Efetividade Global do Equipamento na indústria moveleira
Saiba mais sobre OEE na indústria moveleira, os benefícios do cálculo que evidencia as perdas da produção e mostra a efetividade das máquinas
Publicado em 3 de abril de 2023 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo
A Efetividade Global do Equipamento, em inglês Overall Equipment Effectiveness, conhecido pela sigla OEE, foi desenvolvido no Japão em 1960, pelo Japan Institute of Plant Maintenance. Foi criado com o objetivo de controlar as seis perdas que o TPM (Total Productive Maintenance ou Manutenção Produtiva Total), considera interferirem diretamente na eficiência dos equipamentos. Assim, Efetividade Global do Equipamento na indústria moveleira analisa um equipamento ou processo por uma nova perspectiva.
“As perdas, muitas vezes ocultas, passam a ficar mais evidentes, como se uma lupa fosse colocada na produção”, destaca o consultor Walter Rodrigues, facilitador de TPM (Total Productive Maintenance) pelo JIPM (Japan Institute of Plant Maintenance) e de TPM Office (processos administrativos e de prestação de serviços), sobre o maior benefício do OEE – leia mais em reportagem na revista Móbile Fornecedores 325.
Analisando um equipamento ou processo por uma nova perspectiva, o gestor da produção consegue perceber com mais objetividade e clareza, os pontos exatos que precisará concentrar seus esforços e recursos para eliminar as perdas de seu equipamento ou processo. “O OEE permite quantificarmos não somente o desempenho dos equipamentos, mas também ser usado como métrica da melhoria contínua dos equipamentos e processos”, acrescenta Walter.
Atualmente, existem softwares que realizam o cálculo do OEE. Antes de escolher um software, entretanto, é importante verificar se a empresa já trabalha no setor moveleiro ou em processo similar. “Embora o conceito do OEE seja o mesmo, sempre haverá alguma particularidade de cada setor”, pondera o consultor.
OEE na indústria moveleira
Não existe a possibilidade de se ter 100% OEE na indústria moveleira, mas há uma porcentagem considerada para uma boa efetividade do equipamento e da produção em geral.
Para o “pai do TPM” Seiichi Nakajima, a referência de nível mundial do OEE é de 85%, com o índice de tempo operacional maior ou igual a 90%, o de Performance, 95% e Qualidade, 99,9%, tanto para equipamentos como para o processo. “Embora 85% seja um valor aparentemente acessível, em se tratando de OEE, é preciso muito esforço para se chegar a esse patamar”, ressalta Walter.
Para um índice bom de efetividade, não se pode esquecer que os equipamentos de uma fábrica são diferentes e ocupam funções distintas. Com isso, a efetividade ideal de cada um dependerá da importância que ele representa para o processo.
– Como valorizar os colaboradores na indústria
Assim como na gestão da manutenção, os equipamentos são classificados em ‘A’ – Alta Criticidade, ‘B’ – Média Criticidade e “C” – Não críticos, Walter recomenda que a referência de OEE ideal varie também em função dessa classificação, no qual os equipamentos mais críticos tenham uma referência mais elevada do que os menos críticos.
Ademais, é importante as empresas compararem a porcentagem da efetividade do equipamento com as referências de classe mundial do OEE. Na visão de Walter, isso ajuda a não se conformarem com os resultados atuais, por melhores que eles sejam.
Por outro lado, é importante considerar, também, que empresas de classe mundial estão em um patamar superior em vários aspectos, como tecnológicos e humanos. Em função disso, é preciso criar metas factíveis, aumentando gradativamente a cada evolução para que não haja frustração e nem desmotivação das pessoas envolvidas.
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