SCM demonstra inovações em máquinas em Open House
Fabricante de São Bento do Sul (SC) apresenta inovações em máquinas para indústria moveleira e marcenaria em dois dias de evento
Publicado em 5 de fevereiro de 2024 | 11:00 |Por: Thiago Rodrigo
Entre os dias 1 e 2 de fevereiro, a SCM abriu suas portas em sua sede em São Bento do Sul (SC) para mais uma edição do Open House SCM. No evento, cerca de 300 empresários moveleiros, sejam fabricantes de móveis ou marcenarias, de todas as regiões do Brasil e de países como Argentina, Chile, Itália, Peru e Paraguai, marcaram presença para conferir as inovações tecnológicas em maquinário para madeira e móveis que a marca oferece.
Antes, durante entre os dias 29 e 31 de janeiro, a SCM realizou sua Convenção de Vendas para rever números de 2023, metas para 2024 e apresentar para o time de venda, composto por 60 pessoas, os lançamentos de máquinas neste ano, contando com a presença online do pessoal da matriz da SCM na Itália.
Segundo o gerente comercial, Tiago Costa, os dois dias foram bastante produtivos, principalmente com as 200 pessoas recebidas no primeiro dia. “Focamos bastante em novidades, ainda não são todas que apresentaremos este ano, ao longo do ano teremos novos produtos”, adianta.
Inovações em máquinas para indústria moveleira
No Open House SCM, o maior destaque ficou por conta do Centro de Usinagem Nesting Pratika 280. Outra máquina de interesse é o Centro de Usinagem Morbidelli m200, máquina importada de cinco eixos com setup eletrônico. “É uma tecnologia atual lá fora, que estamos trazendo para cá com preço competitivo”, enaltece Costa.
Em coladeiras de bordas, a Stefani KD tem maior nível tecnológico. Contudo, o que foi demonstrado no evento, de forma geral, é a cada vez maior presença de componentes eletrônicos nas máquinas. Isso garante menos dependência humana para ajustes e setups, garantindo mais flexibilidade nas máquinas.
– Produção de móveis termina 2023 com leve queda
Por exemplo, em uma coladeira de bordas que está executando a colagem de fita de borda de 0,45 mm, nas máquinas tradicionais, ao trocar dessa espessura para 1 mm, para a máquina, troca a fita e regula os grupos de colagem para a nova fita. “A dependência de mão de obra qualificada é maior, tem de ter um operador experiente e atualizado, algo que as empresas têm problemas com mão de obra qualificada, porque é difícil encontrar ou por alto turnover”, explica o gerente.
Para isso, a SCM coloca motores que são controlados pelo computador da máquina. “Assim, o operador digita a medida e o motor posiciona o grupo onde ele tem que ficar para trabalhar. Todo esse setup começa a ser feito pela própria máquina. Deixamos as configurações salvas e o operador só programa, ficando mais rápido e menos dependente do homem”, assinala o gerente da SCM, que ressalta que o custo-benefício se paga: “com os programadores eletrônicos, em um setup rápido na coladeira de borda, o operador faz em três minutos, mas sendo eletrônico não leva dez segundos”.
Mais flexibilidade e menos dependência
A SCM procurou atender algumas dores da indústria moveleira e a primeira delas é a flexibilidade. “As grandes indústrias seriadas nos polos de Arapongas, Ubá, Linhares, Mirassol, São Bento do Sul, Bento Gonçalves, que são empresas com volume muito grande de produção, cada vez mais os lotes estão reduzindo porque para as empresas serem competitivas, elas têm um catálogo imenso de produtos, com 30 modelos de produtos com 15 cores, cada um em uma escala diferente”, exemplifica Costa.
Ele prossegue contando que muitas dessas indústrias, para conseguirem serem competitivas, precisam fazer lotes muito grandes, porque senão gastam mais tempo fazendo setup do que produzindo. Mesmo que não esteja vendido, faziam o lote de produção, armazenavam e tentavam vender, mobilizando um investimento alto para ser competitivo. “Antes, vendiam para as redes de lojas 200 desse, 150 desse, mas agora com, principalmente, os e-commerces, é dois desses, três daquele, então a variedade aumentou e os lotes diminuíram, o que requer flexibilidade na produção”, afirma Costa, salientando que a SCM oferece máquinas flexíveis para essa nova realidade.
Outra carência das fábricas de móveis é a mão de obra. “As empresas estão tendo muito turnover de mão de obra, cada vez mais difícil achar mão de obra qualificada, muitos empresários querem formar mão de obra, mas não encontram gente interessada”, diz o gerente. Então, quanto mais os processos depender menos de pessoas, melhora nesse sentido. “Não quer dizer que as máquinas vão substituir as pessoas, mas ter setups mais rápidos, como o exemplo nas coladeiras de borda, com equipamentos mais flexíveis, melhora a competitividade da empresa”, aponta.
Todas as máquinas apresentadas, de acordo com ele, foram exemplo de produtividade, desde as pequenas da linha Minimax e outras com performance industriais, seja para grande indústria ou pequena marcenaria, além de máquinas para madeira. “Temos coladeira para indústria, mas muitas para marcenaria. O Centro de Usinagem Nesting é para marcenaria, o m200 também pode servir para marcenaria em média ou grande empresa. A Balestrini é para componentes em cadeiras, estamos com mix bem amplo e abrangente”, define.
No evento, também esteve presente empresas parceiras da SCM, com produtos complementares às tecnologias em máquinas, como a SKA com software AlphaCam, a Promob e CorteCloud, do mesmo segmento. As empresas ajudam a desmitificar o processo de industrialização dos clientes.
“Os marceneiros têm um software, mas não sabem se fazem comunicação com a máquina. Disponibilizamos toda a parte documental caso uma software house queira fazer a comunicação com nossas máquinas, mas a parte de software e como exportam isso até chegar na máquina, é responsabilidade de quem tiver o software e convidamos eles para participarem para caso tenham um cliente com dúvida, eles explicam”, pontua Costa.
O gerente finaliza salientando o incentivo da visita dos empresários no Open House, pois muitas vezes os representantes de vendas da SCM vão aos clientes, mas eles não conseguem mensurar o que está por trás dos representantes. Com uma grande capacidade de atender o mercado moveleiro e grande estrutura física, a empresa tem mais de 160 funcionários diretos, além de 80 técnicos e 50 representantes prestadores de serviços, com total de 300 colaboradores em todo Brasil. “É um fator competitivo para nós, quando eles conhecem nossa estrutura, então é muito proveitosa e positiva essa atividade”, define.