Gostos dos consumidores de móveis

Conheça os quatro grupos de gosto do estudo da Tendere para a Eucatex, avaliando macrotendências e comportamento de consumidor

Publicado em 15 de maio de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Por meio de pesquisas que a Eucatex, fabricante de painéis de madeira, realiza periodicamente, a empresa estuda sobre a jornada de compra de móveis. Como resultado, compreende que o móvel é um sonho, uma compra planejada, não sendo comprado por impulso.

“Temos uma série de perfis de consumidores e diferentes gostos. A Eucatex trabalha com quatro perfis de consumidores, que chamamos de Latino Urbano, Pop Tropical, Karioka e Sofisticado”, diz Andrea Krause, consultora de marketing do departamento de marketing inovação da Eucatex.

Esse trabalho sobre os tipos de consumidores é realizado por meio da agência Tendere. Em função das mudanças de comportamento detectadas, criam-se as tendências e os gostos. “Todos sabemos que as mudanças, a evolução da tecnologia, a internet, trouxeram muitas transformações para o gosto das pessoas”, afirma a consultora de marketing.

Duas pesquisas anuais junto a consumidores que tenham realizado grandes reformas e tenham comprado móveis no período são realizadas pela companhia e, analisando esses consumidores, foram detectados que existem vários critérios para a compra que se traduzem diante da expectativa que esse consumidor tem em relação à experiência de compra.

Leia mais sobre o perfil de consumidores de móveis na Móbile Fornecedores 337

“Hoje, não resumimos os critérios de compra em preço, marca, qualidade e status. Há uma série de pré-requisitos que o consumidor entende e que explicam por que ele escolhe um canal em detrimento de outro”, diz Andrea. Com efeito, se, por um lado, as pesquisas apontam que no magazine o atributo principal é preço, de outro o levantamento mostra que o consumidor hoje não quer só preço, mas sim novas experiências.

“Quando olhamos, por exemplo, para o segmento dos home centers, a pesquisa indica que o atributo de escolha mais valorizado é a presença de showroom com exposição dos móveis simulando ambientes”, declara.

O fator preço vai aparecer na quarta colocação, atrás ainda de atributos como praticidade e a oferta exatamente daquilo que se buscava. No canal marcenaria, móveis sob medida, confiança e atendimento diferenciado estão bem à frente do requisito preço.

Já a diversidade dos tipos de móveis oferecidos, a oferta de móveis compactos e de móveis multifuncionais são atributos entre os que mais importam para os que optam pelas lojas de móveis planejados.

“Ou seja, a experiência hoje está conquistando um espaço maior, porque o móvel passou a ser um objeto de realização e as pessoas querem comprar o que desejam. É claro que o consumidor está muito mais aberto a outros atributos além daqueles mais focados no varejo razão”, avalia Andrea.

Eucatex

Andrea Krause

Quatro grupos de consumidores de móveis

Leia mais sobre os quatro grupos de perfis de consumidores que a Eucatex trabalha.

Pop Tropical: com bases de cultura popular e no barroco-rococó brasileiro de todo dia, opulência, exuberância, sensualidade e uma pitada de excentricidade é a maneira de pensar e sentir a casa e os ambientes de uma pessoa Pop Tropical.

A aparência de sua casa ou de seu ambiente de trabalho é um meio poderoso de expressão, pode, não raro, ser dramático e acumular muitas referências no décor de sua casa ou negócio.

O excesso de elementos e a sensualidade exacerbada são a base, mas isso vem fundido às raízes populares (suas próprias, e não “importadas” do imaginário). É alguém que sabe (e gosta) de fundir o local e o global com facilidade.

Latino Urbano: une a ousadia sexy latina com o cosmopolitismo urbano de quem vive em grandes cidades (o que tem esse estilo de vida como referência). Sua expressão é “ousada” e gosta de mostrar que sabe usar a última novidade nacional e/ou internacional com desenvoltura. Gosta de moda, design, arquitetura, enfim, tudo o que é informação estética internacional.

De certa maneira, adora se ver como alguém que é trendy, trazendo para o seu grupo as últimas novidades. Tem uma certa queda por vintages, porque isso mostra que tem repertório.

É uma pessoa vaidosa que gosta que os outros reconheçam aquilo que está disposto em sua casa, em seu escritório, em seu look. Tudo é milimetricamente pensado, adora décor instagramável e sua imagem é um patrimônio que constrói a cada dia.

Karioka: a base é a bossa casual que busca um espaço conectado com o que é natural, uma decoração que traz uma beleza sem esforço. É ligada nas informações internacionais de design, moda, arquitetura e decoração internacionais, mas dilui tudo para uma abordagem descomplicada e simples.

Tem como ideal ser chique casual, iluminação natural, materiais com toque natural, cores “naturais”, sua busca é pelo que é naturalmente bonito e charmoso. Com informação de tendências, mas sem ser vítima da moda, é solar e “good vibes”.

Sofisticado: tem uma construção de imagem muito consciente, é iniciado(a) em arquitetura, design, cinema, música, artes, etc. Compreende a construção das peças e os processos dos quais cada uma faz parte. Por isso é exigente com acabamentos, forma, cores, afinal, pensa as composições de maneira a expressar seu gosto sofisticado, pois tem repertório aprofundado.

Sima e Abimóvel colaboram com RS

Sima e Abimóvel realizam repasse de valores levantados na primeira etapa da campanha em solidariedade ao Rio Grande do Sul

Publicado em 14 de maio de 2024 | 21:45 |Por: Thiago Rodrigo

Na última sexta-feira (10), o Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima) em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) realizou a entrega formal de recursos levantados por meio de campanha no polo moveleiro local para auxiliar as vítimas da recente catástrofe no Rio Grande do Sul. O ato ocorreu no auditório do sindicato, onde lideranças do setor moveleiro e autoridades locais se reuniram para marcar a ocasião.

O montante arrecadado de R$ 250 mil será dobrado a partir de acordos prévios realizados com o Sicredi por meio de iniciativas coordenadas pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs) e o Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis-RS), totalizando uma contribuição de R$ 500 mil na primeira fase da campanha, que segue ativa.

Irineu Munhoz, presidente da Abimóvel, expressou gratidão e compromisso durante sua fala: “Agradecemos a todos que contribuíram para essa arrecadação significativa. Este gesto de solidariedade demonstra a força e a união do nosso setor. A contribuição de cada um é essencial para a recuperação das áreas afetadas e da vida de muitas famílias”.

O presidente do Sima, José Lopes Aquino, também destacou a importância da mobilização do setor. “Estamos comprometidos em apoiar nossos irmãos gaúchos neste momento difícil. A solidariedade é um valor que cultivamos fortemente aqui”, afirmou.

O repasse dos fundos será administrado pela Abimóvel, que encaminhará os recursos para o CIC-BG (Centro da Indústria de Bento Gonçalves), conforme orientação das associações parceiras, para garantir a aplicação efetiva na ajuda aos afetados.

Usaram também da palavra Carlos Roberto da Cunha, presidente do STICMA (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Arapongas), e o prefeito de Arapongas, Sergio Onofre, destacando o papel vital do setor moveleiro no desenvolvimento socioeconômico do país e do estado do Rio Grande do Sul, consequentemente, apontando a importância da mobilização de recursos e do apoio do setor em situações de adversidade como a atual.

Entre os presentes estiveram também Silvio Luiz Pinetti, diretor-executivo do Sima; Anderson Molina, presidente da ACIA (Associação Comercial e Empresarial de Arapongas); e a vereadora local Meiry Farias.

A campanha seguirá agora para sua segunda etapa, buscando expandir a mobilização e aumentar a arrecadação de fundos, reiterando o compromisso do setor moveleiro com a solidariedade e apoio em momentos de crise.

Importante frisar que diversas campanhas estão sendo promovidas por associações e indústrias moveleiras em todo o país, demonstrando como o associativismo, a força e a união da sociedade civil, do setor público e dos setores industriais de todas as regiões do país são cruciais para vencer as dificuldades.

“Neste cenário difícil, estamos unidos para prestar todo o apoio possível à reconstrução dos lares e à manutenção dos negócios afetados. Juntos, esperamos colaborar na reestruturação física, mas também da esperança das famílias e das comunidades atingidas”, finaliza o presidente da Abimóvel. Por meio da modalidade PIX é possível realizar doações de valores diversos que serão revertidas para as vítimas da tragédia:

Abimóvel Chave PIX CNPJ: 42592857000198
CIC Chave PIX e-mail: financeiro@cicbg.com.br
Sima Chave PIX e-mail: sosrs@sima.org.br

Manutenção e aumento da produtividade nas fábricas de móveis

Aumento de produtividade e manutenção preventiva na Indústria 4.0 foram temas abordados na Biesse Inside 2024

Publicado em 10 de maio de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

A 2ª edição do Biesse Inside 2024 encerra hoje, 10 de maio, após iniciar na segunda-feira (6 de maio), com demonstrações de máquinas, conversas com especialistas e palestras com conteúdo para aperfeiçoar e otimizar a produção de móveis de indústrias e marcenarias. O evento foi realizado no showroom da fabricante de máquinas para móveis Biesse em Curitiba (PR).

O consultor industrial Gilberto Klein falou sobre o aumento da produtividade industrial, contando um caso realizado em 2021 do qual se baseou em dois pontos para ajudar no sucesso desse negócio: pessoas e processos. Gilberto começou perguntando qual é o item mais valioso de uma operação industrial: a resposta é o tempo.

“O tempo é muito valioso, linkado em quatro pontos como centro de custos operacionais, produtividade, operações externas, montagem e logística em que toda cadeia produtiva não fruste o canal final que é o cliente, e a aceitação de mercado”, explica.

A questão do tempo vale ouro juntamente com as pessoas, sendo necessário, segundo ele, sincronizar as pessoas com o parque fabril para potencializar o negócio para o desejado.

Em seu estudo de caso, Gilberto buscou criar líderes que iriam desenvolver e reter talentos; especialistas técnicos que correspondem com as máquinas e novas tecnologias; engajamento e plano de carreira para as pessoas dentro da cadeia produtiva e quais cargos elas podem galgar na indústria.

“O chão de fábrica necessita disso, de conhecer a realidade e ter insight para melhorar o dia a dia dela e a performance da fábrica”. Ter multiplicadores e disciplina são outros itens aplicados pelo consultor moveleiro.

Thiago Rodrigo

aumento da produtividade

Gilberto Klein, consultor industrial

Aumento da produtividade

O profissional diz que os empresários estão mudando a característica da linha produtiva, entendendo que o core business é vender e montar. Sobre retaguarda, ele destaca o aumento da produção que a empresa pode precisar a ter. “O papel do gestor industrial é entender o chão de fábrica e entender até onde pode chegar, além das limitações que têm”, destaca.

Dentro da tecnologia atual, é preciso ter pessoas que entendam como operar. “O grande problema é formar o operador, quanto tempo vai demandar deixar a pessoa apta para operar a máquina. Existe um processo de maturação dentro disso”, pontua.

Na fábrica do caso que o consultor mostrou, está dentro do sistema 5S, com kanban e melhoria contínua. “As pessoas não andam, ganhando tempo de produção e performance. As pessoas entendem a dinâmica da produção e em qualquer problema acionam o PCP para resolver”, aponta Gilberto.

Um dos erros cruciais que algumas empresas cometem é o não alinhamento do comercial com a produção. “A fábrica tem de saber quanto o comercial vai vender e vice-versa, tem de ter essa sincronia para entender como vai conseguir produzir e quais são as premissas para inserir uma nova estratégia para entregar o móvel”, conta.

Em desempenho e metas, Gilberto destaca que há um papel fundamental do PCP para olhar todo o fluxo produtivo e a performance da fábrica. Forecast, KPI’s e painel de indicadores são premissas básicas para averiguar o desempenho e as metas. Os indicadores de performance possibilitam dados que ajudam a traçar as estratégias do negócio moveleiro.

Manutenção na Indústria 4.0

A manutenção sempre foi vista com olhos ruins, mas na Indústria 4.0 existem conectividades na máquina que emitem alerta para o software que identifica o problema. “Isso é feito através de sensores que avisa o gestor da manutenção sobre a falha”, afirma Alex Gondarski, consultor com 15 anos de experiência com manutenção, atuou dez anos na Motherson (PKC Group) atuando como coordenador de manutenção, três anos na Móveis Três Irmãos como gerente de manutenção e projetos.

“Hoje em dia sabemos que precisamos ter tudo na palma da mão e a manutenção deixou de ser no papel, tudo é em tempo real e as respostas precisam em ser em tempo real. Não adianta ter algo que vai acelerar o chamado se não ter uma resolução rápida do problema”, acrescenta.

A manutenção corretiva é realizar ações para reparar e consertar equipamentos após a ocorrência. A manutenção preventiva é prever as coisas antes que aconteçam. “Dou o exemplo do carro de levar para fazer a manutenção preventiva, mas nas máquinas dentro da Indústria 4.0, temos aprendido que a manutenção preventiva tem de ser eficaz, porque se não for eficaz, o processo produtivo vai ter paradas e falhas”, diz.

Se não realizar uma manutenção preventiva de forma decente, o equipamento vai quebrar no meio do caminho. “Temos de tomar cuidado, evitando falhas e interrupções inesperadas e a preventiva faz isso, que precisa ser eficaz através da qualificação dos profissionais que estão por trás e a inteligência e ferramentas da Indústria 4.0”, explica Gondarski.

Thiago Rodrigo

manutenção na Indústria 4.0

Alex

A manutenção corretiva tem vantagens, como a redução de custos, maior flexibilidade, foco no essencial e o aprendizado contínuo. Sobre a importância da manutenção preventiva na Indústria 4.0, Gondarski destaca a redução de custos e o aumento da vida útil do equipamentos, entre outros.

Os desafios da manutenção preventiva são novos softwares, novos equipamentos e a resistência da diretoria das empresas em aceitar os novos conceitos de manutenção. “A integração de sistemas complexos e a capacitação do profissional para operar. A integração de manutenção preventiva e corretiva gera sinergia, abordagem holística, otimização de tempo e melhoria contínua”, destaca o profissional.

Em empresas de pequeno e médio porte, Gondarski tem feito serviços para indústrias deste tamanho. “A gente estuda o cenário da empresa, aonde ela quer chegar, pegamos o responsável pela produção e começa a treinar ela para que comece a implementar algumas coisas”, explica. Com isso, é aplicado recursos dentro do orçamento da empresa.

O consultor de manutenção conhece várias empresas que não tem um time de manutenção, que chamam o serviço para fazer, mas com o tempo se percebe que é preciso um profissional para manutenção que pode trabalhar em várias outras coisas como melhoria contínua, ajudar na produção e na manutenção preventiva na parte de análise da máquina.

Thiago Rodrigo

Biesse

Biesse Inside 2024 contou com a demonstração de dez máquinas para produção de móveis e beneficiamento de vidros

Biesse Inside 2024 aborda exportação e importação

Biesse promove palestras durante Biesse Inside 2024 abordando Indústria 4.0, produtividade e exportação, entre outros

Publicado em 8 de maio de 2024 | 13:00 |Por: Thiago Rodrigo

Desde o dia 6 e até o dia 10 de maio, a fabricante de máquinas para móveis, Biesse, realiza a segunda edição do Inside Brasil. Celebrando o primeiro aniversário de seu showroom em Curitiba (PR), o Biesse Inside 2024. Durante os cinco dias, os presentes conferem demonstrações em mais de dez máquinas, conversas com especialistas e explorar novas ideias para suas produções de móveis.

A programação de palestras conta com temas como sistemas integrados para a Indústria 4.0, estratégias de aumento da produtividade industrial, manutenção preventiva e outros conteúdos relevantes para agregar conhecimento e desenvolver o setor moveleiro. Sobre exportação e importação, o advogado com atuação em direito aduaneiro e direito marítimo, Maicon Carlos Borba, da Andersen Ballão Advocacia, mostrou o que está por trás da exportação e importação, como o Portal Único Siscomex, do qual todos os operadores colocam a informação nesse site.

“Quanto temos remessas expressas, é ali a informação que uma DHL ou Fedex colocam as informações”. Os bancos também fazem a informação nesse sistema para a Receita Federal no caso de valores em dinheiro. O Siscomex também mostra os valores da tributação da importação, sendo que para começar a importar tem de fazer o cadastro na Receita Federal, habilitando a empresa no portal. No Radar, há três modalidades de habilitação, a expressa, limitada e a ilimitada. “A exportação não tem limite de valores”, conta.

No cenário geral do processo de importação e exportação, há uma base de dados que recebe informações de todos os operadores que participam do processo, chegando até a conferência física do produto importado ou exportado. “Com todas as informações, a Receita Federal está aparelhada para ter qualquer informação dentro desse processo”.

O capítulo 44 fala sobre madeira e obras de madeira, como móveis, laminados, painéis, com diversos itens de NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul). Em 2020/2021, houve embarques de quase 80 mil navios, sendo 140 mil em contêineres. Exportar, segundo o advogado, é importante para não ficar refém do mercado nacional.

“Uma crise que ocorre, como no Rio Grande do Sul agora, dá oportunidades para outros locais, como Paraná e Santa Catarina. O mercado de móveis é muito conhecido pela qualidade dos produtos”, diz o profissional que advoga para a maior varejista de móveis do mundo.

Uma assessoria em exportação ajuda a evitar pagar tributos nas peças e pode ajudar a pagar imposto zero na importação de dobradiças e corrediças, segundo Borba. A parte mais difícil segundo ele é desenvolver mercados no exterior, também fornecedores do exterior para produtos. “Tem de trazer aquilo que sabe e conhece para vender”, diz.

Viajar é preciso e conhecer todo o processo também, como exportar para a Argentina do qual Borba aponta a necessidade de um distribuidor, não sendo possível a comercialização direta. Entre os desafios da exportação, estão a burocracia e o desconhecimento. “Procurar saber antes faz com que com toda certeza se tenha sucesso”, frisa o advogado.

No momento, Borba destaca que o porto de Paranaguá está com gargalo, devido a 1/3 do porto de Itapoá estar em obras e o processo de licitação do porto de Itajaí, além das enchentes no Rio Grande do Sul que afetam a estrutura portuária gaúcha.

Na importação de máquinas, o advogado usa um exemplo. “Tivemos um cliente que começou a comprar chapas de compensado de uma empresa grande de Ponta Grossa, e essa empresa vendia para esse distribuidor diretamente. Um dia a Receita Federal barrou porque viu as notas fiscais que a empresa que vendia não tinha capacidade financeira”, conta.

Se a pessoa não tem capacidade econômica para comprar uma máquina da Biesse, se ele chegar na Biesse com 150 mil euros para comprar a máquina, a contabilidade da Biesse tem de ver se isso está certo. “Um exemplo é de uma concessionária que avisou a polícia sobre um cara que foi comprar um Porsche com valor em dinheiro e a polícia viu a ficha e prendeu a pessoa”, exemplifica. “Esse é o cuidado que tem de ter”, diz Borba.

Doação de móveis

A Biesse anunciou que as peças produzidas no showroom da empresa durante o Inside 2024 e nos próximos três meses, serão criadas como móveis funcionais e utilitários, como guarda-roupas, para serem doados para organizações que possam encaminhar para famílias afetadas nas enchentes do Rio Grande do Sul.

Biesse

Biesse

Programação do Biesse Inside 2024

Setor moveleiro enfrenta elevação de preços

Presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), José Aquino aponta diversas elevações de custos fixos que comportem indústria moveleira

Publicado em 8 de maio de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

O setor moveleiro está novamente enfrentando a elevação de preços em relação a custos fixos que comprometem o desempenho das empresas. A indústria moveleira sofria com resultados insatisfatórios mesmo tendo buscado de todas as formas, nos últimos anos, equilibrar suas operações com a redução de custos. Mesmo assim, sofre com novos aumentos como painéis de madeira em MDF e MDP, que tiveram reajustes de 5%.

Além disso, outros preços também subiram como o dólar, frete marítimo e petróleo. O primeiro passou de 4,82 em dezembro de 2023 para 5,29 em abril de 2024, aumento de 9,75%. O frete marítimo aumentou 176,74%, enquanto o petróleo cresceu 22,77% o valor em dólares.

Sobre o impacto do aumento do frete marítimo, dólar e petróleo na produção, exportação e transporte dos móveis, o presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Arapongas (Sima), José Aquino, assinala que o mundo se “move” utilizando muito petróleo no transporte, seja ele aéreo, marítimo, hidroviário, rodoviário ou ferroviário, além do dólar que afeta diretamente esses preços.

Por isso, atualmente há um agravante: “os fretes marítimos voltaram a subir com muita força, muito pela elevação do custo internacional do petróleo, mas também pelas guerras e crescimento das demandas, veículos vindo da China é um exemplo. Esse impacto gera custos adicionais importantes dificultando a competitividade e onerando o preço final dos produtos”, destaca.

Elevação de preços de painéis de madeira

O setor moveleiro também sofre com o aumento de preço dos painéis de madeira, principal matéria-prima utilizada para fabricação do móvel. “Essa elevação de preços foi anunciada em dezembro de 2023. Através de diversas ações, foi conseguido negociar para que fosse adiada, porém sabíamos que era apenas um ‘prorrogação’ de algo que ocorreria mais tarde. Esse momento chegou e não houve como fazer nosso fornecedor retroceder”, apela.

“Como é sabido, as margens das indústrias do setor está sofríveis já de muito tempo. Temos agora, por conta da atitude das fabricantes de chapas, a oportunidade de, minimamente, ajustar os preços de nossos produtos e junto melhorar as nossas margens de lucro”, acrescenta.

A elevação dos custos de transformação e administrativos (salários, energia elétrica, fretes, serviços de terceiros, etc.) veio aviltando as margens da indústria moveleira paulatinamente desequilibrando os resultados. “Neste momento, com a elevação também de preços das matérias primas (MDP e MDF), cria-se uma situação insustentável, restando-nos agora um único caminho: repassar para o preço esses efeitos independente da questão da oferta e demanda”, assinala Aquino.

Segundo Aquino, por conta da peculiaridade de pulverização dos empresários industriais moveleiros, há dificuldades de fazer o repasse de preços ao consumidor de maneira uníssona. “Somente um movimento sincronizado pode ajudar nessa missão. Para isso, precisamos de conscientização do industrial e de aceitação pelo lojista, para que melhore a condição de sobrevivência de nossas indústrias”, avalia o presidente.

Produção de móveis cai em março

Produção de móveis em março de 2024 tem queda após dois crescimentos no ano, com alta queda em relação ao mesmo mês de 2023

Publicado em 3 de maio de 2024 | 12:00 |Por: Thiago Rodrigo

Após dois meses de crescimento no ano, a produção de móveis em março caiu 3,4% em relação ao mês imediatamente anterior. Em fevereiro de 2024, havia crescido 2,2% e em janeiro 3,7%. Em relação com igual período do ano anterior, também houve queda, de 7%.

Essa queda de 7% precisa ser relativizada em função do efeito calendário, pois em 2024, março teve três dias úteis (20) a menos do que igual mês do ano anterior (23), impactando diretamente na produção.

Agora, o acumulado do ano da produção de móveis é de -1,4% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado dos últimos 12 meses, registra-se queda de 2,6% na produção de móveis. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.

  Jan Fev Mar
Mês anterior 3,4% 2,2% -3,4%
Mesmo mês de 2023 0,5% 2,7% -7%

Produção industrial

A produção industrial brasileira cresceu 0,9% na passagem de fevereiro para março. O ganho de ritmo acontece após a variação de 0,1% verificada no mês anterior. Em relação a março de 2023, a indústria teve retração de 2,8% na sua produção. No ano, acumula alta de 1,9% e, em 12 meses, variação positiva de 0,7%. Com esses resultados, a indústria se encontra 0,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,3% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011.

Importância da tecnologia no mercado moveleiro

“O desempenho positivo da indústria nos dois últimos meses não elimina a queda observada em janeiro, mas é uma melhora de comportamento. Em março, o crescimento ficou concentrado em poucas atividades, com apenas cinco delas mostrando expansão. Houve, portanto, uma mudança em relação à dinâmica vista em janeiro e fevereiro, quando ocorreu predomínio de taxas positivas entre as atividades pesquisadas”, analisa o gerente da PIM, André Macedo.

Ele também destaca o ganho de ritmo verificado ao fim do primeiro trimestre de 2024, uma vez que o último trimestre de 2023 registrou crescimento de 1,1%. De fevereiro para março, duas das quatro grandes categorias econômicas e somente cinco dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram avanço na produção. As principais influências positivas vieram de produtos alimentícios (1%), produtos têxteis (4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%) e indústrias extrativas (0,2%).

Cipatex® anuncia linha Facto Premium

Fabricante de revestimentos sintéticos, Cipatex lança linha Facto Premium para móveis e decoração

Publicado em 3 de maio de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

A Cipatex®, líder em revestimentos sintéticos, anuncia o lançamento da linha Facto Premium, com texturas, gravações e tecnologia que visam garantir melhor conformação, acabamento, resistência, conforto e toque diferenciado ao mobiliário. Com uma cartela de cores versátil, os materiais combinam facilmente com os mais variados estilos de decoração.

A nova linha de revestimentos premium chega ao mercado na versão “Atenas”, que possui superfície em semibrilho, aspecto que remete ao couro levemente encerado e nuances de cores que dão um efeito natural ao artigo. A gravação “Argo” também integra a coleção, com um acabamento mais têxtil, visual nobucado e toque suave, proporcionando leveza aos ambientes.

Biesse anuncia Inside 2024

A ampla gama de tons dos revestimentos tem a proposta de oferecer mais flexibilidade aos arquitetos, decoradores, estofadores, tapeceiros e fabricantes de móveis. Na gravação “Atenas” são nove opções de cores, como bege, terracota, cinza, verde e marfim.

Já o laminado “Argo” conta com 14 tonalidades, que vão dos clássicos e terrosos aos coloridos apastelados. “A seleção de cores dos novos materiais teve como base uma intensa pesquisa realizada junto a profissionais da arquitetura e decoração”, comenta Cícero Mourato Henriques, gestor de produtos da Cipatex®.

Com uma composição robusta e formulação nobre, os revestimentos da linha premium surgem como solução ideal para atender projetos sofisticados e de alto padrão. Os novos materiais são indicados para revestir sofás, poltronas, pufes, cadeiras, cabeceiras e bases de cama box e outros estofados.Cipatex

Sustentabilidade no topo das prioridades de adesivos e selantes

Presidente Executivo da Artecola confirmou tendência ao participar da ASC 2024 – Adhesive & Sealant Convention, em Louisville (KY), nos Estados Unidos

Publicado em 2 de maio de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

A Sustentabilidade segue no topo da lista de prioridades do setor de adesivos e selantes. É o que o Presidente Executivo da Artecola, Eduardo Kunst, confirmou ao participar da ASC 2024 – Adhesive & Sealant Convention, realizada em Louisville (KY), nos Estados Unidos. “Um dos principais assuntos foram os novos desenvolvimentos para acompanhar a mudança tecnológica provocada pela eletrificação da mobilidade”, destacou o empresário.

Entre as conferências, o tema da inovação em adesivos para veículos e baterias automotivas teve grande espaço, além de matérias-primas de fonte renovável para o segmento de adesivos e selantes em geral. “As emissões de carbono também foram assunto de várias apresentações, mostrando que, mais uma vez, estamos alinhados com as tendências da indústria química mundial”, avalia. A Artecola alcançou a condição de empresa Carbono Neutro no final de 2023, e segue desenvolvendo inovações com matérias-primas de fonte renovável, com atenção especial aos adesivos hot melt e à base d´água.

A ASC 2024 – Adhesive & Sealant Convention ocorreu de 15 a 17 de abril. Nas sessões técnicas simultâneas, foram abordados temas com foco no desenvolvimento de negócios e tendências, regulamentações, segmentos de mercado e novas tecnologias e aplicações. Sustentabilidade Artecola

Sustentabilidade Artecola

A companhia passou a adotar a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol para mapear as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e o padrão IPCC (Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas) para cálculo do sequestro de Carbono.

O levantamento de 2022 mostra uma emissão direta de 1.909,4 toneladas de Dióxido de Carbono equivalente (tCO2e) na produção das nove plantas, no Brasil e América Latina. No mesmo período, a empresa sequestrou 15.263,09 tCO2e a partir de áreas florestais de sua propriedade, neutralizando as emissões nos escopos 1 e 2.

Biesse anuncia Inside 2024

A Artecola também foi reconhecida em 2023 com o Selo Diamante, a mais alta categoria do programa Origem Sustentável. A certificação é a única de ESG e sustentabilidade do mundo voltada para a cadeia calçadista.

Criado pela Abicalçados – Associação Brasileira das Indústrias de Calçados e pela Assintecal – Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos, o programa Origem Sustentável avalia 104 indicadores nas dimensões econômica, social, cultural, ambiental e de gestão da sustentabilidade.

Encontro Mundial da Indústria de Colchões anuncia palestrantes

Encontro Mundial da Indústria de Colchões, com realização da Abicol, terá palestrantes internacionais sobre o futuro dos colchões

Publicado em 30 de abril de 2024 | 09:45 |Por: Thiago Rodrigo

Faltando menos de dois meses para o I Encontro Mundial da Indústria de Colchões, nos dias 13 e 14 de junho, no Rio de Janeiro (RJ), a organização do evento anuncia a relação de palestrantes internacionais.

Adriana Pierini, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol), destaca que representantes das principais entidades internacionais ligadas ao setor de colchões terão espaço para se pronunciar no evento que tem como tema central “O Futuro Sustentável dos Colchões”, visando trazer luz sobre o tema.

O Brasil, como anfitrião, fala primeiro e mostra os números da indústria, as ações na área de sustentabilidade e esclarece como funciona a certificação compulsória do Inmetro. Por sinal, a mais rigorosa do mundo.

Xylexpo 2024 ocorre entre 21 e 24 de maio

“O representante dos Estados Unidos, além de apresentar os números da indústria colchoeira americana, deve focar nas ações de dumping e nas sobretaxas às importações de colchões de diversos países”, diz e acrescenta:

“O representante da Europa também fará um raio x da indústria europeia e focará no ecodesign; já o representante da Turquia vai abordar as tecnologias disponíveis, como automação e robotização na fabricação de colchões, além dos números sobre a indústria turca”, explica.

Ryan Trainer, presidente da International Sleep Products Association (Ispa) desde 2022, falará pela entidade americana no I Encontro Mundial da Indústria de Colchões. Ryan, que já anunciou sua aposentadoria para o final deste ano, também está à frente do Mattress Recycling Council (MRC), que atua na logística reversa, com o recolhimento de colchões para reciclagem.

Anteriormente, Ryan foi sócio de um escritório de advocacia global em Washington, DC, onde se especializou em política comercial regulatória internacional, responsabilidade de produtos, privacidade financeira e questões comerciais.

Encontro Mundial da Indústria de Colchões

Ryan Trainer (ISPA)

Frederick Lauwaert representará a Associação Europeia das Indústrias de Cama (EBIA), que reúne os principais fabricantes e fornecedores europeus de insumos e produtos acabados para camas.

A associação defende os interesse dos seus membros em assuntos relacionados ao meio ambiente, saúde e segurança, em observância aos regulamentos europeus. Frederik, que estudou direito na Universidade de Ghent, na Bélgica, iniciou a sua carreira profissional no ambiente europeu quando ingressou no CEI-Bois, em 2002.

Ebia

Encontro Mundial da Indústria de Colchões

Frederik Lauwaert (EBIA)

Durante quase 15 anos, foi consultor jurídico da associação comercial que reune as indústrias europeias de marcenaria. Desde 2008, também atua como secretário-geral da associação setorial WEI-IEO, que representa a indústria de preservação de madeira, e em 2019 ingressou como diretor geral da Ebia.

Osman Güler, que em 2021 foi eleito presidente da International Bedding Industry Association (IBIA), que congrega as indústrias da Turquia, falará em nome da entidade. Güler nasceu na Bulgária, é engenheiro eletrônico e migrou para Bursa (Turquia) junto com a empresa que ele fundou em 1990, a Elektroteks, com o objetivo de fornecer soluções elétricas e eletrônicas para empresas têxteis.

Em 1995 passou a oferecer software e serviços de automação para produtores de máquinas e começou a produzir máquinas para colchões e outras inovações para a indústria colchoeira.

Ibia

Encontro Mundial da Indústria de Colchões

Osman Güler (IBIA)

Além das apresentações internacionais, o I Encontro Mundial da Indústria de Colchões contará com palestras de especialistas em sustentabilidade, ESG e logística reversa, entre outros temas.

O evento também terá exposições de insumos e tecnologias inovadoras para produção de colchões. Interessados podem se inscrever pelo link: eventosabicol.org/encontromundial#inscrição. Cada empresa associada tem direito a dois convites gratuitos, mas deve fazer a inscrição o mais rápido possível no link acima. O valor dos ingressos e a programação completa do evento estão no site: eventosabicol.org/encontromundial.

Tecnologias em tintas para a pintura de móveis

Fabricantes de tintas e vernizes compartilham as últimas tecnologias desenvolvidas por elas para a indústria moveleira

Publicado em 29 de abril de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Um dos grandes pontos de virada nos processos de pintura (impressão) na indústria moveleira, ou seja, em tintas para a pintura de móveis, foi a disseminação da tecnologia UV que garantiu inúmeras vantagens para os fabricantes de mobiliário com as linhas de pintura, em termos de velocidade, performance e redução de gargalos entre outros.

O diretor da Sayerlack, Marcelo Cenacchi, pontua que ainda houve avanços dos produtos e processos de pintura/secagem UV que evoluíram para os Base Água com secagem UV, os sistemas de cura com lâmpadas LED e os equipamentos de cura UV Excimer, que o laboratório de aplicação na Renner Itália possui há mais de cinco anos e que já desenvolveu diversos produtos que trazem como principal característica acabamento super foscos com alta resistência superficial.

“A Sayerlack está em constante inovação para atender às demandas da indústria moveleira. Diversas evoluções tecnológicas são apresentadas frequentemente aos clientes com o intuito de trazer vantagens de qualidade e performance além de ganhos de produtividade e diminuição de retrabalhos e desperdícios”, destaca.

Nesses termos de tecnologia de tintas, a Farben desenvolveu duas linhas de alta tecnologia para a indústria moveleira. A High Design, com produtos desenvolvidos para utilização no processo de cura ultravioleta e a High Decor, com tintas que podem ser utilizadas para a pintura de qualquer substrato utilizado em móveis – madeiras, superfícies metálicas, vidros, até acabamentos, como puxadores e perfis.

“Acredito que podemos colaborar apresentando aos nossos clientes as tendências de mercado, apresentando o que identificamos nas pesquisas e contatos constantes com especificadores – arquitetos e designers, que transmitem os anseios dos clientes finais. A nossa tecnologia, enquanto fabricante de tintas, está muito voltada ao design do móvel, seja com os padrões de impressão (High Design) como na máxima customização (High Decor)”, declara o gerente comercial da Farben, Ilmar Broch.

Leia reportagem especial sobre tintas e pintura de móveis na edição 336 da Móbile Fornecedores


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