Produção de móveis cai 2,3% em 2021

Depois de 2020 com boom na produção e venda de móveis, produção moveleira não se mantém em 2021 e amarga queda

Publicado em 23 de fevereiro de 2022 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

A produção de móveis em 2021 registrou queda de 2,3% em relação a 2020. Após um início de 2021 com duas altas, a produção moveleira registrou nove resultados negativos ao longo do ano passado em relação ao mês imediatamente anterior, sendo que apenas maio registrou alta perante abriu.

Em relação ao 2020, o primeiro semestre teve altos números de crescimento na produção, isso devido à base de comparação em que as atividades industriais estiveram paradas. No segundo semestre, foram consecutivas quedas devido ao boom de fabricação de mobiliário no segundo semestre de 2020.

Produção de móveis em 2021

Em comparação com o mês de novembro, a produção de móveis de dezembro de 2021 cresceu 0,8%. A comparação do mesmo mês, de 2020, foi de queda acentuada de 25,8%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Indústria geral

Em dezembro de 2021, a produção industrial avançou 2,9% frente a novembro, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, a variação nula (0,0%) havia interrompido cinco meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 3,3%.

Frente a dezembro de 2020, a indústria recuou 5%, quinta taxa negativa nesse tipo de comparação. Na alta de 2,9% da atividade industrial, de novembro para dezembro, as quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento na produção.

No ano, a indústria geral acumulou expansão de 3,9%, interrompendo dois anos consecutivos de queda: 2019 (-1,1%) e 2020 (-4,5%).

O gerente da pesquisa, André Macedo, destaca que o resultado do fechamento do ano reflete a perda de ritmo da indústria no decorrer de 2021. É o primeiro resultado positivo depois de dois anos. Em 2019, o acumulado do ano foi de -1,1% e em 2020, de -4,5%.

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“Em 2021, houve uma característica decrescente ao longo do ano, uma vez que houve ganho acumulado de 13% no primeiro semestre e, posteriormente, o setor industrial mostrou redução de fôlego. Os resultados positivos dos primeiros meses do ano tinham relação com uma base de comparação muito depreciada, já que em 2020 houve perdas bastante intensas para a indústria”, explica.

Já o segundo semestre do ano, cujo resultado acumulado foi de -3,4%, tinha uma base de comparação mais elevada. “Além disso, há os reflexos da pandemia no processo produtivo, como o encarecimento dos custos de produção e falta de matérias-primas, e, pelo lado da demanda doméstica, inflação em patamares mais elevados e o mercado de trabalho que, embora tenha mostrado algum grau de recuperação, ainda é muito caracterizado pela precarização das condições de emprego, com pagamento de salários menores”, diz o pesquisador.

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