Blum se apresenta como sustentável por convicção

Fabricante de ferragens Blum mostrou seu novo compromisso sustentável na Interzum 2023

Publicado em 6 de junho de 2023 | 16:30 |Por: Thiago Rodrigo

Em uma área separada de seu estande na Interzum 2023 e no “Boulevard of Sustainability” da feira em Colônia, a Blum mostrou sua nova orientação de valores da empresa familiar e compromisso com a gestão sustentável. O foco durante o evento esteve no desafio de analisar com precisão o ciclo de vida de todo o móvel e derivar e implementar medidas a partir daí.

Preservar a base natural da vida para as gerações futuras. É assim que a Blum formula uma importante preocupação corporativa em sua orientação fundamental. Deste modo, no dia a dia, a empresa familiar está voltada de forma determinante para os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pelas Nações Unidas (leia sobre os objetivos na Fornecedores 328).

Para esclarecer e reforçar esses esforços, a especialista austríaca em ferragens mostrou aos visitantes na Interzum de 2023 exemplos concretos de ação sustentável. Medidas nas áreas de uso de energia e recursos, transporte e mobilidade, bem como sustentabilidade do produto, entre outras coisas, puderam ser vistas.

Móveis são sustentáveis?

A perspectiva da empresa está não apenas em seus próprios produtos, mas de forma holística em todo o ciclo de vida do mobiliário – desde a geração das matérias-primas, passando por todas as etapas de processamento e fabricação, até a utilização e, finalmente, o descarte.

Isso dá origem a questões como: em que pontos desse ciclo de vida surgem a maioria dos CO2 equivalentes? Onde está o maior potencial de economia para proteger o meio ambiente? Que fatores podem influenciar diretamente a Blum e os clientes da empresa? Como o uso de materiais com redução de CO2 ou o armazenamento correto dos gêneros alimentícios e a prevenção do seu desperdício foram outras questões debatidas.

Pela primeira vez, a Blum apresentou aos visitantes da feira um folheto de sustentabilidade, que ilustra a atitude e as medidas tomadas pela fabricante de ferragens no ano fiscal passado. O folheto abrangente de 80 páginas é baseado nas diretrizes da Global Reporting Initiative, tornando transparentes, facilmente compreensíveis e comparáveis os indicadores operacionais, ecológicos e sociais definidos. Ele está disponível em online em www.blum.com/sustainability.

ESG na indústria moveleira

Governança ambiental, social e corporativa, o ESG na indústria moveleira

Publicado em 6 de junho de 2023 | 11:49 |Por: Thiago Rodrigo

Não é de hoje que três letras entraram de vez no mundo empresarial. ESG, sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa (environmental, social, and corporate governance), fala da responsabilidade que as empresas têm de gerar impacto positivo nessas três áreas. Surgido em 2004, o termo foi cunhado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que as empresas possam considerar questões ambientais, sociais e de governança em seu planejamento estratégico, indo além das métricas econômico-financeiras.

Muitas empresas atuam conforme as práticas de ESG desde o início da década passada, porém o tema ganhou maior força nos últimos anos, principalmente em meio à pandemia, devido ao mercado financeiro e sua preocupação com a sustentabilidade. Assim, questões ambientais, sociais e de governança passaram a ser consideradas essenciais nas análises de riscos e nas decisões de investimentos, colocando forte pressão sobre o setor empresarial.

Entretanto, ESG não é apenas algo para parecer melhor para os investidores. Segundo o Pacto Global, iniciativa da ONU para as empresas alinharem suas estratégias e operações aos Dez Princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade, atuar de acordo com padrões ESG amplia a competitividade do setor empresarial, seja no mercado interno ou externo. Com as empresas sendo acompanhadas de perto pelos seus diversos stakeholders, ESG é a indicação de solidez, custos mais baixos, melhor reputação e maior resiliência em meio às incertezas e vulnerabilidades.

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Ou seja, ESG é algo que natureza, sociedade e seu próprio negócio demandam. Assim sendo, entender o que é ESG e as adaptações necessárias para estar em conformidade com essa exigência, é preciso. Não para atender uma lei governamental ou regras do mercado, mas para criar vantagens ao próprio negócio em prol da competitividade empresarial, além de benefícios para a sociedade e o meio ambiente. O ESG é considerado como algo que está acima de todas as boas práticas de gestão empresarial.

As ações de ESG têm chamado a atenção das instituições, não só por uma questão de diferencial competitivo e por trazer melhoria de desempenho, mas também para dar um retorno positivo para a sociedade e para seu público-alvo. “Isso porque, uma vez que os preceitos ambientais, sociais e de governança são bem atendidos e estão em harmonia com melhoria contínua, os resultados das instituições serão melhores. Não só para elas, mas também para a sociedade que depende de seus produtos, que aguardam seus produtos e pelo aprimoramento de seu sistema de gestão”, aponta Jorge Callado, diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).

Os critérios de ESG são, cada vez mais, estratégicos para as empresas. Como mencionado, eles são levados em consideração pelos investidores nas bolsas de valores e deverão nortear as decisões de compra de ações daqui para frente. Nesse sentido, em setembro de 2020, a B3 e a S&P Dow Jones lançou o S&P/B3 Brasil ESG (SPBRESBP), índice que lista as empresas com boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa.

“O tema ganhou tração no mundo todo durante a pandemia e entrou de vez no radar dos investidores. Isso levou as empresas a se preocuparem com a revisão dos seus planos e práticas. A cobrança veio pelo consumidor, pelo investidor e as empresas passaram a buscar respostas para perguntas relacionadas as questões ambientais, sociais e de governança corporativa”, diz Mauricio Longhini Barbeiro, professor de Finanças Sustentáveis no ISAE Escola de Negócios.

Arquivo Pessoal

“Nos últimos anos o ESG ganhou destaque no Brasil, muitas empresas passaram a ser cobradas por suas ações e seu impacto na sociedade”, destaca Barbeiro

Nova filosofia ESG

Entre os três fatores da filosofia empresarial, o professor indica que a governança vem primeiro. Para ele, se uma empresa tem boa qualidade nas suas operações, sólidos relatórios, transparência, auditorias confiáveis e rígidos controles, é quase certeza que ela terá também a mesma seriedade e preocupação com as questões sociais e ambientais referentes ao negócio.

“O Brasil tem casos emblemáticos de má governança, que levaram empresas até então confiáveis a perder credibilidade e valor de mercado. Os que querem reforçar esse alicerce podem capacitar seus executivos e contar com apoio de consultorias reconhecidas, que mostrarão o caminho para o aprimoramento das boas práticas de governança”, afirma.

Com os consumidores, clientes e investidores cada dia mais de olho em fatores sustentáveis, o ESG é a diretriz que faz ter a disciplina necessária para fazer determinadas práticas virarem um hábito. “ESG também é uma disciplina. Quando os investidores têm o bom hábito de olhar as questões ambientais, sociais e as práticas de governança antes de selecionar uma empresa, temos um progresso material na prática da sustentabilidade. Quando os clientes vão mais a fundo e olham as práticas da empresa, o que está por trás daquela marca, eles têm mais elementos para decidir entre um ou outro produto”, considera Barbeiro.

Sustentabilidade na exportação de móveis

Existem negócios ESG que são controversos, com pouca adicionalidade ambiental e social. É possível, por exemplo, encontrar um negócio que seja visto como sustentável, mas que não tenha impacto ambiental ou social positivo claro e mensurável. As empresas podem ter planos de ação, que podem ser para vários anos, começando pelos riscos mais críticos a serem mitigados e pelos pontos mais positivos que podem ser potencializados.

“As empresas não precisam ter todas as respostas, mas precisam estar prontas para ouvir perguntas. E elas virão. Os clientes e investidores estão cada vez alertas para práticas ESG. Do outro lado, empresas estão se ajustando e se organizando, em resposta a uma sociedade mais transparente, consciente e participativa”, avalia Barbeiro.

Fatores
O ESG reflete como uma empresa entende os impactos positivos do seu negócio para potencializá-los e os negativos, para minimizá-los, considerando os três fatores:
– Fatores ambientais: uso de recursos naturais, controle da emissão de gases de efeito estufa (CO2, gás metano), eficiência energética, níveis de poluição, gestão de resíduos e efluentes, preservação da biodiversidade, entre outros.
– Fatores sociais: políticas e relações de trabalho, inclusão e diversidade, engajamento e saúde dos funcionários, treinamento da força de trabalho, direitos humanos, relações com comunidades, segurança de dados, entre outros.
– Fatores de governança: independência do conselho administrativo, política de remuneração da alta administração, diversidade na composição do conselho, estrutura dos comitês de auditoria e fiscal, ética e transparência, entre outros.

Cultura ESG

O documento “Who Cares Wins”, criado pelo Pacto Global da ONU em conjunto com o Banco Mundial provocou as 50 principais instituições financeiras do mundo a refletirem sobre formas de integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais, originando o conceito ESG, em 2004. A instrução da publicação era clara e direta: minimize os impactos negativos e potencialize os positivos. Agindo assim, tem-se um olhar mais humano, prático e alinhado com as demandas da sociedade e das novas gerações.

Dessa forma, a implantação da cultura ESG é um processo importante para o diferencial competitivo das empresas. “A partir do momento que se implanta boas práticas ambientais e econômicas, se reduz danos no patrimônio natural, como água, solo e biodiversidade, de uma maneira que se possa ter uma economia mais circular, mais sustentável e mais inclusiva”, aponta Callado, do Tecpar.

Fica claro que o ESG colabora para as empresas gerarem menos danos ao meio ambiente, mais frutos à sociedade e terem uma governança exemplar aos clientes. Na parte ambiental, o diretor do instituto aponta que o ESG ajuda a estar alinhado a um processo de economia circular, em que é feita uma melhor seleção de matérias-primas, melhores índices de reciclagem, melhores tratamentos de efluentes, com foco em reduzir os danos ao meio ambiente.

Para ter a cultura de governança ambiental, social e corporativa no negócio, implantar diretrizes ESG não deve ser pensado como custo, mas sim como investimento, sabendo que o custo-benefício será alcançado. “O ESG deve ser pensado como um investimento porque são recursos que serão empregados para melhoria de processos, para melhoria de ações, tendo um impacto muito forte na gestão da instituição. Com as boas práticas de ESG pode-se ter uma ação bastante proativa que pode prever e colocar em prática a redução de custos”, diz Callado.

ESG na indústria moveleira

O ESG é uma cultura, uma filosofia que deve estar em toda empresa e em todas as áreas, devendo ser transversal para ser uma realidade sistêmica

Como resultado, o momento de custo-benefício acaba sendo desenhado e apresentado de acordo com a implementação. O diretor da Tecpar aponta que não é um custo-benefício de forma imediata porque depende de vários fatores, principalmente a questão cultural para que o conceito do ESG esteja contemplado na missão e nos objetivos da instituição. Entretanto, é algo que terá resultado em todas as esferas da empresa.

Há obstáculos para uma maior implementação do ESG nas empresas brasileiras, mas a maior delas é a questão cultural das instituições, que muitas vezes enxergam esta oportunidade como “uma obrigação a mais a ser cumprida”. “Por essa razão, é importante o comprometimento e o envolvimento da alta cúpula da instituição, dos gestores e das áreas estratégicas, para que esse processo ocorra não só de uma forma vertical, mas de uma forma transversal e sistêmica em toda a instituição. De uma forma perene, contínua e sempre sendo aprimorada”, destaca Jorge Callado.

“As práticas ambientais corretas e adequadas, utilizando tecnologias adequadas e contemporâneas, auxiliam muito na redução de passivos ambientais”, destaca Callado

Evolução no Brasil

As novas gerações de consumidores (Y, Z, Alpha) revelam interesses por questões sustentáveis. Nas gerações Y e Z, 78% e 84%, respectivamente, declararam optar por este tipo de investimento. No estudo publicado pelo Pacto Global e Stilingue, chamado “A evolução do ESG no Brasil”, Marta Pinheiro, diretora de ESG da XP Investimentos, afirmou que os investimentos com foco em critérios ESG ultrapassam R$ 31 trilhões no mundo, representando praticamente 36% de todos os ativos.

O estudo, que contou com uma pesquisa com mais de 308 participantes, aponta que 84% dos representantes do setor empresarial afirmaram que o interesse por entender mais sobre a agenda e os critérios ESG aumentaram em 2020. O relatório teve a maior parte dos respondentes dizendo serem estimulados com alta frequência a repensar e criar soluções que impactem positivamente nos três critérios ESG: 51% dos respondentes sempre são incentivados a considerar práticas com impactos sociais mais positivos; 50% para impactos ambientais mais positivos e 48% para impactos de governança mais positivos.

greenwashing na indústria moveleira

Green wash: A man’s hand holds a blank sheet of paper with the silhouette of a factory cut out. Green grass background.
Not everything “green” is ecological

Segundo o estudo, em 2019 pouco se falava sobre o ESG, com as discussões sobre o termo sendo de cunho informativo pela imprensa tradicional e abordando ao comportamento de empresas estrangeiras. No Brasil, a parte ambiental da filosofia começou a aparecer mais por conta da questão do desmatamento e queimadas na Amazônia no embate do atual governo federal com órgãos internacionais. Em seguida, a agenda social teve mais referências na internet e, por fim, a governança, abordando os casos de corrupção nas empresas Vale e Petrobras, mas com volume dez vezes menor do que os de interesse ambiental.

Greenwashing
O termo greenwashing pode ser traduzido como a prática de camuflar, mentir ou omitir informações sobre os reais impactos de uma empresa no meio ambiente, ou seja, “pintar de verde” algo que não poderia ser considerado sustentável. Trata-se de um problema alarmante, capaz de ofuscar o que é genuinamente importante quando o assunto é ESG. Para o consumidor comum é muito difícil saber se uma empresa realmente tem atitudes sustentáveis ou está praticando greenwashing. “Muitas propagandas nos fazem acreditar nas suas práticas ESG, e garantir que tudo seja verdade é realmente difícil”, aponta Mauricio Longhini Barbeiro, professor de Finanças Sustentáveis no ISAE Escola de Negócios. Segundo o especialista, um bom exemplo são os fundos de investimentos que se posicionam como “de gênero”, mas que apenas calculam o número de mulheres nos conselhos e nada mais. O docente do ISAE destaca ainda que um fundo de investimentos de gênero não se trata apenas de gênero, mas de acesso à educação, recursos financeiros e assistência de saúde. “É sobre transformar para melhor a vida das pessoas enquanto elas forem funcionários das empresas que compõem esse fundo”, aponta. “O custo do greenwashing é alto, seja por perda de reputação ou perdas financeiras. É necessário pesquisar e na era da informação é mais fácil escolher o quê e de quem comprar”, define Barbeiro.Os respondentes da pesquisa também mostraram quais iniciativas já foram praticadas por suas respectivas empresas. Em meio ambiente, foram reciclagem e reaproveitamento de resíduos (27%), redução das emissões de gases de efeito estufa (20%) e uso, tratamento e reaproveitamento de água (19%). Os dois itens que receberam menos votos foram plantio de árvores (10%) e proteção e cuidado com o solo (8%).

Do ponto de vista social, políticas de equidade de gênero estiveram entre as três atividades mais identificadas nas empresas, junto a apoio emergencial à Covid-19 e apoio às comunidades do entorno. Por outro lado, políticas de equidade racial e equidade LGBTQIA+ foram menos significativas, e estiveram entre as menos mencionadas pelos respondentes, tendo 15% e 10% dos votos, respectivamente. A única iniciativa a não ser citada por nenhum dos 308 participantes foi apoio a grupos vulneráveis, como refugiados.

Por fim, para garantir integridade das empresas e repensar métodos de governança mais positivos, a atuação das empresas têm incluído criação de mecanismos internos de compliance (41%) e de comitês (35%). Enquanto a participação em movimentos contra corrupção foi lembrada por 22% dos participantes.

Na percepção dos consumidores, uma pesquisa conduzida pela KPMG apontou que, para os brasileiros, os aspectos ESG são ainda mais relevantes do que em outros países. A pesquisa “Respondendo às tendências do consumidor na nova realidade” (Responding to consumer trends in the new reality, em inglês), mostrou a partir de dados apurados com mais de 75 mil consumidores, que 25% dos consumidores afirmam que ao menos um fator de ESG é importante.

“A relevância dos fatores ESG varia entre os mercados. No âmbito global, um em cada quatro consumidores considera que pelo menos um fator relacionado com ESG é importante na sua decisão de compra. Além disso, os consumidores afirmam que os fatores de ESG se tornaram mais importantes desde a pandemia, mas ainda carregam preocupações concretas em relação a valor e segurança”, afirma Fernando Gambôa, sócio-líder de Consumo e Varejo da KPMG no Brasil e na América do Sul.

Ainda assim, a mesma pesquisa indica que ainda há um longo caminho para os consumidores efetivamente adotarem os fatores ESG em seu consumo. Quando perguntados em relação à importância do fator ESG na compra, 16% consideram importante a forma como a marca lida com questões de sustentabilidade ambiental, com a mesma porcentagem que se importa com a consciência ambiental que a marca demonstra. “É um número que vem crescendo, mas ainda distante do custo-benefício, indicado por 63% dos consumidores, como importante na decisão de compra”, assinala Gambôa.

Dia Mundial do Meio Ambiente: conheça as propostas da CNI

CNI propõe transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal

Publicado em 5 de junho de 2023 | 09:37 |Por: Thiago Rodrigo

A crise climática avança sobre o planeta e pede ações urgentes e concretas. Na COP27 – realizada em novembro de 2022, no Egito – especialistas reiteraram que as mudanças climáticas em curso estão intrinsecamente associadas às atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento. Essas alterações no clima da Terra prejudicam o equilíbrio da natureza, podendo causar tempestades mais frequentes e severas, enchentes e graves e prolongadas secas. Um assunto a ser discutido no Dia Mundial do Meio Ambiente.

Nesse cenário alarmante, o Brasil se apresenta como potencial protagonista nos esforços globais rumo a uma economia de baixo carbono – ainda que diante de obstáculos como o desmatamento ilegal. O país larga na frente por ter uma matriz energética bastante limpa e mais da metade de seu território coberto por florestas.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) é aliada nos esforços para concretização desse papel de destaque global e aproveita o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) para apresentar a Missão Descarbonização. A proposta, que integra as estratégias do Plano de Retomada da Indústria, examina e sugere ações voltadas ao desenvolvimento de energias limpas e à descarbonização dos processos industriais, com instrumentos financeiros que estimulem esse processo, a exemplo da criação de um mercado regulado de carbono.

Missão Descarbonização

A Missão Descarbonização da CNI leva em conta a redução das emissões de carbono em um contexto de aumento da qualidade de vida da população e da renda per capita. A iniciativa se sustenta em quatro pilares: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal. Para o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Davi Bomtempo, esses pilares englobam os pontos fundamentais no desenvolvimento de uma produção sustentável.

Quatro missões para política industrial

“A ideia é aproveitar as vantagens e a potencialidade do país para desenvolver e incentivar a adoção de fontes alternativas de energia limpa, o estabelecimento de um mercado regulado de carbono, a circularidade e a eficiência no uso de recursos naturais, a fim de gerar modelos de negócios menos dependentes de matéria-prima virgem, e o fomento a cadeias produtivas a partir do uso sustentável da biodiversidade e das florestas”, explica o dirigente da CNI.

Quatro pilares da CNI no Dia Mundial do Meio Ambiente

Transição energética – A proposta de transição energética visa aproveitar as vantagens comparativas do Brasil em relação às energias renováveis. Ao incentivar o uso dessa fonte de energia limpa, o Brasil pode atrair novos modelos de negócio e posicionar, de forma mais competitiva, os produtos nacionais na cadeia global de valor.

Um exemplo é o Programa Aliança, que tem uma chamada pública permanente para atender até 24 plantas industriais que fazem uso intensivo de energia em seus processos de produção. A iniciativa visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 40 mil toneladas e diminuir os custos operacionais em R$ 90 milhões ao ano. O programa é uma iniciativa da CNI, Eletrobras, por meio do Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel), e da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).

Mercado de carbono – A ideia é seguir o caminho internacional e aproveitar o mercado regulado de carbono para reduzir as emissões. Diversos países estão avançando em seus sistemas. Para o Brasil, a CNI defende a regulação, por meio da implementação de um Sistema de Comércio de Emissões (SCE) na modalidade “Cap and Trade”. Nele, são definidos tetos para emissões dos setores regulados, que possibilitam a compra e venda de permissões de emissões de gases de efeito estufa, de acordo com alocações definidas pelo governo.

O volume de transações desses sistemas de precificação de carbono já movimenta bilhões. De acordo com relatório divulgado pelo Banco Mundial em maio (“State and Trends of Carbon Pricing”), as receitas mundiais provenientes da precificação do carbono atingiram um recorde de cerca de US$ 95 bilhões no ano passado.

Economia circular – As práticas propostas pela economia circular envolvem a otimização das cadeias produtivas por meio da reciclagem, remanufatura, reutilização, compartilhamento, manutenção e redesenho dos produtos, e se apresentam como oportunidades para o desenvolvimento de novos modelos de negócios, na busca pela redução de riscos e de emissões.

Ao contrário de países que já avançaram no desenvolvimento de estratégias nacionais de economia circular, o Brasil ainda não estruturou essa agenda. A incorporação de princípios da economia circular nas políticas públicas é muito incipiente, o tema está presente de maneira difusa em várias legislações, planos, programas e projetos. O país também carece de uma base de dados governamental integrada, que facilite a sua análise e a obtenção de informações necessárias para subsidiar o gestor público e demais setores da sociedade nas decisões relacionadas ao uso estratégico desses recursos.

As propostas da CNI para esse pilar propõem a elaboração de uma política nacional, com organização de uma base de dados que contemple todo o país e que mapeie as melhores práticas, simplifique e desburocratize a logística reversa e incorpore critérios de sustentabilidade nas compras públicas.

Conservação florestal e bioeconomia – A quarta proposta tem como objetivo o uso sustentável dos recursos da biodiversidade e florestas a partir da manutenção da floresta em pé. Para tanto, propõe o fortalecimento do manejo florestal, a ampliação das áreas de florestas públicas sob concessão e o uso sustentável da biodiversidade por meio do desenvolvimento e avanço da agenda de bioeconomia do país, além da melhoria e maior coordenação nas ações de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal.

Vale lembrar que o Brasil possui 58% de seu território coberto por florestas e é detentor de 20% da biodiversidade do planeta, figurando em primeiro lugar entre os 17 países classificados como ‘megadiversos’ – grupo de países que abrigam a maioria das espécies da Terra. Conservar as florestas passa por evitar o desmatamento e, consequentemente, reduzir as emissões e aumentar o armazenamento de carbono.

Gabster leva a Experiência 5D na Fimma e Movelsul

Abordagem que promete mudar a forma de fazer negócios no segmento de arquitetura, construção e reforma será apresentada nas feiras

Publicado em 2 de junho de 2023 | 15:38 |Por: Thiago Rodrigo

Quem estiver se preparando para visitar a Fimma Brasil e Movelsul 2023, maior Encontro de Negócios da cadeia moveleira nacional que acontecerá de 28 a 31 de agosto em Bento Gonçalves (RS), terá a oportunidade de conhecer de perto uma inovação na metodologia de desenvolvimento de projetos de arquitetura, construção e reforma.

Trata-se da Experiência 5D, uma abordagem que propõe uma forma diferente de engajamento dos clientes a partir do uso de seus sentidos, com o objetivo de criar uma conexão emocional com o usuário, fazendo-o sentir-se envolvido na experiência.

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Quem promete surpreender com a novidade é a Gabster, plataforma de tecnologia que vem evoluindo a forma como arquitetos e profissionais de design se comunicam com lojas, fabricantes e marcas através da materialização de criações em 3D a partir do SketchUp.

De acordo com Cleandro Nilson, CEO da construtech, o objetivo é demonstrar aos visitantes na prática como a tecnologia muda a forma de fazer negócios, tornando o processo de desenvolvimento, aprovação e venda de projetos muito mais rápido e eficiente.

“O foco da Gabster está em reduzir problemas e demonstrar como uma loja ou arquiteto podem ter uma solução rápida para seus projetos e o melhor momento para demonstrarmos como fazer isso é durante a Fimma e Movelsul”, afirma o executivo.Gabster

Experiência 5D

O conceito de Experiência 5D aplicado no segmento da construção e reforma se propõe a ir além do método convencional de desenvolvimento de projetos, venda e produção de ambientes, permitindo que o usuário seja transportado para um mundo virtual, com todas as informações que materializarão a sua obra, considerando formas, texturas, cores, luz, escala, tempo e custo de execução.

Cleandro justifica a importância dessa mudança de mindset ao destacar que 80% dos problemas de uma obra podem ser eliminados já no início, quando se concebe um projeto arquitetônico levando em conta todo o contexto em que ele será aplicado.

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“Um projeto de mobiliário não é uma ilha e precisa ser visto dentro de um ambiente real para que o arquiteto dê uma resposta mais completa à necessidade do seu cliente, podendo trocar informações com fornecedores, vender e enviar dados para a fábrica de forma ágil”, explica.

Na experiência que será apresentada no estande da Gabster, os visitantes poderão acompanhar como será a “loja do futuro”, com tecnologias integradas no ecossistema que permitem que um projeto em 3D seja elaborado, visualizado, apresentado e orçado, contemplando tudo o que está previsto no ambiente desde mobiliário a revestimentos e eletrodomésticos. “Vamos mostrar como um ponto de vendas pode dobrar a lucratividade com o mesmo número de vendedores”, promete Cleandro.

Fimma e Movelsul

A Fimma Brasil e Movelsul 2023 são promovidas pela Movergs, Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul e Sindmóveis, Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves e tem foco no fortalecimento comercial dos expositores.

Com uma visitação qualificada de tomadores de decisão das indústrias moveleiras, arquitetos, especificadores, designers, marceneiros e compradores internacionais, o evento tem a expectativa de receber mais de 30 mil visitantes em 58 mil m² de exposição.

Produção de móveis tem leve aumento em abril

Produção de móveis cresce apenas 0,3% em abril em relação ao mês imediatamente anterior, com acumulado do ano de 2,4%

Publicado em 2 de junho de 2023 | 11:38 |Por: Thiago Rodrigo

A produção de móveis em março de 2023, registrou leve aumento de 0,3% comparado ao mês anterior. Na comparação com igual período, abril de 2022, houve queda de 2,6%, após o aumento de 4,2% em março.
No acumulado do ano, a produção de móveis registra 2,4%. Enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, por outro lado, registra queda de 7,4% na produção de móveis, contudo com diminuição frente aos 8%, 10,4% e 12,8% anteriores.

Produção industrial

A produção industrial brasileira recuou 0,6% na passagem de março para abril. A perda de ritmo acontece após o avanço de 1% verificado no mês anterior, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda. Em relação a abril de 2022, a indústria teve retração de 2,7% na sua produção. No ano, acumula queda de 1,0% e, em 12 meses, variação negativa de 0,2%.
Com esses resultados, a indústria ainda se encontra 2% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,5% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.
“Diferentemente dos últimos três meses do ano passado, quando tivemos um saldo positivo acumulado de 1,5%, no início de 2023 há uma maior presença de resultados negativos. Em abril, observamos uma maior disseminação de quedas na produção industrial, alcançando 16 dos 25 ramos industriais investigados. Esse maior espalhamento de resultados negativos não era visto desde outubro de 2022”, analisa o gerente da PIM, André Macedo.
CNI propõe missões para política industrial
O setor de máquinas e equipamentos (-9,9%), por sua vez, eliminou o crescimento de 6,7% observado em março. Neste mês, houve queda disseminada nos seus principais grupamentos. Já no caso de veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,6%), depois de apresentar variação nula nos meses de fevereiro e março, houve uma nova redução da atividade. “Automóveis e caminhões, que são os itens de maior peso na atividade, tiveram queda na produção”, afirma André Macedo.
Ele lembra que esse segmento é um exemplo dos efeitos da manutenção de taxa de juros em patamares mais elevados, por conta do encarecimento e da maior dificuldade na concessão do crédito. Taxas de inadimplência elevadas e o maior endividamento das famílias também afetam o setor e o total da indústria. Para além desses fatores, ele cita que permanece “a dificuldade na obtenção de componentes eletrônicos para o setor e, por conta disso, observa-se uma maior frequência de paralisações, reduções de jornadas de trabalho e férias coletivas.”

CNI propõe quatro missões para política industrial

CNI propõe quatro missões de política industrial para retomar crescimento do Brasil com ações para descarbonização da economia, saúde e segurança sanitária, transformação digital e defesa e segurança nacional

Publicado em 1 de junho de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o desenvolvimento econômico e social do país depende da superação dos antigos obstáculos associados ao Custo Brasil e pela atenção a temas contemporâneos, como a digitalização e a sustentabilidade. A solução para esses desafios passa pela adoção de uma política industrial com objetivos claros e com foco em quatro missões propostos pela entidade: descarbonização da economia, transformação digital, saúde e segurança sanitária e defesa e segurança nacional.

“A ausência de uma política industrial clara, com objetivos e benefícios que transbordam a indústria, é uma das razões de o Brasil ter perdido relevância nas últimas décadas. Neste momento, as principais economias do mundo estão se empenhando em ações de desenvolvimento voltadas à inovação, à sustentabilidade e à competitividade internacional. Responder a esses desafios é uma urgência para todos nós, do poder público e do setor privado”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Ciff Shanghai em setembro

A CNI ressalta que a revitalização da indústria no Brasil é relevante por este ser o setor que mais move o desenvolvimento da economia pela inovação e pelo avanço tecnológico. A estrutura de missões, uma vez adotada, não só contribuirá para apoiar empresas na conquista de mercados e reduzir a distância que hoje existe para as potências econômicas, mas também alcançar soluções para problemas coletivos, como o acesso à saúde, a segurança no abastecimento energético, alimentar e sanitário internos, e a criação de empregos.

“As políticas industriais modernas vão além do incentivo a determinados setores. Elas partem de uma abordagem sistêmica, com visão de longo prazo e exigem coordenação e governança de alto nível, com envolvimento do Poder Executivo e do Congresso Nacional, bem como do setor empresarial e dos trabalhadores”, diz Robson Andrade.

Nova política industrial

Em comum, os eixos de descarbonização da economia, transformação digital, saúde e segurança sanitária e defesa e segurança nacional têm o foco em ciência, tecnologia e inovação. A instância de articulação e governança deve ser o Conselho Nacional de Política Industrial (CNDI), órgão vinculado à Presidência da República e que reúne as diferentes representações da sociedade civil (empresas, academia, trabalhadores) necessários para dar legitimidade e assegurar a execução das ações prioritárias.

O Plano reafirma que a revitalização da indústria nacional é urgente e que a adoção de medidas para que o motor do desenvolvimento econômico volte a funcionar como o esperado é fundamental, principalmente em meio às significativas mudanças no contexto geopolítico e às grandes tendências que desafiam o Brasil e o mundo. Nesse cenário, os princípios que norteiam as quatro missões são:

– Adequação da infraestrutura produtiva às megatendências internacionais, como a digitalização e o combate às mudanças climáticas, a descarbonização da economia, a transição energética, além da segurança sanitária, alimentar e cibernética;
– Ampliar as medidas de apoio ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação;
– Antecipar medidas para reduzir o Custo Brasil e melhorar o ambiente de negócios, com iniciativas para atrair e intensificar investimentos em infraestruturas econômicas, sociais e digitais;
– Avançar no processo de integração internacional, com foco na ampliação de oportunidades para o aumento da produção e da exportação brasileira e a inserção competitiva de nossas empresas em cadeias globais de valor;
– Fortalecer e universalizar as ações direcionadas à formação de recursos humanos qualificados em todos os níveis.

Missões de política industrial

Cada missão é apresentada com a identificação de um problema, no qual é apresentado o contexto atual do tema no país, a solução proposta e os benefícios esperados a partir da adoção de cada política. Para a implementação de cada missão, são sugeridos programas de trabalho com as ações específicas para se chegar aos objetivos estipulados.

Descarbonização

Objetivo: desenvolver uma economia de baixo carbono, com estímulos à descarbonização da indústria, à transição energética e à promoção da bioeconomia e da economia circular.
Programas de trabalho: Energias Renováveis e Eficiência Energética, Mercado de Carbono, Economia Circular, e Conservação Florestal e Bioeconomia
Benefícios esperados: Atração de investimentos internacionais, expansão da oferta de fontes mais limpas de energia e com menor custo, implementação da cadeia de valor do hidrogênio, redução do desmatamento ilegal, fomento a novos mercados para bioeconomia.

Transformação Digital

Objetivo: capacitar as empresas brasileiras, em especial as pequenas e médias empresas, para que possam ampliar sua escala de mercado e, assim, se habilitarem para participar de cadeias globais de fornecimento.
Programas de trabalho: Mobilização Empresarial, Inovação em Gestão, Planos Estratégicos de Digitalização, e Fomento ao Desenvolvimento de Soluções Digitais
Benefícios esperados: Aumento da produtividade e da competitividade, modernização produtiva, melhora da qualidade de produtos e serviços, aumento da eficiência energética, redução de impactos ambientais.

Saúde e Segurança Sanitária

Objetivo: universalizar o acesso e promover o desenvolvimento competitivo da cadeia de produção e exportação de medicamentos, vacinas, testes, protocolos, equipamentos e serviços.
Programas de trabalho: Desenvolvimento e Produção de Vacinas, Produção de Produtos Farmacêuticos Ativos (IFA), Produção de Medicamentos, Prestação de Serviços para a Indústria Farmacêutica, Produção de Materiais e Equipamentos Médicos, e Assistência Farmacêutica
Benefícios esperados: Redução da dependência nacional por importação de insumos, bens e serviços de saúde; aumento da produção industrial de medicamentos, insumos, materiais e equipamentos de saúde; estruturar a cadeia produtiva do Complexo Econômico-Industrial da Saúde; aumentar a produção de bens e serviços médicos e laboratoriais; incentivar o desenvolvimento, a pesquisa e a capacitação científica e tecnológica e a inovação; garantir o acesso da população brasileira à saúde de qualidade; fortalecer a gestão em saúde e a articulação nacional para a qualificação das compras públicas.

Defesa e Segurança Nacional

Objetivo: apoiar o desenvolvimento de elos estratégicos das cadeias do complexo industrial da defesa e segurança nacional, com foco em tecnologias de uso atual.
Programas de trabalho: Sensibilização da Sociedade, Previsibilidade Orçamentária, Foco e Prioridade Tecnológica, Contrapartidas Comerciais e Tecnológicas, Fontes de Financiamento, e Engajamento de Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs)
Benefícios esperados: Fortalecimento da base industrial do setor de defesa e segurança, aumento da autonomia tecnológica, redução da dependência externa, ganhos com benefício compartilhado entre setores civil e militar, aumento da inovação tecnológica.

 

Lamigraf lança coleção de designs para superfícies e pisos

Lançadas na Interzum, nova coleção da Lamigraf conta com três conceitos: Small Living, Meaningful Living e Sustainable Living

Publicado em 31 de maio de 2023 | 15:30 |Por: Thiago Rodrigo

Sob o tema “The Elastic Future”, a Lamigraf apresentou durante a Interzum 2023, sua mais recente colecção de 32 designs para superfícies de móveis e pisos. Com uma visão que moldará o futuro do design de interiores, o estande da marca espanhola de papéis decorativos foi resultado de uma colaboração com o estúdio de design valenciano MUT Design.

Indústria moveleira tem bom início em 2023

Os décors, bem como o estande da empresa na feira, foi dividido em três áreas diferentes, cada uma representando a essência da coleção Lamigraf. Além disso, o espaço central do estande, denominado Ágora, foi dedicado a proporcionar um ambiente propício para trabalhos e reuniões. “Cada um dos ambientes – Small Living, Meaningful Living e Sustainable Living – irradiava sua própria atmosfera única, oferecendo aos visitantes um vislumbre do futuro do design de interiores e aprimorando a experiência com inteligência artificial”, informa a empresa.

O conceito Small Living, que foca na criação de ambientes funcionais, práticos e visualmente atrativos em espaços reduzidos, manifestou-se através da criação de uma Tiny House contemporânea. O espaço apresentou diferentes áreas em menos de 30 metros quadrados e contou com uma elegante combinação do novo design de nogueira, Frappé Walnut, em conjunto com o material reciclado, Tramonto.

Lamigraf

Lamigraf

Small Living

O Meaningful Living, por sua vez, destaca como o futuro da casa e do design de interiores é focado no cuidado e na conexão. Do desenho de espaços públicos às tipologias familiares que fomentam o sentido de comunidade, o design centrado no ser-humano torna-se essencial para o bem-estar físico e emocional das pessoas.

Lamigraf

Lamigraf

Meaningful Living

Em colaboração com o renomado jornalista de design de interiores Enric Pastor, a Lamigraf criou um espaço que evoca relaxamento por meio de formas orgânicas e combinações das novas pedras Moonlight e Fuji, juntamente com alguns dos novos unicolores aquecidos da coleção.

O último conceito, Sustainable Living, representa o interesse crescente dos consumidores em proteger o ambiente e adotar estilos de vida mais conscientes e responsáveis, com o objetivo de reduzir a sua pegada ecológica. Nesse sentido, a Lamigraf colaborou com a biodesigner Zena Holloway para projetar um espaço que reflete a busca por novos materiais inovadores, em sintonia com os valores da sustentabilidade.

Lamigraf

Lamigraf

Sustainable Living

Além disso, seguindo o tema central da Interzum sobre Neo Ecologia, a Lamigraf ofereceu, durante os quatro dias da feira, uma experiência gastronômica inovadora e divertida, na qual os visitantes tiveram a oportunidade de experimentar um prato que simula terra comestível.

Giben: fabricação integrada

Giben avalia a relação máquina e homem e tem na produção integrada uma forma de ajudar indústria moveleira na produção de mobiliário

Publicado em 31 de maio de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

A máquina é um equipamento desenvolvido para substituir a mão de obra humana. Na indústria moveleira, essa transformação foi importante. Antes, o tempo de fabricação de um móvel era longo. Por exemplo, para se chegar em um painel como o mercado oferece hoje em dia, com inúmeros padrões de MDF e MDP com revestimento em baixa pressão era feito a escolha do laminado, prensagem, lixamento, aplicação de acabamentos. Para chegar ao móvel, também era feito corte e esquadrejamento, entre outras operações.

“Hoje, o construtor de móveis tem um gama enorme de painéis com padrões que imitam madeira e decoram ambientes, mas para isso, máquinas também foram e são grandes aliadas para que, ao final, seja entregue um produto de qualidade elevada. Nisso, a tecnologia embarcada nos equipamentos passaram a permitir elevado grau de satisfação dos consumidores que estão cada vez mais exigentes”, diz o gerente comercial da Giben, Ari Valarini.

Leia mais notícias sobre a Giben

Na visão da empresa, a revolução tecnológica com as máquinas para a indústria moveleira não colaborou para o desemprego, pois muitas outras atribuições foram criadas para ocupar funções de inteligência dentro da empresa moveleira. “Assim como o surgimento do comércio eletrônico ocupa hoje parte dessa cadeia, sem contar novos postos que surgiram com a tecnologia das máquinas e novos sistemas que exigem mão de obra”, diz o gerente.

Crédito: Thiago Rodrigo

Giben

“A Giben entende que as demandas por novos profissionais e a relação empresas x pessoas estarão em constante mutação”, diz o gerente comercial Ari Valarini

Ele não desconsidera, por outro lado, que em todo mercado e indústrias existe a automação que sempre leva o empresário a buscar melhorias contínuas. “A concorrência sempre faz com empresas pensem em automação principalmente em processos que requerem muita mão de obra e que são ambientes insalubres. Essa busca pela redução é importante porque também outros mercados consomem mão de obra e funcionários que buscam qualidade de vida. Esse processo de melhoria contínua sempre existirá e essa adequação para redução da mão de obra continuará sendo uma crescente”, avalia.

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Guararapes inaugura planta de MDF com investimento de R$ 1 bilhão

Localizada em Caçador (SC), nova linha de produção altamente sustentável da Guararapes fará empresa ter capacidade nominal de 1,140 milhão m³ por ano

Publicado em 30 de maio de 2023 | 15:00 |Por: Thiago Rodrigo

A Guararapes acaba de iniciar a operação da sua nova planta de MDF, a maior das Américas, de acordo com a empresa, e uma das mais competitivas a nível mundial. A nova linha está localizada no complexo industrial de Caçador, região central de Santa Catarina, onde a empresa já possui duas plantas industriais. Com investimento total de R$ 1 bilhão, a capacidade de produção será ampliada em 90%, passando para 1,140 milhão m³/ano.

Com isso, a Guararapes se consolida entre os maiores produtores de painéis de madeira das Américas. “Esse momento é um marco para nós e para o setor, e reforça a nossa posição entre os principais players do segmento. Vamos oferecer um portfólio ainda mais completo, tanto para o mercado doméstico quanto para exportação. E claro, sempre mantendo o foco no atendimento ao cliente”, celebra Ricardo Pedroso, CEO da Guararapes. A empresa está presente em mais de 50 países.

Apesar do cenário econômico adverso, a Guararapes espera crescer pelo menos 15% em receita líquida em 2023. “Estamos otimistas, esperamos colher bons frutos. Temos uma das mais modernas plantas do mundo, com equipamentos de última geração, altamente produtiva, flexível e sustentável”, detalha Pedroso.

Investimento em sustentabilidade

A sustentabilidade é uma das prioridades da Guararapes. A nova planta conta com um evaporador em circuito fechado, que recebe o efluente bruto, separa o conteúdo sólido do líquido e permite a reutilização do material condensado no processo industrial.

“Esse sistema tem como principal objetivo a eliminação do lançamento de efluente no meio ambiente, além de gerar economia na utilização de água, pois estamos utilizando a água da madeira, transformando-a em vapor e deixando de captar água do subsolo”, explica Diorgenes Bertolin, diretor industrial da Guararapes.

Engenharia do futuro

Para reaproveitamento ainda maior de água, foram construídos na área da fábrica três grandes lagos, com capacidade de 38.132 m³, para coleta da chuva. Além da água da precipitação pluviométrica direta, a área externa de 243.568 m² também foi toda construída com drenagem específica para destinação da água da chuva para os lagos, para posterior reaproveitamento.

A Guararapes já é reconhecida no mercado pelo seu comprometimento com o meio ambiente. A empresa possui o selo FSC® – Forest Stewardship Council® (Conselho de Manejo Florestal) código de licença FSC-C041303, que destaca seu compromisso com um manejo florestal ambientalmente adequado, socialmente benéfico e economicamente viável, e o ISO 14001.

Foto Sirli Freitas

Guararapes

Ricardo Pedroso

Economia e mercado de trabalho

A nova linha de produção vai gerar 280 empregos diretos e 650 indiretos. Durante a construção, mais de 700 pessoas trabalharam no canteiro de obras, impactando positivamente a economia de toda a região.

“Essa inauguração contribui com o desenvolvimento econômico dos estados de Santa Catarina e do Paraná e consolida a região como referência no segmento”, detalha o CEO. Além do complexo industrial de MDF em Caçador (SC), a empresa possui fábricas de compensado em Santa Cecília (SC) e Palmas (PR), e sede administrativa em Curitiba (PR).

Guararapes

A Guararapes é referência nacional na produção de painéis de MDF, e uma das maiores exportadoras de compensado da América Latina, presente em mais de 50 países. Com 39 anos de história, a companhia possui três unidades fabris localizadas em Caçador (SC), Santa Cecília (SC) e Palmas (PR), com capacidade anual de produção de mais de 1,140 milhão m³ de MDF e 380 mil m³ de compensados.

Entre os produtos comercializados estão MDFs decorativos, cru (standard), RUC (resistente a umidade e cupim), Áris (multirresistente à marcas de dedos, calor, raios solares e microrriscos), além de HDF e compensados estruturais e não-estruturais. Desde 2015, a marca utiliza no MDF decorativo a tecnologia exclusiva NanoxClean, que elimina bactérias, vírus e outros microrganismos das superfícies.

Também conta com diversas certificações internacionais, como o selo FSC® – Forest Stewardship Council® (Conselho de Manejo Florestal) código de licença FSC-C041303, que destaca seu compromisso com um manejo florestal ambientalmente adequado, socialmente benéfico e economicamente viável. Saiba mais em www.guararapes.com.br.

Homag: automatização e automação

Homag destaca qualificação da mão de obra para operar máquinas automatizadas, além de equipamentos que maximizam interface homem-máquina

Publicado em 30 de maio de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Compreender o contexto histórico do desenvolvimento de máquinas na sociedade é crucial. Foi a Revolução Industrial, no final do século XVIII, que deu início à produção mecanizada. Impulsionada pelas máquinas a vapor recém-inventadas, a mecanização teve um grande impacto na popularização do acesso a mercadorias e bens de consumo, principalmente na indústria têxtil. Desse modo, ocorreu a padronização de processos, com a fabricação de qualidade que permitiu que uma grande parte da população pudesse se beneficiar disso a um custo mais baixo do que a produção artesanal.

Esse mesmo fenômeno ocorreu na indústria moveleira após a Segunda Guerra Mundial, quando a Europa precisou se reconstruir e a demanda por móveis cresceu. A maioria das fábricas de máquinas nasceu nessa época, nos anos 1950 e 1960, como a Homag, que foi fundada com sua invenção da coladeira de bordas, que revolucionou a aplicação de fitas nos móveis. “Esse avanço acelerou significativamente o processo de entrega de móveis, permitindo que cada vez mais consumidores fossem atendidos de maneira mais rápida”, assinala Flávio Cesar, Regional Sales da Homag.

Leia todas as notícias sobre a Homag

Ao longo dos anos, houve um enorme crescimento demográfico mundial e brasileiro. Em 1950, havia pouco mais de 50 milhões de brasileiros. Em 1991, a população chegou perto de 150 milhões. Hoje, chega próximo de 215 milhões. “O mercado cresce a cada ano. As indústrias moveleiras mesmo automatizando seus processos, contratam cada vez mais funcionários a cada ano que passa”, enxerga Farage. Com isso, para a empresa a revolução tecnológica não contribuiu para o aumento do desemprego. “Acreditamos na mudança do perfil do funcionário que precisa estar cada vez mais ambientado às novas tecnologias, realidade que não é exclusiva deste setor”.

Homag

Homag

Flávio Cesar, Regional Sales da Homag

Ao longo da história da indústria mundial, uma mudança nos perfis e postos de trabalho é comum e muitas profissões desapareceram para darem lugar a novas, algo que continuará a acontecer a cada salto tecnológico. “Na Movelaria 4.0 não será diferente. Haverá mais demanda por projetos, planejamento e execuções mais automatizadas”, ressalta Farage. Para ele, esse movimento é visto com grande otimismo, pois o desenvolvimento pessoal será cada vez mais exigido, fazendo com que os colaboradores tenham acesso a capacitação profissional, melhorando a qualidade da mão de obra no setor moveleiro.

Continue lendo a reportagem na edição 326 da Móbile Fornecedores


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