes setores. O que faz parte e forma a Biesse: em madeira, vidro, pedra, plástico e materiais avançados. Contudo, é importante para a companhia compartilhar o conhecimento que o “grupo” tem nessas diferentes áreas e cruzá-los, mas para isso era preciso essa transformação na Biesse para “quebrar paredes” para unir a empresa que segue ofertando tecnologia em maquinário para os diferentes materiais.

Um exemplo: uma nova solução para automatizar um processo para manufaturar painéis de vidros, a mesma tecnologia poderia ser útil para a indústria de pedra ou a indústria de móveis. Para maximizar esses ativos, está sendo feito essa mudança de evolução na empresa, focando em dois aspectos. “Primeiro, nós somos mestres de materiais. Nós somos, provavelmente, a única empresa no setor de máquinas que tem a competência em diferentes áreas: madeira, vidro, pedra, plástico e materiais avançados. E isso é algo que queremos aproveitar para estar apto para transferir as informações entre as diferentes partes da empresa”, explica Prati.

O segundo aspecto, segundo o diretor de comunicação e marketing, está ligado ao processo de entrada da Biesse no Brasil e América do Sul. “Nós somos nativos internacionais. É uma expressão que reflete nossa identidade desde o início da companhia, em 1969”, assinala Prati. A Biesse vende seu maquinário para fora da Itália imediatamente após a fundação da companhia e mantém isso desde então. Desde os anos 1990, a empresa quis não apenas vender máquinas para o mercado externo, mas se estabelecer em outros países para melhor entender e estar perto dos clientes.

Com isso, a empresa criou uma rede de showrooms, serviços, treinamentos e peças de reposição ao longo do mundo para serem mais efetivos no atendimento aos clientes em termos de consultoria, solução rápida de problemas e oferta de peças de reposição. Ligado a esse segundo passo está a entrada da Biesse com o novo showroom em Curitiba (PR), para atender a América do Sul. “Queremos estar aptos a prover nosso excepcional serviço aos nossos clientes”, frisa Prati. A Biesse quer aproveitar esse processo para ser uma empresa multicultural.

Foto Júlia Magalhã

Biesse rebranding no setor moveleiro

Raphael Prati –

“Não queremos ser uma multinacional do jeito que as empresas estão acostumadas a isso. Queremos ser multicultural, que significa que a companhia não é liderada pela matriz na Itália, mas gerenciada pela estratégias de uma equipe multicultural de pessoas. Porque essa entrada na América do Sul será um grande ativo e vai enriquecer a companhia e fazer mais rentável”, conta Prati.

Agora, a Biesse tem uma marca mestre, Biesse, em que o valor da marca é feito do valor das tecnologias que a companhia tem para seus clientes: máquinas para madeira, vidro, pedra, plásticos e materiais avançados, com quatro diferentes áreas: Biesse Madeira, Biesse Vidro, Biesse Pedra e Biesse Materiais. Sobre a atuação nos países, Prati destaca: “Nós somos Biesse no Brasil e não Biesse Brasil”. Além disso, a empresa ainda terá, em breve, cores específicas para cada um dos segmentos de atuação e isso será visto em primeira mão pelos clientes brasileiros e sul-americanos no novo showroom, previsto para inaugurar em março.

“A escolha que fizemos no rebranding, as cores, os nomes, o logotipo, a imagem da marca, não é o resultado de uma atividade estética, não é decoração, não é algo para mudar completamente uma marca, não faria sentido, junto a isso há uma ética, sem isso a estética seria inútil, um investimento inútil. Quando você muda você mesmo para uma diferente pessoa, você precisa mudar o jeito que você reflete você para os outros e isso é o que nós estamos fazendo com nosso processo de rebranding”, define o diretor de comunicação e marketing: “estamos nos fazendo uma única marca porque existimos para simplificar o processo de manufatura dos nossos clientes”.

“Queremos ser vistos como uma companhia que quer entender as necessidades dos clientes para simplificar o dia de trabalho deles com nossas soluções. E quando falo de nossas soluções, não falo de uma coladeira de borda ou de uma tecnologia específica, mas de tecnologia, também de serviços, peças recondicionadas, consultoria. Não estamos aqui para vender apenas performance, mas para prover as melhores soluções em nossos negócios para simplificar os processos de manufaturas das indústrias e isso é o que queremos demonstrar com nossa presença no Brasil”, finaliza Prati.

Mercado de móveis da China

Mercado de móveis da China desafia a indústria moveleira brasileira, mas soluções para competir internacionalmente com mais força são internas

Publicado em 3 de janeiro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Reportagem publicada originalmente na edição 322 da Móbile Fornecedores

Em 2012, a indústria moveleira chinesa detinha 36,5% da produção mundial, com uma receita total estimada em US$ 156,2 bilhões. Em 2021, após dez anos de evolução, a produção chinesa alcançou uma receita estimada em US$ 190,5 bilhões, elevando a sua participação para 43,4% da produção mundial. No período (2012 e 2021), o crescimento acumulado em dólares foi de 22%, enquanto a produção mundial se manteve praticamente estável no período, permanecendo hoje na casa de 439 bilhões de dólares anuais.

Isso mostra a pujança do mercado moveleiro chinês, país que há 50 anos tinha um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 92,6 bilhões em 1970. Desse modo, o mercado moveleiro chinês é um dos principais competidores do móvel brasileiro, que sofre para ganhar no mercado internacional e crescer sua participação na exportação. Esse aumento da relevância da indústria chinesa ao longo da última década, quando já era uma potência mundial no setor, mesmo que atrás de Alemanha e Itália, se deve principalmente às políticas industriais de estado.

Essas políticas começaram muito antes do período de análise, visando expandir a complexidade do parque industrial e posicionar a China como uma das maiores potências econômicas do mundo. Elas estiveram baseadas em dois grandes caminhos de crescimento: um deles com foco nas exportações, a partir de incentivos cambiais, baixa regulação trabalhista e ambiental, subsídios para as matérias-primas, entre outros.

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mercado de móveis da China

Indústria moveleira chinesa é composta por mais de 60 mil empresas que fabricam todo e qualquer tipo de móveis como pode ser visto nas feiras Furniture China e Ciff Shanghai e Guangzhou

O outro teve como foco o desenvolvimento do mercado interno, fomentado com a migração da população do campo para as cidades, o aumento da renda e da classe média chinesa, além do “boom” da construção civil no país, com a construção acelerada de novas residências para abrigar um contingente de milhões de novos residentes das áreas urbanas.

As políticas relatadas na primeira questão foram extremamente exitosas, a ponto de colocar a indústria moveleira chinesa na liderança da produção e das exportações globais de móveis, muito à frente dos demais países, já a partir do início dos anos 2000. “Além disso, força e as dimensões do setor imobiliário local impressiona, representando, atualmente, cerca de 15% do produto interno bruto chinês, o que garantiu uma oportunidade única para a indústria do mobiliário local”, explica o diretor do Iemi, Marcelo Prado.

Ademais, a classe média chinesa compreende um montante de 400 milhões de pessoas, oferecendo aos produtores locais um mercado consumidor maior do que toda a população dos Estados Unidos. “Um contingente que mudou o perfil da demanda por produtos no país, que vão muito além da satisfação das necessidades básicas, que combinadas com políticas de acesso ao crédito, permitiram que os chineses continuassem demandando bens duráveis e de maior valor agregado como os móveis”, assinala Prado. Desse modo, indústria moveleira chinesa se beneficiou quase completamente do crescimento da economia chinesa.

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Para ter maior participação no mercado mundial de móveis, indústria moveleira brasileira precisa ter apoio do governo como teve a China

Contudo, não somente. A China teve olhos fixados para o mercado internacional e comercializou de diversas formas grande parte de sua produção moveleira. Tanto é que sua participação na exportação mundial de móveis é praticamente a mesma da União Europeia. Sua participação da exportação sobre a produção foi de 27,5% em 2019.

A trajetória de crescimento iniciou em 1976. Naquele ano, Deng Xiaoping adquiriu uma política de portas abertas ao investimento estrangeiro. Com isso, fez o PIB ter um salto enorme, passou de 2,3% da participação mundial em 1980, para 18% em 2021, após crescer 8,1% no ano. Mais sobre o desenvolvimento econômico chinês e de seu setor moveleiro, você pode conferir em reportagem na edição 288 da Móbile Fornecedores.

Desafios perante o mercado de móveis da China

Não somente a China, é claro, mas o país é quem mais “toma” potenciais clientes de móveis brasileiros e desafia o País a conquistar mercados e ter maior presença moveleira internacionalmente, mais de acordo com o tamanho e potencial da produção moveleira brasileira.

Um exportador líquido de móveis (com exportações muito superiores às importações), o Brasil conta tem uma pauta exportadora em que os preços médios dos produtos brasileiros se encontram abaixo da média dos principais exportadores mundiais. “Isso demonstra que o País dispõe de uma grande competitividade para expandir sua participação no comércio internacional, em especial na linha de móveis de madeira, que representa mais de 80% das vendas do país no exterior”, diz o diretor do Iemi.

Dentro desse cenário, o Brasil apresenta boas possibilidades de aumentar a sua participação até mesmo no mercado chinês, com potencial de capturar para as marcas nacionais uma fatia relevante do seu grande contingente de consumidores. Na visão de Marcelo Prado, isso é possível desde que haja um esforço coordenado de promoção e desenvolvimento dos produtos brasileiros no mercado asiático, capaz de estabelecer contato permanente com os canais de distribuição locais.

Para expandir o produto móveis até mesmo na Ásia, ou seja, indo além da América Latina, Europa, África e Estados Unidos, “os exportadores brasileiros terão que se esmerar para ofertar aos chineses produtos originais, com design e estilo próprios, capazes de gerar atratividade e diferenciação frente aos produtos europeus e norte-americanos”, afirma Prado.

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Indústria moveleira chinesa enxergou o design como ferramenta essencial para competir no mercado internacional de móveis

A indústria de móveis do Brasil se posiciona entre as oito maiores do mundo, com uma participação da ordem de 2,7% do total. Apesar dessa posição de destaque, ela sofre dos mesmos problemas estruturais que assolam há décadas a indústria de transformação nacional e que impedem que desempenhe todo seu potencial, dentro e fora do País.

“Como problemas estruturais, podemos destacar o modelo tributário, a burocracia, o grau de regulação, o custo da energia, as deficiências na infraestrutura, o custo do capital etc., que atuam como grandes entraves para um maior desempenho das indústrias nacionais, em especial as indústrias intensivas em mão de obra, como é o caso da indústria do mobiliário”, afirma Prado.

No caso das exportações, as grandes oscilações no câmbio também prejudicam as vendas externas e desestimulam as empresas interessadas em se desenvolver no mercado internacional, tornando muito difícil um planejamento de mais longo prazo para a internacionalização dos nossos produtos e marcas.

Assim, o que seria preciso mudar na indústria moveleira brasileira para incrementar sua produção mundial de móveis e ser competitiva internacionalmente? Segundo Marcelo Prado, para aumentar a competitividade, a indústria moveleira nacional depende, principalmente, da melhoria do ambiente de produção no País para a indústria de transformação como um todo, o chamado “Custo Brasil”.

Independentemente disso, dado a competitividade da cadeia produtiva da madeira no País, a indústria brasileira de móveis tem conseguido se manter competitiva nos mercados interno e externo para os móveis fabricados com esse tipo de matéria-prima (tanto em chapas, quanto em madeira maciça), ainda que em patamares abaixo do seu verdadeiro potencial. Para as demais linhas, como os móveis de plástico e ou metal, o Brasil tem muitas dificuldades para ser competitivo no mercado externo.

Nos últimos dois anos, apesar de toda a instabilidade causada com a pandemia, a produção nacional se recuperou bem e conseguiu registrar níveis de crescimento relevantes, ainda que inferiores aos anos de 2012 e 2013, pré-crise econômica. Nas exportações, no ano passado, o setor moveleiro alcançou o seu recorde histórico, com mais de US$ 900 milhões. “Neste ano, vem mostrando resiliência, mesmo com as dificuldades de expansão do consumo nos principais países destino dos móveis brasileiros, como os Estados Unidos, a Europa e a América do Sul, fortemente afetados pela inflação e pelos efeitos da pandemia sobre a economia”, pontua Prado.

Apesar do importante resultado alcançado no último ano, o Brasil ainda ocupa a 26ª posição entre os principais exportadores globais, com uma participação de apenas 0,6% do total das exportações globais. “Dobrar a nossa participação nesse mercado, nos próximos anos, assim como foi feito de 2014 para cá, é um objetivo justo e alcançável, ainda que venha a demandar um grande esforço por parte das empresas e entidades envolvidas”, diz Prado, que acrescenta. “De qualquer modo, tenho uma visão otimista em relação aos objetivos do Brasil no mercado internacional e acredito que as ações que estão sendo empreendidas pelo programa Brazilian Furniture, estão no caminho certo e poderão gerar bons frutos para os produtores brasileiros”.

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mercado de móveis da China

China contou com grande aporte do governo para desenvolver sua economia

Como é uma loja da Ikea

Visitamos a maior varejista de móveis do mundo e contamos como funciona uma loja da rede sueca de mobiliário e acessórios para casa

Publicado em 2 de janeiro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Reportagem publicada originalmente na edição 322 da Móbile Fornecedores

No dia 27 de setembro de 2022, a reportagem da Móbile Fornecedores esteve em Varsóvia, capital da Polônia, no leste europeu, para visitar uma das 474 lojas da Ikea no mundo. A multinacional sueca teve sua primeira loja aberta em 1958, em Älmhult. Desde então, a empresa cresceu e evoluiu para ser conhecida como a maior rede varejista de móveis e itens para casa do globo.

Segundo o fundador da rede, Ingvar Kamprad, “a Ikea não é o trabalho de uma pessoa sozinha, é o resultado de muitas mentes e muitas almas trabalhando juntas ao longo de muitos anos de alegria e trabalho duro”. A empresa tem um forte conjunto de valores que são a bússola que os guia em tudo o que fazem, com a cultura da marca sendo formada quando a Ikea coloca esses valores em ação.

São oito valores da Ikea: união, cuidar das pessoas e do planeta, consciência dos custos, simplicidade, renovar e melhorar, diferente com um significado, dar e assumir responsabilidade e liderar pelo exemplo.Ikea

“Os valores da Ikea foram moldados durante uma época na Suécia em que as condições de vida eram duras. As pessoas tinham que se virar com o que tinham. Isso promoveu uma cultura de empreendedorismo e trabalho árduo e tornou as pessoas mais pragmáticas e conscientes dos recursos”, destaca a companhia em seu site. Muita coisa mudou desde os primeiros dias da marca Ikea, hoje a empresa é um negócio global com tamanho e alcance para criar mudanças positivas, não apenas para as pessoas, mas também para o planeta.

Entretanto, dentro da empresa não mudou muito. “Somos solucionadores de problemas diretos, inovadores, criativos e de bom senso. Estamos constantemente tentando encontrar melhores maneiras de fazer as coisas e trazer o melhor de nós mesmos e dos outros. Esforçamo-nos por um ambiente estimulante que encoraje os empreendedores em nós. Somos apaixonados por inovação e por encontrar novas soluções”, divulga a Ikea.Ikea

Conceito Ikea

A Ikea se apresenta aos consumidores com uma estratégia de lojas localizadas nas áreas suburbanas das cidades. Você não vai encontrar uma loja da Ikea no centro da cidade com alguns móveis expostos e outros itens para casa. O modelo da Ikea é de grandes, mais exatamente, enormes lojas com tudo o que podem oferecer para os clientes.

Isto é, em resumo, vasta enormidade de ambientes mobiliados com diversas soluções em mobiliário, seguido de móveis soltos em diferentes categorias de produtos e finalizados com muitos tipos de acessórios e decorações para a casa. Tudo isso em um caminho bem delineado com placas de localização e, claro, a oferta de compras online e entregas e serviços em domicílio para quem quer ter a praticidade de ter os produtos sem sair da residência.

Não é fácil encontrar uma loja da Ikea em uma visita a qualquer cidade europeia. Porém, em um visualizada mais ampla em um mapa online, pode-se encontrar a loja da Ikea aparecendo, afastado do centro da cidade. A loja visitada em Varsóvia, fica localizada a quase 10 km do centro histórico da capital polonesa. Deste modo, foi preciso pegar um ônibus para estar em 40 minutos na loja. Aproximando do local, é possível ver o tradicional armazém azul com os grandes letreiros em amarelo com as quatro letras que compõem o nome da empresa.Ikea

Ao entrar na loja, percebe-se que a Ikea não quer apenas que o cliente entre, compre um produto e saia – o que pode até acontecer com itens pequenos com clientes que passam próximo do estabelecimento e sabem o que quer, escolhendo a varejista por confiança na marca. A Ikea quer mesmo é oferecer uma grande experiência ao consumidor que quer equipar a casa. Por isso, restaurante com buffet e fast food são o ponto de descanso para aquelas pessoas ou famílias que reservaram o dia para ter a vivência na loja.

Novas lojas
Nestas lojas clássicas da Ikea nos arredores das cidades, os clientes podem descobrir, tocar e experimentar todos os produtos. Como dito, outros clientes podem não ter tempo para visitar a loja ou talvez apenas precisem comprar uma ou duas coisas. Como uma marca que está trabalhando para se tornar mais sustentável, a Ikea quer que as pessoas que optam por não ter carros também tenham acesso aos produtos que oferta. Por isso, oferece cada vez mais as vantagens online de comprar em ikea.com, encontrando e comparando cores e padrões e escolher prateleiras e guarda-roupas que se encaixam no quarto após realizar a medição enquanto o consumidor está comprando. “Queremos sempre ser melhores e testamos novas soluções e formatos o tempo todo”, frisa Jon Abrahamsson, diretor administrativo da Inter Ikea Systems B.V., no site da marca. Por isso, atualmente a empresa tem aberto pequenas lojas “Ikea Stores” nos centros das cidades, como em Hong Kong. Outros formatos são Ikea Pop-ups e Ikea Shops, aberta em Madrid como forma de testes. Também desta forma está o Ikea Planning Studio, para o suporte de projetos em cozinhas, por exemplo.

A maioria dos clientes da Ikea tem pelo menos uma coisa em comum, segundo a marca: eles gostam de um bom design a preços acessíveis. Tirando isso, são todos diferentes. “Alguns vivem na cidade, outros no campo. Alguns têm carro, outros não. Alguns estão ocupados demais para ir às compras, enquanto outros gostam de tomar seu tempo. Porque cada cliente é único, estamos a criar mais formas de conhecer os nossos produtos”.

Loja Ikea

Ao entrar na loja da Ikea em Varsóvia, subi as escadas do estabelecimento para começar a “viagem” pela loja. Logo fui ao primeiro ambiente, uma parte da sala de estar com uma decoração mais “sombria”: estofados pretos, com uma cristaleira. O móvel estofado tem o preço de 2,5 mil zloty polonês, equivalente a cerca de 2,8 mil reais. Era apenas o primeiro de muitos ambientes. Com diversos estilos, acabamentos e cores, foi possível conferir uma grande variedade de propostas pré-definidas pelos designers da varejista.

O consumidor que gostar daquele ambiente completo, pode apenas ter o trabalho de anotar o código do ambiente no caderno com o lápis, ambos disponibilizados pela Ikea, para chegar ao vendedor e acertar os detalhes. Para quem deseja um móvel ou um item do espaço, anota-se o código daquele produto, tudo tem etiqueta e preço, entre outras informações.Ikea

Na primeira cozinha visualizada foi utilizada a cor bege, com tampo madeirado, bastante comum nas cozinhas europeias, sem ter aquele engrosso para a água não escorrer para o chão – além da pia, o escorredor de louças é para ser o único lugar molhado, sempre com uma bandeja abaixo que segura a água. As portas do móvel utilizou a “cava” para a abertura inferior, enquanto as prateleiras superiores contaram com abertura por toque (bastante comum em diversos outros móveis da loja) fornecendo um móvel totalmente sem puxadores.

Embora o polonês não ajudou na compreensão das informações das etiquetas, elas estavam sempre lá chamando a atenção nos ambientes, com o nome e o preço do produto em maior destaque, seguido das informações e características do mesmo. Elas aparecem bastante porque os ambientes são compostos por diversos itens para casa. No caso das cozinhas, o porta-utensílios tem diversos produtos pendurados, cada um com uma etiqueta diferente: é possível comprar tanto aquele produto ali ou depois na área de acessórios da loja, afinal, é possível encontrar outro item que se tenha gostado ainda mais por lá.Ikea

Por cerca de 730 reais, é possível ter uma cadeira com acabamento folheado da madeira Freijó e pés de madeira maciça. A etiqueta aponta que a durabilidade da superfície da mesa é garantida com uma camada protetora de verniz que também mantém a impressão da madeira natural propiciada pela folha natural. Os móveis da Ikea procuram também ter fácil montagem, para ser instalado pelo consumidor e, no caso, cada perna tem um encaixe. A etiqueta também mostra quem desenhou o móvel e apresenta mais informações no verso.

O primeiro andar da loja é quase inteiramente composto por ambientes completos mobiliados. Salas de estar, salas de jantar, cozinhas, quartos, quartos infantis, banheiros, quartos com banheiros, salas com cozinhas, todos esses espaços estão mobiliados com diversas opções de estilos, revestimentos, acabamentos, utensílios e designs, todos com muitas soluções para a casa. Ambientes sóbrios, ambientes com plantas, com estilo escandinavo, entre diversos outros, são muitas as possibilidades apresentadas pela rede sueca.

Em seguida, é possível ver os móveis soltos, aqueles que é possível escolher e levar para casa na hora pegando a peça no estoque que fica em um barracão ao lado da loja, atravessando a rua do centro comercial composto por um shopping e um hipermercado. Os primeiros itens são os móveis estofados, com diversas opções de sofás de dois e três lugares, com itens que compõe este móvel como mantas, almofadas, capas de proteção, entre outros.Ikea

Outros móveis puderam ser encontrados em seguida, como racks e estantes para sala, nichos com espaços vazios ou com cestos, nichos para modulações, armários inferiores simples e brancos, molduras com diferentes cores para portas de sistemas modulados e estantes, mesas com tampos de madeira maciça, até chegar na parte de escritórios.

Mesas de canto, cadeiras, gavetas avulsas, gavetas acopladas das mesas, opções de todos os tipos. Em diversos momentos, no caminho pela loja, voltam a aparecer ambientes mobiliados, sejam quartos ou cozinhas, que despertam a atenção do consumidor de diferentes formas, com espaços mais despojados e atípicos do que se imagina de um ambiente, de sala ou quarto, mais comum.

Algo que chamou a atenção foi que a loja mostrou um ambiente mobiliado especificamente para um bairro de Varsóvia. No bairro Praga, ao lado do centro histórico, embora dividido pelo rio Vistula, a varejista mostrou um quarto ambientado para uma residência em bloco de apartamentos em um prédio antigo. Com isso, o quarto tem uma metragem maior, 20 m², e o espaço tem “soluções funcionais que tornam o quarto aconchegante e fazem com que todos se sintam confortáveis” – todos, no caso, são o pai e mãe junto ao filho de 5 anos forjados para a criação da história na hora de construir o ambiente.

Em outro espaço, este de 11 m², na parte norte de Praga, a adolescente Lena tem 14 anos, mas sabe o que quer, se interessando por moda e maquiagem. Com a liberdade da mãe para que ela escolhesse o estilo de seu quarto, a personagem precisa de um espaço para tripés e iluminação para filmagens dos tutoriais de maquiagem, no qual o quarto se torna um reduto onde ela aprende e realiza suas paixões. Com esse storytelling, a Ikea se propõe a dar uma específica opção ao mesmo tempo em que dá ideias de um quarto mobiliado para uma persona específica – persona são personagens fictícios criados para representar os diferentes tipos de usuário dentro de um alvo demográfico, atitude e/ou comportamento.Ikea

Opções de densidades de colchões, pés para as camas-box, puxadores para gavetas e portas, tampos para os balcões da cozinha, acabamento para as frentes de armários, tudo isso é mostrado em espaços menores, mas que mostram as possibilidades que os clientes da Ikea tem para mobiliar o móvel de acordo com seu gosto. Os móveis infantis não são esquecidos e possuem uma área razoável na loja, assim como mobiliário para banheiros, grandes e pequenos, de todos os tipos e apresentados com cores claras e escuras – neste caso, foi legal fazer o paralelo com os banheiros mobiliados exibidos em feiras de móveis como o iSaloni 2022.

Ao final, os utensílios para casa. A tradicional e largamente utilizado pela Europa, “caneca Ikea”, é ofertada não em muitas cores, mas com cores conhecidas e bastante aceitas pelo público. Panelas, frigideiras, pratos, talheres, utensílios para outros quartos, quadros, decorações, entre muitos outros itens disponíveis para comprar e levar fazem da Ikea não só uma loja de móveis. Por fim, uma área de “circular hub”, tem móveis que foram para a casa de clientes que desistiram da compra e são revendidos na loja por preços menores.

Assim é a loja da Ikea. A maior varejista de móveis do mundo se apresenta assim ao cliente, dando inúmeras possibilidades para a casa, exibindo ambientes criados para inspirar as pessoas, proporcionando uma experiência singular de compra, ofertando também outras peças para que o cliente enxergue na marca uma extensão de sua casa, isso tudo a um preço acessível.Ikea

Ikea hoje

A Ikea possui 231 mil trabalhadores no mundo e apenas em 2022, são 38 novos pontos de vendas. No ano corrente de 2022, que para a Ikea é de 1 de setembro a 31 de agosto, foram alcançados 44,6 bilhões de euros em vendas, maior que os 41,9 bilhões de 2021 e 39,6 bilhões de 2020. Por outro lado, problemas de inflação e da cadeia de suprimentos levaram a custos e preços mais altos, o que significa que as vendas cresceram em valores, mas não em quantidades de vendas.

A marca começou sua operação na América do Sul com a abertura de uma Ikea Store em Santiago no Chile. A expansão no continente se dará na Colômbia e Peru nos próximos anos. As lojas menores da Ikea cresceram 13% em vendas em 2022, comparado a 2021, recebendo 47 milhões mais visitas. As visitas online na Ikea foram menores que no ano anterior: passaram de 5 bilhões para 4,3 bilhões.

A empresa que tem a ambição de que todos seus produtos sejam circulares até 2030, enxerga-se como um negócio global com capacidade de causar um grande impacto nas pessoas e no planeta, enxerga a si com a responsabilidade de tornar esse impacto positivo. Por isso, tem pontos de vistas sobre ar, direitos dos animais, biodiversidade, circularidade, mudanças climáticas, gestão das florestas, direitos humanos, materiais, segurança e até mesmo abastecimento de produtos, como o café que oferece. Por tudo isso e mais um pouco, desde seu modelo de loja até seu modo de gestão do negócio, a Ikea é e pode ser um exemplo a ser observado pelo mercado moveleiro.Ikea

Componentes para colchões têm bases inovadoras

Indústria de colchões tem soluções inovadoras para as bases box dos colchões, ofertados pelos fornecedores

Publicado em 29 de dezembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Reportagem publicada originalmente na Móbile Fornecedores 321

O setor de colchões possui diversos componentes que não alteram tanto o preço final, muitas vezes também não fazem parte da produção e em outras não alteram o design da peça (exceto para os pés das camas box). Nesse área de produtos para o local do sono, as soluções desta reportagem estiveram restritas ao interior do colchão. Bases box e estrados inovadores são a tônica deste conteúdo.

A Oke é uma empresa internacional com mais de 55 anos, 2,1 mil colaboradores, 14 fábricas ao redor do mundo, 150 linhas de extrusão e 200 injetoras. Atuando nos mercados automotivo, agrícola, médico e industrial, a marca oferece ao mercado colchoeiro o Goodside, uma ripa de PP com fibra de vidro que substitui os estrados de madeira, entregando rigidez e flexibilidade.

Segundo Luiz Henrique de Freitas, analista comercial da Oke, o produto não cria memória e é extremamente durável, sendo fácil de limpar e não acumula fungos ou bactérias. Ele pode ser instalado na base do colchão dando sustentação e conforto.

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“Nenhum outro sistema de suspensão é tão flexível e oferece ao corpo um suporte tão confortável como o Goodside. A combinação do núcleo de fibra de vidro em conjunto com o revestimento plástico garantem as ripas grande ergonomia. A elasticidade única e permanente do Goodside foi constatada através do teste da LGA e o Goodside alcançou nota máxima”, assinala Freitas.

Junto às ripas, a solução tem cápsulas que de forma complementar facilitam a montagem com apenas um click. Resistente à temperatura e umidade, tem várias larguras, zonas de sustentação com diferentes níveis de elasticidade. “As ripas podem substituir as molas de colchões sem criar memória de uso. Reduz custos e é extremamente durável e flexível, ou seja, não quebra”, diz o analista comercial – a empresa oferece 25 anos de garantia e por ser um item durável, dificilmente terá reposição dentro do conceito de logística reversa.Oke

Componentes para colchões

Criação da Alpha Motion, o Ecobox é um box de colchão produzido com polietileno de alta densidade (pead), material 100% reciclável, representando 0% em emissão de carbono na atmosfera (CO2). De acordo com a marca, a inovação retira plásticos do ambiente e todo o resíduo da produção é reciclado e reutilizado na própria produção.

Além do apelo sustentável, a base é fácil de montar, resistente, possui velcro para colocação da capa e está disponível em todas as medidas de colchão de casal e de solteiro. O produto promete facilitar a vida dos industriais de colchões, que agora podem terceirizar a fabricação do box.

“A criação ocorreu com o propósito de atender a necessidade e tecnologia do mercado com um produto sustentável, com melhoria em produção, montagem e vantagens com questões de logística e qualidade, sendo um produto de fácil acesso ao consumidor final e uma solução aos fabricantes para assistência técnica”, destaca Sereni, presidente do Grupo Alpha Motion.AlphaMotion

Segundo dado da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol), 11% das reclamações dos consumidores de colchões são referentes a problemas nas bases box, que danificaram o colchão. Comumente, as bases box são fabricadas em madeira, que podem quebrar com o excesso de peso ou saltos sobre a cama.

Tendo isso em mente, a Alpha Motion desenvolveu por três anos a solução para entregá-la em uma caixa (a embalagem tem 0,22 m³ para o modelo 137 cm x 187 cm) que pode ser montada facilmente pelo consumidor graças ao sistema Lego que não precisa de ferramentas e com a capa aplicada por fita de velcro. O suporte é de até 318 kg e tem suas ripas desenhadas ergonomicamente com 5,4 cm de largura e espaçamento de 6,2 cm para o suporte ideal do colchão, deixando espaços para bom nível de ventilação.

Segundo Sereni, a principal característica é a possibilidade de montagem, transporte e solução para assistências técnicas causadas pelo produtos de madeira. “Com a garantia de que o cliente, consumidor final, não levará para sua casa um produto com potencial contato com fungos e de fácil lavagem quando necessário”, afirma. Nesse sentido, o produto é resistente a umidade e à água, evitando maiores prejuízos em casos de enchentes.AlphaMotion


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