Redes sociais e a procura por móveis

Brasileiro passa em média 3h42 nas redes sociais em sua maioria procurando informações sobre produtos que deseja comprar, como móveis

Publicado em 9 de janeiro de 2023 | 09:00 |Por: Thiago Rodrigo

As redes sociais cresceram sua base de usuários exponencialmente ao longo das últimas duas décadas. Em janeiro de 2021, eram 4,7 bilhões de pessoas conectadas à internet. Em outras palavras, seis em cada dez pessoas acessaram a rede por meio de computadores, tablets ou smartphones. Quando comparado com o ano anterior, percebe-se um aumento de 316 milhões (7,3%).

No entanto, a Covid-19 impactou significativamente o relato de números de usuários da internet, portanto, os números reais podem ser maiores, conforme aponta o Relatório de Visão Geral Global Digital 2021, produzido em parceria entre a We Are Social e a Hootsuite.

Segundo o relatório, no início de 2021, a população mundial era de 7,83 bilhões de pessoas. As Nações Unidas relatam que esse número está crescendo um por cento ao ano, o que significa que o total global aumentou em mais de 80 milhões de pessoas desde o início de 2020. 66,6% da população mundial usa celular, o que equivale a 5,22 bilhões de pessoas.

Os usuários móveis únicos aumentaram 1,8 por cento (93 milhões) desde janeiro de 2020, enquanto o número total de conexões móveis aumentou 72 milhões (0,9 por cento) para atingir um total de 8,02 bilhões no início de 2021.

Com relação às mídias sociais (Instagram, Facebook, LinkedIn, Twitter etc.) a análise sugere que há mais de meio bilhão de usuários a mais no mundo hoje do que havia no ano passado – representando um crescimento ano a ano de quase 14%.

Para contextualizar, o número de usuários de mídia social aumentou em média mais de 1,4 milhão por dia nos últimos 12 meses, o que equivale a 16,5 novos usuários a cada segundo. Esse rápido crescimento impulsionou o total global para 4,33 bilhões (mais de 55% da população total mundial).

Mídias sociais em número

– 4,33 bilhões de usuários no mundo, ou seja, 55% da população mundial
– 16,5 usuários novos a cada segundo
– 1,4 milhão de usuários novos a cada dia (últimos 12 meses)
– 2h42 é o tempo médio que o brasileiro fica conectado diariamente nas mídias sociais
Fonte: Relatório de Visão Geral Global Digital 2021 – We Are Social e Hootsuite

Comportamento do brasileiro

No total, o usuário médio da internet agora gasta quase 7 horas por dia em todos os dispositivos, o que equivale a mais de 48 horas por semana online. Em outras palavras, dois dias inteiros em cada sete. Brasileiros, contudo, ultrapassam a média mundial. São mais de dez horas por dia online.

Conectado, o internauta passa 2 horas e 25 minutos nas mídias sociais todos os dias, o que equivale a quase um dia de sua vida a cada semana. O valor parece alto? Pois o usuário brasileiro também costuma passar mais tempo que isso.

Enquanto a média mundial é de aproximadamente duas horas e meia nas mídias sociais, o estudo da We Are Social e a Hootsuite mostra que o brasileiro passa 3h42, ficando em terceiro colocado entre os 47 países presentes na pesquisa.

Perspectivas 2023 no varejo

A diferença é de apenas três minutos a menos do segundo (colombianos passam 3h45 minutos nas mídias sociais). Os filipinos ainda são os maiores consumidores mundiais de mídia social, gastando em média 4 horas e 15 minutos por dia usando plataformas sociais – meia hora a mais do que os segundos colocados.

De acordo com o estudo, o Brasil tinha uma população de 213,3 milhões em janeiro de 2021 (aumento 0,7% com relação ao ano anterior). Destes, 160,0 milhões eram utilizadores de internet. O número expandiu 6,4% durante o ano, significando um acréscimo de 9,6 milhões de pessoas entre 2020 e 2021.

A penetração da Internet no Brasil era de 75,0% em janeiro de 2021. Havia 150,0 milhões de usuários de mídia social no Brasil em janeiro de 2021 – aumentou em 10 milhões (+ 7,1%) entre 2020 e 2021. O número de usuários de mídias sociais no Brasil era equivalente a 70,3% da população total em janeiro de 2021.

Influenciadores digitais

Uma estratégia comum nas mídias digitais é a presença dos chamados influenciadores digitais, os quais exercem um enorme poder sobre outros milhões de brasileiros.

Tal fato se dá devido à comunicação de uma marca querer representar a audiência, ter uma imagem mais próxima da realidade para que as pessoas se relacionem com o produto ou serviço.

As celebridades da internet cresceram tanto que invadiram o espaço de outras mídias, como a televisão. Associar-se à influenciadores do ramo de design de interiores ou decoração pode ser uma ação que dê resultados para sua marcenaria.

Conquistar com conteúdo

Se as pessoas estão bastante tempo nas redes sociais, estar onde ela estão é uma medida que pode ser muito eficaz para a marcenaria. Mas engana-se que é uma tarefa simples, sendo algo que deve ser feito com muito cuidado, qualidade, tempo e conteúdo.

Afinal, encontrar informações é a principal razão pela qual as pessoas ficam online, de acordo com a pesquisa, com quase dois terços dos usuários da internet em todo o mundo dizendo que esta é uma de suas principais motivações, relevou o estudo.

Mas talvez a tendência mais interessante na evolução dos comportamentos de busca seja o aumento da busca social. Aproximadamente 45% dos usuários globais da internet agora dizem que recorrem às redes sociais quando procuram informações sobre produtos ou serviços que estão pensando em comprar. É aí que ela pode encontrar o seu móvel produzido pela sua marcenaria.

Na questão do favoritismo, a pesquisa também envolveu uma série de perguntas a milhares de participantes entre 18 e 64 anos ao redor do mundo. Com exceção da China, visto que a principal rede do país é o Weibo — o WhatsApp foi campeão dentre as mais utilizadas numa frequência diária.

24,1% dos internautas apontaram o mensageiro como seu aplicativo favorito, seguido do Facebook (21,8%) e Instagram (18,4%). Com isso, conclui-se que as redes sociais de Mark Zuckerberg são dominantes no mercado de redes sociais, contando com uso frequente de mais de 61% das pessoas conectadas.

O TikTok estar entre os apps menos populares, como Twitter e Facebook Messenger, pode se explicar devido ao público exclusivamente maior de idade da pesquisa, enquanto a esmagadora maioria dos usuários da rede social de Zhang Yiming se encontra abaixo da faixa dos 24 anos.

Ascensão do e-commerce

Uma das histórias digitais de destaque em 2020 foi a ascensão do comércio eletrônico, com a pandemia de Covid-19 levando consumidores em todo o mundo a abraçar as compras online. Em nível global, quase 77% dos usuários da internet com idade entre 16 e 64 anos agora dizem que compram algo online a cada mês.

De fato, os resultados da pesquisa da We Are Social e a Hootsuite vão de encontro com a 43ª edição da Webshoppers – considerado um dos relatórios mais relevantes no que tange comércio eletrônico, realizado pela Ebit/Nielsen). De acordo com ele, foram 13 milhões de new shoppers em 2020. O ano encerrou com o e-commerce chegando à marca histórica de mais de R$87 Bi em vendas.

Estratégias das empresas

Diante de números tão expressivos é redundante questionar qual a necessidade das marcenarias investirem em mídias sociais. A consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae/PR), Bianca Becker é enfática:

“O mundo hoje é digital. Se você não fizer parte deste movimento de digitalização, você está fora, simples assim. Os consumidores estão cada vez mais visuais; antes de efetuar uma compra vão para o Google, Instagram, sites para saber mais sobre o produto e a loja que vende o produto. Já pensou alguém pesquisando sobre sua loja e não encontrando nenhuma informação? Qual credibilidade isso passa?”.

Para ela, a chave é que o digital seja aliado ao presencial. “Hoje existem vários tipos de consumidores. Os que preferem comprar 100% online e os que preferem ir até a loja. O objetivo deve ser que uma estratégia complemente a outra, que seja um ciclo do digital para a física e vice-versa”, afirma.

Os caminhos possíveis para aumentar as vendas no digital são muitos. “Um e-commerce, um perfil no Instagram, vender em marketplaces, investir em busca paga no Google, fazer vídeos para o Youtube.

Atualmente, o Instagram segue como queridinho do momento; uma plataforma dinâmica e visual, capaz de escalar sua empresa e te levar a outros patamares. Existem ainda os posts patrocinados no Facebook e Instagram, no qual você poderá escolher para quem o seu anúncio irá aparecer investindo alguns reais por dia”, comenta e adianta que uma tendência em 2021, são as lives commerces.

“Empreendedores estão fazendo lives em suas redes, mostrando ao vivo seu portifólio e fazendo vendas online! É uma ótima alternativa para aumentar as vendas, gerar conexão e engajamento com o público”, pondera a consultora do Sebrae.

Reportagem publicada originalmente na Móbile Fornecedores 311

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