Fibraplac inaugura showroom em Glorinha (RS)

Fabricante de painéis de madeira, Fibraplac inaugurou no último dia 7 de dezembro showroom em sua fábrica em Glorinha (RS)

Publicado em 18 de dezembro de 2023 | 11:00 |Por: Thiago Rodrigo

No último dia 07 de dezembro, a fabricante de painéis de madeira, Fibraplac, inaugurou seu showroom Fibraplac, espaço localizado junto a planta fabril em Glorinha, Rio Grande do Sul, que possui mais de 100m².

Na inauguração do showoroom Fibraplac, a empresa recepcionou clientes, fornecedores, arquitetos e colaboradores para celebrar a conquista. Segundo a empresa, o espaço é um marco importante para a marca, firmando o compromisso em oferecer tendências de mercado, qualidade e versatilidade.

Exportações de móveis devem encerrar com baixo desempenho

“O showroom Fibraplac é um ponto de encontro, um lugar para conectar pessoas, ideias e projetos. Um espaço todo pensando em trazer experiências aos clientes, apresentar infinitas possibilidades de combinações das cores e texturas dos nossos painéis de MDF”, informa a empresa.

O espaço é convite para a inspiração aos clientes, onde terão a possibilidade de conhecer de perto os padrões em altura real, fazer combinações com cores e ver de perto as diferentes formas de aplicação dos painéis de MDF. Para utilizar o espaço de forma gratuita, os interessados precisam entrar em contato pelo Instagram para fazer o agendamento.

Fibraplac

A Fibraplac é uma indústria de painéis de MDF, a única do estado Rio Grande do Sul. A planta fabril está sediada em Glorinha e o escritório corporativo em Porto Alegre. Atua desde 2004 no mercado e tem comercialização nacional através de representantes comerciais nos estados, com exportação para da América do Sul, Portugal e Angola.

Setor de colchões impulsionado

Dados, inovações, tecnologias e tendências do setor colchoeiro, que só cresce em tecnologias de produtos que garantem melhor noite de sono e desenvolvimento de inovações do chão de fábrica para melhor desempenho industrial

Publicado em 18 de dezembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Reportagem publicada originalmente na Móbile Fornecedores 321, em setembro de 2022, dados referente à época

O mercado mundial de colchões girou a quantia de US$ 35 bilhões em 2021. Trata-se de um setor em crescimento ao avaliar os últimos dez anos, de acordo com o CSIL – Centre for Industrial Studies. Os motivos para o crescimento no consumo mundial de colchões, incluem o aumento contínuo dos gastos e a evolução dos hábitos de consumo dos países emergentes, dando mais importância à qualidade do sono; e o bom desempenho das economias avançadas, que registraram crescimento moderado.

Segundo projeção da IBISWorld, fornecedora de pesquisas para indústrias, a crescente conscientização à qualidade do sono, evidenciada durante a pandemia de Covid-19, fez com que a indústria de colchões crescesse e continue crescendo, sem sinais de desaceleração. Indicadores deles apontam que a indústria global de colchões está projetada para crescer mais US$ 13 bilhões nos próximos cinco anos. Insights do estudo indicam que os compradores farão gradualmente mais compras online, mas sem tornar as lojas físicas obsoletas.

Atualmente, a indústria de colchões vive uma enxurrada de informações e preocupações com questões da cadeia de suprimentos, preços, incertezas comerciais, canal de e-commerce, bed-in-a-box, sustentabilidade, circularidade, logística reserva e, claro, Inmetro. No Brasil, isso é a preocupação de 486 unidades produtivas, segundo o Iemi – Inteligência de Mercado, empresas que empregam quase 29 mil pessoas, diretas e indiretas.

Leia a Móbile Fornecedores 321

O diagnóstico do mercado é de que as grandes vendas de 2020 e 2021, pararam – em 2021, a produção de colchões e camas-box alcançou o volume de 38 milhões de peças, após produzir 35,7 milhões de peças em 2020. Em 2022, o que se percebe é que muitos consumidores adiantaram a compra do produto no ano anterior. “Tem acontecido não só no Brasil, como no mundo todo. No caso do Brasil, temos o agravante que é a recessão de cenário econômico de muita incerteza e empobrecimento muito grande da população. Isso ajuda a diminuir a venda de colchões”, pontua o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol), Rogério Soares Coelho.

Por outro lado, ao menos é positivo ver que o consumidor brasileiro está dando maior importância à qualidade do sono é algo que cada vez mais as pessoas dão valor. Se durante a pandemia as pessoas passaram a se preocupar mais com sua casa, o local de dormir não passou desapercebido. “A pandemia alertou aos brasileiros quanto ao empobrecimento do sono deles. Ficar muito em casa chamou a atenção para isso que as pessoas estão dormindo muito pior e, consequentemente, o colchão é uma parte importante desse processo”, destaca o presidente.

Das 38 milhões de peças produzidas, 37,8% foram consumidas internamente, dos quais apenas 0,16% foram importadas (US$ 2,7 milhões). O principal canal são lojas próprias ou franqueadas – sendo que o e-commerce registrou o maior crescimento em 2021, com alta de 22% no volume de peças. A região Sudeste concentra 42,8% da produção, sendo que a mesma região e o estado de São Paulo são o principal local de consumo. Também foram investidos R$ 57 milhões pelas empresas e em exportações, a indústria brasileira de colchões alcançou US$ 21,4 bilhões em 2021.

Abimóvel apresenta anuário Brasil Móveis

Nos últimos dois anos, as matérias-primas subiram tanto em 2020 e 2021, que afetou todo o setor de forma que foi preciso praticamente dobrar o preço do colchão. “Felizmente em 2022, os custos de matérias-primas estão estabilizados, com algumas variações. Temos algumas complicações como o custo do frete, o óleo diesel subiu muito, então a gente acredita que as matérias-primas tendem a ficar nos atuais patamares, com algumas variações, mas nada tão absurdo como foi em 2020 e 2021”, analisa Coelho.

Agora, o último caso foi a possibilidade de antidumping de importações brasileiras de fios texturizados de poliéster, originárias de China e Índia. A Abicol viu com muita preocupação isso, mas a medida foi suspensa. “O antidumping iria gerar uma inflação muito alta, principalmente nos produtos mais simples, sem nenhuma necessidade”, diz Coelho. De acordo com ele, os fabricantes de fio de poliéster da indústria nacional representam 25%. “Ou seja, não está se protegendo a indústria nacional, porque ela não produz por sua totalidade. A entrada dessa tarifa seria extremamente danosa para a indústria e para o consumidor. Apesar de achar que iam aumentar a receita e proteger a indústria nacional, a médio, longo prazo, seria exatamente o contrário”, considera.

Tendências no setor

Sustentabilidade, economia circular, logística reversa, todos são conceitos cada vez mais abordados na sociedade atual. Fazem parte um do outro, complementam-se, mas o que importa é que são assuntos tendências na indústria de colchões. “Nós sabemos que, cedo ou tarde, a economia circular no setor colchoeiro vai entrar de forma mais forte, veremos se em cinco ou dez anos”, frisa o presidente da Abicol.

A logística reversa para colchões já foi assunto dos eventos da Abicol para a indústria colchoeira. “Ela veio para ficar em todos os setores, isso está claro. No colchão vai tratar especialmente das espumas. Quando a gente fala de espumas, temos grupos de trabalho bastante atuantes e já estamos nos preparando no sentido de legislação – analisar e ver como se daria essa legislação, e principalmente como vamos aplicar”, diz o presidente. Afinal, a economia circular não envolve apenas o fabricante, mas também lojista e o consumidor. É algo que tem que ter a participação de todos.

Em meio a isso há a mudança de perfil do consumidor. A diretora da Rondomóveis, Maria Eduarda, enxerga que está mudando, pois com a digitalização acelerada e mais informações o cliente está mais exigente. “Cabe a nós fabricantes investir em tecnologia, fazer estudos de mercado e desenvolver produtos que satisfaçam as necessidades desse consumidor”, afirma.

Desse modo, algo que vem acontecendo nos últimos anos é a aproximação das fabricantes com o consumidor final nas mídias sociais, o DTC – Direct to Consumer. “Ou seja, a indústria vendendo direto ao consumidor. Muito mais do criar canal direto de venda de produtos e serviços aos consumidores finais, trata-se de uma profunda mudança estrutural e estratégica, que abre portas para expansão de atividade levando empresas e negócios a um patamar competitivo muito mais elevado”, considera.

Certificação
Um foco de atuação da Abicol atualmente pela atualização constante é a certificação compulsória de colchões frente ao Inmetro. “Houve um decréscimo da fiscalização de colchões com o selo do órgão e, com isso, o aparecimento de colchões completamente irregulares. “Isso não acontecia de uma forma tão violenta depois da certificação compulsória. Felizmente, existe o observatório do colchão que está atento e fazendo seu trabalho de verificar e alertar o consumidor sobre quais os produtos, quais os produtores são éticos. Desse modo, o observatório do colchão tem feito um bom trabalho, sendo possível ter resultados melhores com colchões certificados no mercado”, diz Rogério Soares Coelho. Junto a isso, há também o Selo de Segurança Abicol, do qual a associação procura fortalecer. Sendo uma entidade que congrega cerca de 75% a 80% do mercado nacional de colchões, preocupada com todos os parâmetros que envolve a construção do colchão: a qualidade do produto, quem está construindo, o respeito ao meio ambiente, as boas práticas. “O Selo Abicol vem dar segurança ao consumidor, principalmente ao consumidor consciente, que aquele produto atende as normas e essa empresa procura atender cada vez mais – talvez de uma forma não direta de ESG, que hoje a gente sabe que é um conceito muito presente”, diz Coelho.

Setor de colchões na vanguarda

Em meio a todo esse cenário do setor colchoeiro brasileiro, há empresas que se destacam no mercado de colchões brasileiro. Em 2021, as grandes empresas foram responsáveis por 58,3% da produção nacional de colchões. Entre essas grandes empresas estão Castor Colchões e Gazin Colchões, empresas constantemente lembradas na avaliação de lembrança de marcas do varejo brasileiro do Prêmio Top Móbile, realizado todos os anos desde 2006. Para a Gazin Colchões, os motivos para alcançar o sucesso é “sempre fazer o melhor para todos”.

“Esse é o lema primordial do Grupo Gazin e norteia toda a sua atuação no mercado. Nas indústrias do grupo isso fica ainda mais evidente. A preocupação com a satisfação total dos clientes, seja de lojistas ou consumidores finais é diária. Por isso a empresa investe na melhoria constante dos processos produtivos, matérias-primas de primeira qualidade e tecnologia de ponta, além de desenvolver produtos com design diferenciado e voltados para atender tendências de mercado e as necessidades e desejos de nossos clientes”, conta Paulo Henrique de Souza, supervisor de marketing da Gazin Colchões.

As empresas confiam em seus processos produtivos para obter alta qualidade nos produtos, alta produtividade na fabricação e outros diferenciais na produção de colchões. Na Gazin, a preocupação com qualidade e produtividade começa muito antes, com a seleção de matérias-primas, tecnologia e um processo produtivo em constante revisão e melhoria. A intenção é fabricar produtos com qualidade sem igual de forma ágil, garantindo o atendimento da demanda dos pedidos dos clientes.

“Da fabricação a entrega, estamos sempre monitorando o processo por meio do nosso programa de controle de qualidade e pós-venda. Outro ponto importantíssimo é a parceria que mantemos com nossos fornecedores, minimizando a falta de matérias-primas. Acreditamos fortemente que esse é um cuidado obrigatório que garante a lembrança de nossa marca na mente dos clientes. O prêmio Top Móbile comprova”, diz Souza.

A Castor tem seu chão de fábrica com muita organização e planejamento nos processos. Também possui um completo centro laboratorial para realizações de testes que avaliam os produtos fabricados. “É um laboratório exclusivo de última geração e profissionais qualificados. Os colchões são produzidos com 100% espuma e/ou molas, com o maior número de molas por m2 (autêntica marca Pocket®), alinhado com tecnologia e qualidade para assegurar mais garantia aos colchões”, diz Helio Antonio Silva, CEO da Castor.

Com 60 anos de tradição, a marca utiliza matérias-primas e tecnologias dentro de que há de melhor no mercado. “Os frequentes estudos na área do sono fazem com que aliado a tecnologia e inovação nos destacamos como diferencial em colchão no mercado brasileiro. Sempre acompanhando as tendências mundiais, buscamos entregar aos nossos clientes não só um colchão, mas sim produto que ofereça um sono reparador aliado ao bem-estar”, acrescenta o CEO.

Isso feito, é importante trabalhar para que o produto seja desejado pelo consumidor, que procura por durabilidade, garantia de qualidade e conforto. “Prezamos pela qualidade e durabilidade de nossos produtos com o maior número de molas por m2 e tecnologia suíça. Nos posicionamos muito no nosso diferencial que é a qualidade e procuramos por meio das revendas exclusiva e/ou multimarcas de maneira cada vez mais profissional no sentido de atender nossa clientela e manter ou aumentar ainda mais nossa satisfação junto aos clientes”, considera Silva.

Já a Gazin pesquisa e monitora o mercado nacional e internacional para determinar quais são os desejos e necessidades dos clientes. “Inclusive temos antecipado algumas tendências, desenvolvendo produtos de extrema qualidade, com certificação dos órgãos competentes, design diferenciado e inovações tecnológicas. Outro fator relevante é o compromisso das indústrias Gazin com prazos de entrega para os clientes, o que gera um ambiente de credibilidade e confiança”, afirma o supervisor de marketing.

Exportações de móveis devem encerrar com baixo desempenho

Exportações de móveis em 2023 diminuem e devem finalizar em queda; veja fatores e causas para o declínio

Publicado em 15 de dezembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

As exportações brasileiras de móveis fecharam o primeiro semestre de 2023 com queda. Nos primeiros seis meses de 2023, houve recuo de 16,2% em comparação ao mesmo período em 2022. Foram exportados um montante superior a US$ 349,2 milhões frente a quase US$ 417,0 milhões no primeiro semestre do ano passado. Em volume, o total acumulado de janeiro a junho de 2023 foi de pouco mais de 9,4 milhões de peças, enquanto em igual período no ano passado havia sido de mais de 11,2 milhões de peças exportadas.

Desse modo, na conclusão de 2023, a estimativa é de que haja queda de 6% em volume e 10% em valores nas exportações de móveis, de acordo com o Iemi – Inteligência de Mercado. Uma série de fatores externos colaboram para o declínio como flutuações cambiais, crescente concorrência internacional e inflação que atinge os mercados importadores do móvel brasileiro.

Inmes lança centro de usinagem

“O mercado não está andando bem lá fora, está mais ou menos parado”, aponta Marcelo Prado, diretor do Iemi. O principal importador do móvel brasileiro, os Estados Unidos, representaram US$ 110,6 milhões de janeiro a junho de 2023, contudo, número menor que os US$ 158,1 milhões no mesmo período do ano passado. “Ainda que os Estados Unidos seja bastante resilientes, são o principal mercado-alvo nosso. Temos bastante negócios com a Argentina, países sul-americanos e outros mercados na Europa, mas nenhum deles está performando bem”, assinala Prado.

O Uruguai foi o único país dos dez principais destinos do móvel brasileiro que aumentou consideravelmente a exportação em valores de 2022 para 2023 no período de janeiro a junho – o Paraguai também registrou leve aumento. Os outros países da lista, como Chile, Reino Unido, Peru, Bolívia, França, Porto Rico e Países Baixos, tiveram ligeira ou ampla diminuição em valores.

Continue lendo a reportagem na edição 333 da Móbile Fornecedores

Polo moveleiro de Bento Gonçalves tem avanço tímido em 2023

Indústrias da região enfrentaram adversidades como inflação, queda nas vendas internas e redução das exportações

Publicado em 14 de dezembro de 2023 | 12:00 |Por: Thiago Rodrigo

Assim como o Brasil e o Rio Grande do Sul, o polo moveleiro de Bento Gonçalves (RS), constituído pelos municípios de Bento, Pinto Bandeira, Monte Belo do Sul e Santa Tereza, sentiu o impacto das adversidades econômicas em 2023. Com um ano marcado por inflação, retração no varejo e no poder de compra, além da instabilidade causada pelas guerras internacionais, as indústrias da região vivenciaram diversos momentos de oscilação no faturamento e nas exportações. Ainda assim, chegam ao final de 2023 com saldo de empregos positivo e expectativa de que os próximos 12 meses tragam um novo fôlego ao setor.

De janeiro a outubro deste ano, as 300 empresas moveleiras da região passaram por oscilações de faturamento conforme períodos e demandas do mercado. O Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) consultou dados recentes e históricos disponibilizados pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) e estipula que o faturamento total de 2023 poderá ser bastante próximo ao de 2022, que foi de R$ 3,1 bilhões.

Entidade avaliam desempenho do setor moveleiro em 2023

As exportações, que vinham registrando quedas constantes, tiveram um revés neste final de ano e têm potencial de crescer cerca de 2% em comparação a 2022, atingindo a casa dos 55,59 milhões de dólares. Os principais importadores dos móveis produzidos no polo de Bento Gonçalves, em volume monetário, são Uruguai (21,8%), Estados Unidos (20,2%) e Chile (10,9%). Juntos, esses três países representam 52,9% do total exportado pelas indústrias da região.

A geração de empregos foi tímida, mas positiva. O relatório mais atual do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que, no total, as indústrias da região contam com quase 6.560 vagas de trabalho ocupadas (eram 6.530 em 2022).

Fomento às oportunidades

Criado em 1988 pelo Sindmóveis, o Prêmio Salão Design nasceu com a proposta de oferecer elementos de diferenciação à indústria moveleira nacional – aproximando empresas e designers para agregar às peças atributos como funcionalidade, estética, sustentabilidade e inovação. Em 2023, a premiação chegou à 25ª edição reforçando ainda mais sua credibilidade no setor.

Dos 575 projetos inscritos por profissionais e estudantes de sete países, 11 foram contemplados e apresentados ao público durante a feira Movelsul Brasil. O Prêmio contou com a parceria de marcas que acreditam na importância do design como diferencial competitivo: patrocínio master de Berneck e Interprint, além do patrocínio de Akeo, Blum, Dalmóbile e Zen.

Principal feira de móveis da América Latina para lojistas, varejistas e importadores, a Movelsul Brasil foi realizada em agosto, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves (RS), com expositores de mobiliários (especialmente seriados), colchões, estofados, decoração, complementos, entre outros. Visitantes de todos os estados brasileiros e de 45 outros países circularam pela feira em busca de lançamentos, conhecimento e bons negócios firmados diretamente com os fabricantes. A Movelsul Brasil 2023 teve patrocínio de Banrisul, BRDE, Sayerlack, Sebrae e Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves.

Outro projeto do Sindmóveis estrategicamente pensado para fortalecer a cadeia moveleira é o Orchestra Brasil – realizado em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Mesmo com o cenário global instável em 2023, o projeto conseguiu levar fornecedores da indústria a feiras estrangeiras, além de realizar as rodadas de negócios internacionais da Fimma Brasil (feira realizada pela Movergs) e projeto comprador. Com essas ações, o Orchestra Brasil consegue fomentar a inserção internacional de fornecedores brasileiros da indústria moveleira, contribuindo para que empresas de diferentes segmentos e regiões do país possam se tornar mais competitivas.

O que esperar para 2024

O Sindmóveis acredita que é possível um crescimento real para o polo moveleiro de Bento Gonçalves em 2024. Essa retomada traria impacto positivo para a produção e para a geração de empregos, destacando que o segmento se caracteriza pela expressiva oportunidade de empregos aos profissionais.

A reedição de programas habitacionais pelo governo federal pode fortalecer o segmento da construção civil, o que gera impacto positivo no segmento de móveis de menor valor agregado. Associado à demanda mais constante do segmento de maior renda, pode gerar condições propícias para o setor moveleiro se fortalecer.Multimóveis

Sustentabilidade e inovação da Fiama

Fiama conta tendências, inovações e sustentabilidade nos tecidos para decoração

Publicado em 14 de dezembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Com 200 funcionários e uma fábrica de 10 mil m², a Fiama é uma das principais fabricantes de tecidos para decoração do Brasil. De Campinas (SP), desde 1961 a empresa familiar fornece tecidos com base em uma produção vertical, realizando com todos os processos em sua matriz: fiação, tecelagem, tingimento de tecidos, tingimento de fios, estamparia convencional e digital, além dos acabamento especiais.

Buscando sempre oferecer soluções inovadoras em tecidos para decoração, possui mais de 5 mil produtos em linha, como: linhos, algodão, viscose, poliéster, poliéster tinto em massa, boucle, fibras mescladas e jacquares, para ambientes de áreas internas e externas.

Ganzer da Cipatex ganha quatro versões

Entre esses tecidos, o boucle é a principal tendência do momento no segmento de tecidos para decoração. De aparecer em diversos móveis estofados no Salão do Móvel de Milão há dois anos, para chegar rapidamente ao mercado moveleiro brasileiro, a Fiama fornece seis modelos, com toda a produção dentro da empresa.

Fiama

Fiama

Simone Mansano, gerente comercial

“A Fiama faz o fio do boucle internamente, diferente de outras indústrias e outros importados, a Fiama produz o próprio fio da linha dos boucles e da linha dos chenilles. Fazemos a altura que queremos, a composição que queremos, pode ser um boucle de algodão, de poliéster, de linho de viscose, de qualquer coisa porque fazemos tudo internamente. Esse é um dos principais diferenciais de ter uma indústria têxtil”, enaltece a gerente comercial.

Quanto aos tipos de fios existentes, para cada tipo de produto desejado a Fiama direciona um tipo de construção de fios. A viscose tende a ser mais fresca, o poliéster mais resistente, o algodão deixa mais macio. “Então, dependendo do tipo de produto, a gente direciona qual vai ser o tipo de fio que a gente vai usar”, explica.

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Fiama

Inmetro regulariza importação de colchões

Nova portaria do Inmetro determina o retorno do registro e da anuência de importação para colchões

Publicado em 13 de dezembro de 2023 | 12:03 |Por: Thiago Rodrigo

Foi publicada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) a Portaria Nº 579, de 5 de dezembro de 2023, que altera a classificação de risco do produto colchão para o nível III e determina o retorno da obrigatoriedade de registro e anuência de importação. O presidente do Inmetro, Márcio André Oliveira Brito, liderou a decisiva medida.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol), foi excepcional o trabalho dos especialistas do Inmetro, evidenciado na capacidade de resposta rápida e eficaz às demandas do setor colchoeiro nacional. Em uma colaboração construtiva com a Abicol, o Inmetro reavaliou as normas vigentes, elevando o risco de atividades econômicas e reinstaurando a exigência de registro e anuência de importação de colchões.

A Portaria Nº 579, de 5 de dezembro de 2023, representa uma atualização crucial nas regulamentações anteriores (Portarias nº 282, de 26 de agosto de 2020, 75, de 04 de fevereiro de 2021, e 35, de 05 de fevereiro de 2021). As mudanças incluem a reclassificação de Colchões de Molas e Colchões de Espumas para o nível de risco III, além da implementação de requisitos de registro e anuência de importação para esses itens.

Conquistas da indústria moveleira em 2023

A anuência de importação, referente à validação de produtos estrangeiros para utilização ou comercialização no Brasil, é uma medida crucial para garantir padrões de qualidade, segurança e concorrência justa. A Abicol reconhece que o retorno do registro e da anuência de importação para colchões é uma medida que protege a indústria nacional, assegurando que produtos estrangeiros atendam aos mesmos padrões rigorosos impostos aos fabricantes brasileiros.

Ao contribuir para o fortalecimento do mercado e proteger os interesses dos consumidores, a Abicol destaca o papel vital do Inmetro na preservação dos empregos e investimentos no país. Rodrigo Miguel de Melo, presidente da Abicol, expressa sua gratidão ao Inmetro pela Portaria Nº 579, de 5 de dezembro de 2023:

“A Associação Brasileira da Indústria de Colchões expressa seu sincero agradecimento ao Inmetro, representado pelo presidente Márcio André Oliveira Brito, pela publicação da Portaria Nº 579, de 5 de dezembro de 2023. O restabelecimento do registro e da anuência de importação para colchões reflete o comprometimento do Inmetro, seus diretores, especialistas e pesquisadores, em fortalecer a segurança e a conformidade nos colchões”.

“Essa medida desempenha um papel fundamental na prevenção da entrada de colchões estrangeiros não certificados e contribui significativamente para o controle das incidências de não conformidade nos colchões produzidos no Brasil. Parabéns pelo trabalho dedicado em defesa da indústria nacional e na proteção dos consumidores brasileiros”, acrescenta.

A Portaria, que entra em vigor em 02 de janeiro de 2024, reflete a dedicação do Inmetro na defesa da indústria nacional e na proteção dos consumidores brasileiros. Em um momento significativo, coincidindo com os 50 anos do Inmetro em 11 de dezembro, a medida destaca o compromisso contínuo da instituição com a excelência e a segurança nos produtos que fazem parte do cotidiano dos brasileiros.

Prazos para o cumprimento das novas regulamentações:
– Registro dos colchões: até 30 de junho de 2024 para cumprimento
– Anuência de importação: até 29 de fevereiro de 2024 para cumprimento

Setor de árvores cultivadas bate recordes em 2022

Relatório de 2022 da Ibá aponta série de recordes do setor de árvores cultivadas, incluindo R$ 260 bilhões em receita

Publicado em 13 de dezembro de 2023 | 08:00 |Por: Portal eMóbile

O novo Relatório Anual da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) foi lançado em reunião com o ministro da Fazenda. Na ocasião, Haddad recebeu o relatório 2022 do presidente da entidade, Paulo Hartung. O documento aponta que o setor de árvores cultivadas acumulou uma série de recordes, entre receita, produção, exportação e geração de bioenergia.

Com dados referentes ao ano de 2022, o documento, produzido pela primeira vez em parceria com a ESG Tech, aponta que o setor que planta árvores para fins industriais teve receita de R$ 260 bilhões, crescimento de 6,3% sobre o ano anterior.

As empresas de base florestal produziram 25 milhões de toneladas de celulose, 11 milhões de toneladas de papel, números mais altos já registrados pelo anuário da entidade, além de 8,5 milhões de m³ de painéis de madeira. Preservando seu posto como maior exportador de celulose do mundo, o Brasil bateu recorde de exportação, com 19,1 milhões de toneladas.

O setor também vendeu no mercado externo 1,5 milhão de m³ de painéis de madeira, 2,5 milhões de toneladas de papel, maiores números já registrados até hoje. As vendas geraram divisas no montante de US$ 14,3 bilhões ao País, outro recorde de acordo com a série histórica do setor.

Tais recordes se refletem na ampla carteira de investimentos do setor, no montante de R$ 61,9 bilhões até 2028. Desse total, R$ 22,2 bilhões estão sendo investidos na nova fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo (MS). Com capacidade para produção de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, a fábrica deve entrar em 2024.

Sindimol realiza encontro de integração com fornecedores

Para produzir mais de 5 mil bioprodutos, como celulose, embalagens de papel, papel higiênico, pisos laminados, móveis, entre outros, o setor já planta, colhe e replanta árvores em 9,94 milhões de hectares no Brasil, expandindo-se principalmente sobre áreas previamente degradadas ou com baixa produtividade. O eucalipto segue como a cultura mais difundida nas áreas de cultivo, abrangendo 7,6 milhões de hectares (76%), seguido pelo pinus, com 1,9 milhão de hectares (19%).

Entre os estados, Minas Gerais continua liderando em extensão de áreas plantadas, com 2,2 milhões de hectares (29%), seguido por Mato Grosso do Sul, com 1,1 milhão (15%) e São Paulo, que mantém 1 milhão de hectares de áreas de cultivo (13%).

Além disso, o setor agora conserva outros 6,73 milhões de hectares de mata nativa, uma área maior que o estado do Rio de Janeiro, aumento de cerca de 10% com relação ao ano anterior.

Em técnica de manejo sustentável chamada mosaico florestal, as áreas de preservação são integradas com os cultivos produtivos, regulando o fluxo hídrico e beneficiando a biodiversidade. Segundo o relatório, entre áreas preservadas e produtivas, o setor já estoca 4,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente, contribuindo com a mitigação da crise climática.

Aprofundando-se na rota da descarbonização, o setor já gera 86% de toda energia que consome a partir de fontes renováveis, principalmente a partir do licor preto, um subproduto da fabricação de celulose.

Essa circularidade também está presente no pós-uso dos produtos do setor. Segundo dados da Ibá e IBRE/FGV, o índice de reciclagem das aparas de papel ficou em 69,9%. Quando considerado apenas o papel para embalagem, este número é de 75,8%, colocando o setor de papel brasileiro entre os maiores recicladores globais do produto.

“Vivemos um cenário de turbulências climáticas, geopolíticas e econômicas. Uma realidade complexa que também ecoa no Brasil. Mas, além de constatar e enfrentar desafios, é preciso que enxerguemos as oportunidades de cada tempo e saibamos aproveitá-las. Nesse processo, é fundamental ter em mãos as bússolas dos bons caminhos. Este Relatório Anual da Ibá é um verdadeiro mapa de saídas, rumos, alternativas e sinalizações para a travessia socioeconômica e ambiental que se impõe ao Brasil e ao planeta”, afirma Paulo Hartung, presidente da Ibá.

O documento também aponta que o setor gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil em 2022, segundo dados RAIS & ESG Tech. Atestando sua responsabilidade socioambiental com colaboradores, comunidades e seu impacto sobre a natureza, as empresas de base florestal são certificadas por respeitados esquemas internacionais, como o FSC e PEFC, algumas há mais de 20 anos. Segundo o Relatório, as áreas certificadas do setor tiveram um considerável salto de 7,5 milhões de hectares em 2021 para 9,1 milhões de hectares em 2022.

Desafios e conquistas da indústria moveleira gaúcha em 2023

Movergs faz balanço parcial do ano e compartilha expectativas para a indústria moveleira gaúcha em 2024

Publicado em 12 de dezembro de 2023 | 12:00 |Por: Thiago Rodrigo

As indústrias de móveis do Rio Grande do Sul enfrentaram diversos desafios em 2023, necessitando entender o mercado e o cenário econômico para, dentro do possível, manterem seus negócios saudáveis. Inflação, queda no varejo e no poder de compra, além de guerras internacionais, são alguns dos fatores que impactaram o setor moveleiro gaúcho.

Com base em dados históricos disponibilizados pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) projeta que as mais de 2.400 fábricas moveleiras gaúchas gerem faturamento em torno de R$ 12 bilhões até o final de 2023.

A estimativa leva em consideração o montante já movimentado entre janeiro e outubro (R$ 11,57 bilhões) e o possível aumento das vendas após datas como Black Friday e Natal. Se confirmada, a projeção de faturamento representará um aumento nominal de 4% em relação a 2022, sendo essa porcentagem abaixo da inflação prevista pelo relatório Focus do Bacen, que é de 4,54% (IPCA).

As exportações e a geração de empregos são outros parâmetros que ajudam a esboçar um termômetro do setor. Utilizando como referência as estatísticas divulgadas pelo portal Comex Stat, do Governo Federal, além de analisar os movimentos do mercado externo, a Movergs entende que as exportações de móveis produzidos no Rio Grande do Sul poderão movimentar mais de 250 milhões de dólares até o final de 2023 – desempenho parecido com o do ano anterior. Já o saldo de empregos tende a ser positivo, totalizando quase 36.900 vagas ocupadas, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Entidade avaliam desempenho do setor moveleiro em 2023

Mesmo com o cenário muitas vezes adverso, os empresários necessitam buscar alternativas para fortalecer suas indústrias – como inovação, tecnologia, design, conhecimento e novas parcerias. Uma das estratégias foi a visitação à feira Fimma Brasil, realizada pela Movergs em agosto deste ano, em Bento Gonçalves.

Além de negócios com fornecedores de máquinas, insumos, matérias-primas, ferragens, ferramentas, software e diversos outros segmentos, empresários e gestores de fábricas de móveis encontraram parcerias e conteúdos valiosos sobre diferentes temas.

A entidade também realizou o 31º Congresso Movergs, importante evento da cadeia moveleira que aborda temas essenciais e traz reflexões necessárias aos empresários do setor. Em novembro, o Congresso contou com palestras e cases que abordaram assuntos como economia, empreendedorismo, inovação e comportamento. Centenas de participantes prestigiaram o evento, especialmente empresários, fornecedores e gestores de indústrias moveleiras.

Um dos destaques foi a palestra “Cenário Econômico e as Perspectivas para a Indústria de Móveis do RS”, apresentada pelo economista chefe do Sicredi, André Nunes de Nunes. Com apoio do Sebrae RS, o conteúdo foi compilado em um e-book gratuito disponível para download no site movergs.com.br.

Articulações da indústria moveleira gaúcha

Em abril, foi instalada a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Moveleiro – proposta pelo deputado estadual Guilherme Pasin, que define a iniciativa como um ponto de encontro entre interesses privados e públicos do estado do Rio Grande do Sul. O Ato, realizado na Assembleia Legislativa do RS, em Porto Alegre, teve participação de diversos líderes políticos e sindicais – além de empresários do segmento.

Uma parceria entre a Movergs e o Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Lagoa Vermelha (Sicom Lagoa Vermelha) trouxe uma conquista importante para o setor moveleiro gaúcho: redução de 5% no ICMS para fabricantes de MDP até o dia 31 de março de 2025.

Essa diretriz, publicada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul (decreto nº 57.162, de 31 de agosto de 2023) já valia para fabricantes de MDF, mas permitiu que o imposto passasse de 12% para 7%, beneficiando mais fornecedores e, consequentemente, indústrias produtoras de móveis.

Na retrospectiva da Movergs, destaque para a união e solidariedade do setor moveleiro, que ajudou milhares de famílias gaúchas desabrigadas pelas chuvas e enchentes em setembro. A entidade mobilizou empresários e entidades numa campanha para doação de móveis, amparando pessoas que perderam tudo ou quase tudo em cenários de destruição e tristeza.

O que esperar para 2024

A Movergs pondera que ainda é cedo para fazer projeções, mas espera que o setor moveleiro cresça em 2024. Se os programas habitacionais do governo forem efetivos, há possibilidade de movimentar a economia e gerar crescimento na demanda do segmento de móveis.

Ressalta, porém, que esse movimento não pode ser isolado, pois entende a importância de que os juros se tornem mais competitivos, a economia cresça, o desemprego caia e a renda das famílias aumente. Além disso, lembra que o possível aumento de ICMS no Rio Grande do Sul pode impactar negativamente o setor como um todo, desde as vendas no varejo até a produção das indústrias, possivelmente causando retração e demissões.Multimóveis

J. Serrano: de olho no mercado

J. Serrano se concentra em novidades em tecidos para ter um bom desempenho no mercado

Publicado em 12 de dezembro de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Há 70 anos fornecendo produtos têxteis, a Têxtil J. Serrano possui planta fabril de 100 mil m² em Vargem Grande Paulista (SP). Além de tecidos para o setor moveleiro, fabrica tapetes, colchas e pisos de PVC para decoração. Atenta às inovações tecnológicas e com métodos produtivos conscientes, é uma das mais avançadas em tecidos para decoração.

Os tecidos para revestimento de estofado e colchão são fortes na indústria moveleira brasileira há muitos anos. Tanto é que a empresa é vencedora por 18 vezes na primeira posição do Prêmio Top Móbile, na categoria Tecidos. Presente em todas as regiões do Brasil, também está em praticamente todos os continentes, com forte atuação em países da América Latina e europeus, com três locais de distribuição própria: Ameritex Home, nos Estados Unidos, Sur de Chile Textiles e a J Serrano Colômbia. Isso ficou evidente na última Fimma Brasil, no qual a empresa recebeu bastante clientes da América Latina no evento.

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Neste ano, como a maior parte do mercado, a empresa teve que se reinventar porque o planejamento era de que os resultados fossem um pouco maior. “Sentimos na empresa um pouco do impacto da economia e o efeito nas vendas, isso acompanhou o segmento como um todo, não teve todo esse crescimento que estava se esperando”, assinala Henrique Sampaio, diretor de marketing e planejamento estratégico da J. Serrano.

J. Serrano

J. Serrano

Henrique Sampaio, diretor de marketing e planejamento estratégico

Um grande cliente de exportação, que é a Argentina, por questões políticas e comerciais deles, complicaram as importações de produtos têxteis da J. Serrano. “Eles têm hoje uma dificuldade muito grande de comprar, não conseguem pagar de imediato, tem que ter uma autorização do governo para poder agendar o pagamento e isso é muito complicado para gerenciar dentro da empresa. Muitas vezes temos de vender sem receber para receber lá na frente, tem que ter a confiança nos clientes, etc.”, conta Sampaio.

No mercado nacional, Sampaio compartilha sobre o desaquecimento rápido no início do ano. Depois do primeiro quadrimestre, a situação voltou a “acelerar”, mas depois não teve retorno ao planejamento esperado pela companhia. Com lançamentos de tecidos a empresa espera ter um aquecimento neste fim de ano, com clientes buscando alavancar o negócio a partir de novidade criadas.

Continue lendo a reportagem na edição 333 da Móbile FornecedoresJ. Serrano

Tudo sobre a presença de formaldeído nos painéis de madeira

Níveis de formaldeído em painéis de madeira têm um impacto direto na saúde, no meio ambiente e na competitividade da indústria moveleira

Publicado em 11 de dezembro de 2023 | 14:00 |Por: Thiago Rodrigo

As regras para os níveis de formaldeído nos painéis de madeira têm um impacto direto na saúde, no meio ambiente e na competitividade da indústria moveleira. Desse modo, a conformidade com normas rigorosas pode ser um diferencial competitivo para as empresas, permitindo-lhes exportar produtos de alta qualidade que atendem às expectativas dos consumidores e às regulamentações internacionais. Com sua natureza interativa e imersiva, o Crazy Time Live traz a emoção de um cassino real diretamente para as telas dos jogadores. A tecnologia de transmissão ao vivo de alta qualidade do jogo garante que os jogadores possam desfrutar de uma experiência de jogo autêntica e perfeita no conforto de suas casas ou em qualquer lugar.

“A regulamentação das emissões de formaldeído tem um impacto bastante diversificado na indústria brasileira de painéis de madeira. Ela promove a qualidade do produto, a competitividade global, a inovação, a sustentabilidade e a conformidade com regulamentações internacionais. Essa conformidade é fundamental para atender às expectativas dos consumidores por produtos mais seguros e de melhor qualidade e para manter a competitividade da indústria no mercado global”, assinala a Luciana Barreto Adad, analista de desenvolvimento tecnológico do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

Os próximos três anos representarão um período de adaptação e transformação para o setor moveleiro à medida que buscar se adequar aos novos regulamentos de emissões de formaldeído, como o estipulado pela Comissão Europeia – leia tudo a respeito em reportagem na edição 333 da Móbile Fornecedores.

“São várias as proposições onde se destaca a seleção de fornecedores de materiais dentro da conformidade, investimento em educação e treinamento de pessoal, pesquisa de materiais alternativos, intensificação dos processos de controle de qualidade e testes, inovação e design sustentável tanto do produto acabado quanto do processo produtivo, conscientização do consumidor como diferencial competitivo e investimento em sustentabilidade. A educação, a colaboração com fornecedores e o foco na qualidade e na responsabilidade ambiental são chaves para o sucesso nesse processo de adaptação”, opina Luciana.

Painéis de madeira com ureia e melamina

Os painéis de madeira são fabricados com duas resinas, a ureia-formaldeído e a melamina-formaldeído, cujo a principal diferença entre elas está na composição química dessas resinas. Ambas são resinas termofixas, o que significa que, após a cura, não são mais solúveis em solventes.

Na ureia-formaldeído, a ureia é o composto que se combina com o formaldeído para formar a resina. Na melamina-formaldeído, é a melamina que se combina com o formaldeído para criar a resina. “Essa diferença na composição química influencia as propriedades das resinas e, consequentemente, as características dos produtos. A resina melamina-formaldeído tende a oferecer um produto com desempenho mecânico superior em comparação com a ureia-formaldeído. Isso inclui maior resistência à umidade, dureza e estabilidade dimensional”, afirma Luciana do Tecpar.

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A resina melamina-formaldeído é frequentemente preferida em aplicações em que as propriedades mecânicas são críticas, como superfícies de móveis e revestimentos. “A melamina-formaldeído é mais resistente a uma variedade de agentes químicos, como solventes e ácidos, em comparação com a ureia-formaldeído. Isso a torna uma escolha adequada para aplicações em ambientes mais adversos ou quando a resistência a produtos químicos é importante”, conta.

O custo entre elas também difere, sendo a resina melamínica mais cara que a uréica. Assim, a resina ureia-formaldeído é amplamente usada em aplicações em que o desempenho superior da melamina-formaldeído não é uma exigência crítica. Quando falamos de emissões de formaldeído, ambas as resinas ureia-formaldeído e melamina-formaldeído podem emitir formaldeído, no entanto, a melamina-formaldeído tende a emitir menos formaldeído do que a ureia-formaldeído.

Tecpar

Tecpar

Luciana Adad

“Em resumo, a principal diferença entre a ureia-formaldeído e a melamina-formaldeído está na composição química, no desempenho mecânico, na resistência a agentes químicos, no custo e nas emissões de formaldeído. A escolha entre essas resinas depende das especificações do produto e das necessidades da aplicação, com considerações de desempenho, custo e impacto ambiental desempenhando um papel importante na decisão”, aponta a química, mestre em engenharia e ciência dos materiais.

Formaldeído nos painéis de madeira

Produzir painéis de madeira completamente livres de formaldeído é um desafio significativo devido às características químicas e estruturais das resinas utilizadas na aglutinação desses painéis e as características que conferem ao produto acabado, o painel propriamente dito. “Embora seja difícil eliminar completamente o formaldeído dos painéis de madeira, tem havido desenvolvimentos para reduzir significativamente as emissões desse composto”, afirma Luciana, do Tecpar.

Resinas de baixa emissão foram desenvolvidas para conter menos formaldeído ou utilizá-lo de forma mais eficiente, resultando em emissões mais baixas. Além disso, tecnologias avançadas de fabricação, como o uso de temperaturas e pressões controladas, ajudam a minimizar a liberação de formaldeído durante o processo de produção. “Portanto, embora não seja realista alcançar painéis de madeira completamente livres de formaldeído, a indústria está se esforçando para minimizar as emissões a níveis tão baixos quanto possível por meio de resinas de baixa emissão, tecnologias de produção avançadas e práticas sustentáveis”, declara.

Carlos Mariotti, gerente de política industrial do Ibá, observa que há uma tendência de diminuição na emissão de formaldeído nos painéis de madeira. Como fórum de discussão, o Programa Setorial da Qualidade de Painéis de Partículas de Madeira (MDP) e Painéis de Fibras de Madeira (MDF) vem contribuindo neste sentido, a fim de que o desempenho dos produtos, o fornecimento de insumos, ajustes de no processo de fabricação de painéis e de móveis, além de seus respectivos mercados, não sejam “bruscamente” afetados. “Assim, neste sentido, vem sendo possível caminhar a partir de um compromisso setorial de avanço, de forma gradual e atendendo às necessidades dos consumidores e as exigências colocadas para exportação dos produtos”, considera.


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