Confiança do comércio cresce na capital paulista em janeiro

Indicador do FecomercioSP demonstra alta de 1,8% na confiança do comério em relação a dezembro, influenciado pela melhora da percepção atual e pela adequação dos estoques

Publicado em 6 de fevereiro de 2024 | 08:19 |Por: Júlia Magalhães

A confiança do comércio apresentou sinais positivos no início do ano, com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrando um aumento de 1,8% em janeiro em comparação ao mês anterior.

Este indicador, conduzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), reflete as impressões dos comerciantes de São Paulo sobre o cenário atual do seu segmento, de suas próprias empresas e da economia nacional. O crescimento observado foi principalmente impulsionado pela percepção positiva sobre o momento atual e pela adequação dos estoques.

Com essa elevação, o ICEC atingiu 108 pontos, superando os 106,1 pontos de dezembro. No entanto, a comparação anual mostra uma redução de 5,2% no índice, indicando que, apesar dos ganhos mensais, existe uma visão geralmente desfavorável entre os empresários, o que pode sugerir um início de ano com crescimento econômico mais moderado.

A FecomercioSP sugere que, embora haja avanços macroeconômicos, esses benefícios ainda não são plenamente percebidos pelos comerciantes no dia a dia.

Confiança do comércio: entenda o ICEC

O ICEC é dividido em três subíndices. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) mostrou um significativo aumento de 9% em comparação ao mês anterior, contribuindo majoritariamente para o resultado global positivo.

Por outro lado, o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) e o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) registraram quedas de 0,3% e 0,9%, respectivamente.

Em uma análise anual, todos os três subíndices exibiram declínios, com reduções de 15,6% no ICAEC, 0,4% no IEEC e 1,5% no IIEC, respectivamente.

Divulgação FecomercioSP

Índice de Expansão do Comércio (IEC)

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) reflete uma diminuição nas intenções dos empresários de expandir seus negócios, incluindo contratações, aquisições de máquinas ou equipamentos, e abertura de novas lojas, com uma retração de 1% no primeiro mês do ano, de acordo com o estudo da FecomercioSP.

Esse recuo levou o IEC de 106,4 pontos em dezembro para 105,3 pontos. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o indicador sofreu uma queda de 5,1%. Especificamente, o subíndice que avalia as expectativas para a contratação de novos funcionários caiu 1,6%, enquanto o nível de investimento das empresas teve uma leve redução de 0,3%.

Em uma análise anual, ambos os indicadores apresentaram declínios, com quedas de 4,7% e 5,5%, respectivamente.

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Índice de Estoques (IE)

Por outro lado, o Índice de Estoques (IE) mostrou uma tendência positiva em janeiro, com um aumento de 4,7%, reforçando sua contribuição para a melhoria na confiança dos empresários.

O índice subiu de 112,4 pontos em dezembro para 117,6 pontos, indicando um crescimento também em comparação com o mesmo mês do ano passado, onde registrou um aumento de 2,7%. A proporção de empresários que consideram os seus estoques em um nível adequado cresceu 2,6%, superando os que reportaram inadequação, com 58,8% contra 41,2%, respectivamente.

Dentro deste contexto, houve uma redução de 1% na parcela de empresários que reportaram ter estoques acima do desejado, totalizando 23,1%, e uma contração de 1,6% naqueles que sentiram seus estoques abaixo do necessário, chegando a 18,1% no início do ano.

A visão do FecomercioSP

Diante destes cenários, a FecomercioSP aconselha os empresários a adotarem estratégias focadas na superação dos obstáculos atuais. Isso inclui manter um gerenciamento cuidadoso do fluxo de caixa, exercer prudência no enfrentamento de endividamentos e inadimplências, e considerar a extensão dos prazos de dívidas como uma forma de proteger o orçamento empresarial.

Além disso, enfatiza a importância de manter custos fixos reduzidos, assegurar um estoque ajustado para minimizar a necessidade de capital de giro, respeitar a margem de contribuição dos produtos evitando vendas prejudiciais ao lucro, e seguir um ciclo financeiro bem estruturado como metas essenciais para os empresários, conforme orientação da Federação.

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