Indústrias de móveis emitem comunicado para esclarecer alta nos preços
Com apoio da Abimóvel e de sindicatos, indústrias de móveis se justificam de aumento de preços dos móveis apontando os repasses das matérias-primas
Publicado em 15 de março de 2021 | 10:05 |Por: Thiago Rodrigo
As indústrias de móveis e sindicatos moveleiros emitiram um comunicado sobre as dificuldades que estão passando desde o início da pandemia no que se refere a abastecimento de matérias-primas e reajustes no preço de seus produtos.
Segundo o combinado de empresas, o aumento de vendas e dificuldades de produção de insumos no ano passado fizeram com que muitos materiais faltassem na indústria e que alterações de câmbio e de preços afetaram o custo. Assim sendo, “não é justo que a indústria moveleira seja vista como causadora desse problema”, destacam.
Na última semana, o Móbile Talks discutiu com presidentes de sindicatos de móveis os efeitos da falta de matérias-primas e os reajustes de preços dos insumos no setor moveleiro. A conversa teve participação de Irineu Munhoz, presidente do Sima e vice-presidente da Abimóvel, Vinícius Benini, do Sindimóveis, Maic Caneira, presidente do Simm e Ilseo Rafaeli, presidente do Simovale. O presidente do Intersind de Ubá, Áureo Calçado Barbosa também comentou sobre o assunto.
A nota assinada por mais de 102 indústrias de móveis, com apoio de cinco sindicatos, mais Abimóvel e Abicol, aponta que as empresas vêm lutando para equilibrar mercado e produção o tempo todo, com a responsabilidade de manter empregos e empresas saudáveis em meio ao cenário atual.
“Ao contrário do que se pode pensar, as margens das indústrias estão sendo esmagadas entre aumentos de matéria-prima imediatos e repasses nos móveis tardiamente”, aponta a nota. Entre os aumentos de insumos no período, estão 308% no reajuste de TNT, 185% na embalagem de papelão, 160% na espuma, 144% no aço e outros, 129% de produtos químicos e 62% no MDF/MDP cru e revestido.
As empresas buscaram esclarecer o cenário por meio da nota para mostrar que não são “vilãs”, como têm sido tratadas devido aos reajustes. “Reforçamos que não procuramos culpados e nem acusamos, vivemos uma crise mundial que afetou a cadeia moveleira, e o que precisamos agora é diálogo, união e cooperação para a superação”, finaliza a nota. Leia o comunicado na íntegra.