Cultura de inovação na indústria moveleira

Professor Rafael de Tarso Schroeder explica como aplicar uma cultura de inovação na indústria moveleira

Publicado em 19 de junho de 2023 | 09:39 |Por: Thiago Rodrigo

Aplicar uma cultura de inovação na indústria moveleira não é tarefa fácil, mas é possível como você pode ler na edição 327 da revista digital e impressa para o setor moveleiro, Móbile Fornecedores. Na reportagem, o professor do Isae – Escola de Negócios, Rafael de Tarso Schroeder, explica tudo sobre esse conceito.

A cultura de inovação também melhora a produtividade e competitividade das empresas, embora isso dependa de diversos fatores. Ao criar um negócio no Brasil, automaticamente se enfrenta uma série de desafios como a carga tributária e burocracia. Ao atuar em um setor como o moveleiro, fatores como mão de obra qualificada, demanda do mercado e cadeia de fornecimento, entre outros, impactam diretamente a competitividade e produtividade.

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A cultura de inovação, parte do princípio de que as pessoas com um modelo mental inovador podem contribuir para que, apesar de todo esse contexto, as organizações tenham processos mais eficientes, produtos com diferencial para o mercado e serviços com atendimento mais humano e focado na experiência do cliente.

“A cultura de inovação não resolve todos os problemas, mas cria o ambiente interno, gera a provocação e oportunidades para contornar ou mitigar os riscos, de apoiar a empresa para alcançar os seus objetivos. O benefício direto da cultura de inovação está em despertar nas equipes aquela ‘pulga atrás da orelha’”, aponta, questionando:

“Como podemos fazer melhor? Será que podemos utilizar essa nova tecnologia para reduzir o nosso trabalho e gerar maior retorno para o negócio? Será que podemos ser mais sustentáveis e reduzir nossa pegada ecológica com esse novo produto? Indiretamente, as empresas que estimulam a inovação e obtém resultados, crescem, são polos de atração de talentos e, com uma boa governança, podem ser negócios atrativos para investidores”, afirma o professor do Isae.

Arquivo Pessoal

Rafael de Tarso Schroeder, professor do Isae

Programas de cultura de inovação na indústria moveleira

A cultura da inovação na indústria moveleira precisa ser cultivada para acontecer de forma orgânica, sistêmica e sustentável sendo cada vez mais autônoma dentro das empresas. Uma empresa alcança isso aplicando os métodos do conceito, mas atingir o resultado desejado depende do nível de maturidade da empresa.

“Algumas empresas nascem com a inovação no sangue, outras é fundamental sensibilizar os líderes, formar e empoderar as pessoas com ferramentas e ciclos de programas de inovação para a evolução acontecer”, afirma Schroeder.

Como avaliador de alguns prêmios de inovação, ele pontua que um caminho para começar e entender o estágio da empresa é participar dessas premiações. Outra ação é integrar a empresa com os agentes de fomento do Sistema S (Sebrae, Senai, Sesi, etc) e, se for necessário, tentar captar recursos para os projetos de maior risco.

Hoje há linhas específicas de inovação da Finep, BNDES, programas que, de forma subsidiada, levam mestres e doutores para as empresas. “Ou seja, é importante tratar a inovação não apenas como um setor, mas uma estratégia de crescimento do negócio”, ressalta.

Nesse caso de buscar um diferencial e fortalecer a cultura, ele destaca um movimento interessante que foi feito pela Fiep no Paraná, focado no setor de moda e que poderia ter algo similar para o setor moveleiro. A plataforma look moda (https://www.lookmoda.com.br/) é um marketplace que procura utilizar tecnologias par aproximar lojistas, indústria e facilitar o processo comercial.

Um exemplo de como movimentos em colaboração com o concorrente podem gerar oportunidades.

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