Produção de móveis tem leve aumento em abril
Produção de móveis cresce apenas 0,3% em abril em relação ao mês imediatamente anterior, com acumulado do ano de 2,4%
Publicado em 2 de junho de 2023 | 11:38 |Por: Thiago Rodrigo
A produção de móveis em março de 2023, registrou leve aumento de 0,3% comparado ao mês anterior. Na comparação com igual período, abril de 2022, houve queda de 2,6%, após o aumento de 4,2% em março.
No acumulado do ano, a produção de móveis registra 2,4%. Enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, por outro lado, registra queda de 7,4% na produção de móveis, contudo com diminuição frente aos 8%, 10,4% e 12,8% anteriores.
Produção industrial
A produção industrial brasileira recuou 0,6% na passagem de março para abril. A perda de ritmo acontece após o avanço de 1% verificado no mês anterior, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda. Em relação a abril de 2022, a indústria teve retração de 2,7% na sua produção. No ano, acumula queda de 1,0% e, em 12 meses, variação negativa de 0,2%.
Com esses resultados, a indústria ainda se encontra 2% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,5% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.
“Diferentemente dos últimos três meses do ano passado, quando tivemos um saldo positivo acumulado de 1,5%, no início de 2023 há uma maior presença de resultados negativos. Em abril, observamos uma maior disseminação de quedas na produção industrial, alcançando 16 dos 25 ramos industriais investigados. Esse maior espalhamento de resultados negativos não era visto desde outubro de 2022”, analisa o gerente da PIM, André Macedo.
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O setor de máquinas e equipamentos (-9,9%), por sua vez, eliminou o crescimento de 6,7% observado em março. Neste mês, houve queda disseminada nos seus principais grupamentos. Já no caso de veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,6%), depois de apresentar variação nula nos meses de fevereiro e março, houve uma nova redução da atividade. “Automóveis e caminhões, que são os itens de maior peso na atividade, tiveram queda na produção”, afirma André Macedo.
Ele lembra que esse segmento é um exemplo dos efeitos da manutenção de taxa de juros em patamares mais elevados, por conta do encarecimento e da maior dificuldade na concessão do crédito. Taxas de inadimplência elevadas e o maior endividamento das famílias também afetam o setor e o total da indústria. Para além desses fatores, ele cita que permanece “a dificuldade na obtenção de componentes eletrônicos para o setor e, por conta disso, observa-se uma maior frequência de paralisações, reduções de jornadas de trabalho e férias coletivas.”