Inflação de móveis registra 15,73% em 2021
Na comparação de dezembro com novembro de 2021, inflação de móveis variou 2,07%
Publicado em 11 de janeiro de 2022 | 11:33 |Por: Thiago Rodrigo
A inflação de móveis em 2021 registrou variação de 15,73% em 2021 no comparativo com 2020. Em 2020, itens de mobiliário havia registrado variação negativa de 3,20%. No mês, foi registrado inflação de 2,07% em dezembro comparado a novembro de 2021.
Artigos de residência teve variação acumulada no ano de 2021 de 12,07%, a terceira maior variação entre os grupos. Os dados da inflação de móveis são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (11) pelo IBGE.
IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano de 2021 se encerrou com variação de 10,06%. Essa é a maior taxa acumulada no ano desde 2015, quando foi de 10,67%, e extrapolou a meta de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2021, cujo teto era de 5,25%.
Em dezembro, o índice subiu 0,73%, 0,22 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,95% registrada em novembro. Em dezembro de 2020, a variação havia sido de 1,35%.
O resultado de 2021 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 p.p.) no acumulado do ano.
– Design de móveis brasileiros
“O grupo dos Transportes foi afetado principalmente pelos combustíveis”, explica o gerente do IPCA, Pedro Kislanov. “Com os sucessivos reajustes nas bombas, a gasolina acumulou alta de 47,49% em 2021. Já o etanol subiu 62,23% e foi influenciado também pela produção de açúcar”, complementa.
Na sequência vieram Habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e Alimentação e bebidas (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.
– Produção de móveis cai em novembro
No grupo Habitação, a principal contribuição (0,98 p.p.) veio da energia elétrica (21,21%). “Ao longo do ano, além dos reajustes tarifários, as bandeiras foram aumentando, culminando na criação de uma nova bandeira de Escassez Hídrica. Isso impactou muito o resultado de energia elétrica, que tem bastante peso no índice”, explica Kislanov. Ele destaca, ainda, no grupo Habitação, o item gás de botijão (36,99%), que subiu em todos os meses de 2021 e teve o segundo maior impacto no grupo, de 0,41 p.p.
Cabe mencionar ainda as variações acumuladas dos grupos Artigos de residência (12,07%) e Vestuário (10,31%). Este último havia sido o único grupo com deflação no ano anterior.
No grupo Alimentação e bebidas, a variação de 7,94% foi menor que a do ano anterior (14,09%), quando contribuiu com o maior impacto entre os grupos pesquisados.
Mês | Variação (%) | ||
Mês | Trimestre | Ano | |
Janeiro | 0,25 | 0,25 | |
Fevereiro | 0,86 | 1,11 | |
Março | 0,93 | 2,05 | 2,05 |
Abril | 0,31 | 2,37 | |
Maio | 0,83 | 3,22 | |
Junho | 0,53 | 1,68 | 3,77 |
Julho | 0,96 | 4,76 | |
Agosto | 0,87 | 5,67 | |
Setembro | 1,16 | 3,02 | 6,90 |
Outubro | 1,25 | 8,24 | |
Novembro | 0,95 | 9,26 | |
Dezembro | 0,73 | 2,96 | 10,06 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |