Produção da indústria moveleira recua -2,5%, indica IBGE
Em março de 2018 a produção do setor moveleiro recuou frente a fevereiro, mas manteve alta acumulada de 8,8% nos últimos 12 meses
Publicado em 3 de maio de 2018 | 11:49 |Por:
Em março de 2018 a produção da indústria moveleira recuou -2,5% frente a fevereiro, segundo a mais recente Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi maior que a média nacional, que regrediu em -0,1%. O setor moveleiro foi um dos 14 ramos, dentre o total de 26 participantes do levantamento, que apresentaram taxas negativas na sondagem.
Os setores de bens de capital (2,1%) e de bens de consumo duráveis (1,0%) mostraram as expansões mais acentuadas em março de 2018 frente ao mês imediatamente anterior. Já bens intermediários, ao recuar 0,7%, assinalou a única taxa negativa nesse mês e marcou o terceiro mês seguido de queda na produção, período em que acumulou redução de 3,9%.
– Confira aqui os indicadores da indústria referentes a fevereiro de 2018
Já na variação percentual mensal, com base no mesmo mês do ano anterior, a indústria de móveis cresceu 7% em março de 2018, ficando abaixo dos índices registrados em fevereiro (7,6%), janeiro (12,2%) e igualando-se a dezembro, que também marcou a 7%. Essa é a 11ª taxa positiva consecutiva conquistada neste tipo de comparação.
Ainda na relação com março de 2017, bens de consumo duráveis (15,8%) e bens de capital (8,3%) assinalaram, em março de 2018, os resultados positivos entre as grandes categorias econômicas. Por outro lado, os segmentos de bens intermediários (-0,2%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,7%) apontaram as taxas negativas nesse mês.
Produção da indústria moveleira acumula maior alta em oito anos
Embora o mês de março em comparação com fevereiro tenha sido de queda na produção da indústria moveleira, o setor registrou, no acumulado dos últimos 12 meses, taxa de crescimento de 8,7%. Trata-se da maior expansão desde que o segmento iniciou a trajetória ascendente em agosto de 2016. É também a maior alta desde fevereiro de 2011, quando o índice chegou a 8,8%.
No percentual acumulado no ano, a produção da indústria moveleira variou 8,9% em março de 2018 com relação ao mesmo período do ano passado. Essa foi a menor taxa registrada neste ano, ficando abaixo de fevereiro (9,9%) e janeiro (12,2%), mas ainda acima do índice final de dezembro de 2017 (4,6%).
A avaliação geral do IBGE para o primeiro semestre de 2018 foi de que “entre as grandes categorias econômicas, os resultados mostraram maior dinamismo para bens de consumo duráveis (16,3%) e bens de capital (10,8%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (13,2%) e eletrodomésticos (26,0%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (21,8%), para construção (56,5%) e de uso misto (18,0%), na segunda. Os setores de bens intermediários (1,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,8%) também acumulara taxas positivas no ano, embora abaixo da média nacional (3,1%)”.