Exportações de móveis e colchões no 1º semestre de 2022

Abimóvel divulga dados preliminares das exportações de móveis e colchões no primeiro semestre de 2022, que atingiram US$ 74,6 milhões em junho

Publicado em 24 de agosto de 2022 | 08:38 |Por: Thiago Rodrigo

As exportações de móveis e colchões pela indústria brasileira recuaram 1,5% no acumulado do primeiro semestre deste ano em relação aos seis primeiros meses de 2021, uma das bases comparativas mais expressivas da história. Em junho de 2022, estima-se que o País tenha exportado cerca de US$ 74,6 milhões (FOB) em produtos acabados. O resultado representa um avanço de aproximadamente 2,5% quando comparado com igual período no ano passado. Demonstra, dessa maneira, um desempenho otimista.

Cenário que fica ainda mais claro ao analisar a variação dos últimos 12 meses, que valida o progresso da indústria brasileira na exportação de móveis e colchões, ao crescer cerca de 16% no acumulado do período sobre igual base comparativa no ano passado.

Os indicadores são extraídos da “Conjuntura de Móveis” e do “Monitoramento das Exportações de Móveis”, relatórios mensais desenvolvidos pelo Iemi – Inteligência de Mercado com exclusividade para a Abimóvel – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário, que, em parceria com a ApexBrasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, é também responsável pelo Projeto Setorial Brazilian Furniture, de incremento às exportações e à internacionalização do design e da indústria moveleira nacional.exportações de móveis e colchões

Exportações moveleiras por linha de produto

Por linha de produto, resultados preliminares apontam que o segmento de móveis de madeira continua sendo o principal carro-chefe da indústria brasileira do mobiliário no mercado internacional, representando 82,7% do total exportado pelo setor, isto é, cerca de US$ 59,3 milhões (FOB).

Brazilian Furniture concretiza negócios no Peru

A segunda maior participação foi da linha de móveis estofados, com uma parcela de 12,4%. Por fim, móveis de metal e colchões tiveram uma participação de 2,6% e 2,3% respectivamente.

Na variação mensal observou-se que dois segmentos apresentaram crescimento em junho deste ano quando comparados com os resultados de junho de 2021: a venda internacional de estofados brasileiros cresceu 26,9% na comparação; enquanto a de móveis de metal mostrou-se 18% superior neste ano. Nota-se queda, contudo, nos segmentos de móveis de madeira (-1%) e de colchões (-5%).

Destinos das exportações de móveis e colchões

Quando falamos nos principais destinos desses móveis e colchões exportados em junho, os Estados Unidos vêm ampliando ainda mais sua participação, recebendo 43,3% do total exportado pelo Brasil no setor.

Apenas no sexto mês do ano foram exportados mais de US$ 31 milhões em produtos acabados para o país. Com isso, houve aumento de 58,6% na variação mensal, de 9,9% no acumulado do ano e crescimento de 15,9% nos últimos 12 meses. Agora na segunda posição no ranking dos principais destinos, o Uruguai recebeu 7,4% dos móveis brasileiros exportados em junho.

Na comparação mensal, contudo, o destaque foi o Canadá, com um crescimento de 271,3%. Apesar do país não ter um grande peso em termos de participação, isto é, 2,8%, o avanço indica, entre outras questões, o sucesso de ações como a Casa Brasil Nova York e a Missão Comercial Las Vegas, que ocorreram neste ano nos Estados Unidos, por meio do Projeto Setorial Brazilian Furniture, tendo como principais mercados-alvo os países norte-americanos.

Veja mais resultados prévios das exportações de móveis e colchões em outros grandes mercados no primeiro semestre de 2022:
– Para a Alemanha houve aumento de 20,6% na variação mensal. No acumulado do ano, o crescimento foi de 60,6% e aumento de 26,6% nos últimos 12 meses.
– Para a Arábia Saudita houve aumento de 32,7% na variação mensal, queda no acumulado do ano de 6,3% e crescimento de 104,0% nos últimos doze meses.
– As exportações para o Chile apresentaram queda de 46,7% na variação mensal. No acumulado do ano, o recuo foi de 26,7% e nos últimos 12 meses houve aumento de 30,1%.
– Para a Colômbia houve recuo de 52,3% na variação mensal, queda de 18,0% no acumulado do ano e crescimento de 21,5% nos últimos 12 meses.
– Para os Emirados Árabes Unidos foi registrado um aumento de 2,9% na variação mensal das exportações, crescimento de 56,2% no acumulado do ano e aumento de 77,0% nos últimos 12 meses.
– Para o México houve recuo de 48,3% na variação mensal, crescimento de 5,6% no acumulado do ano e aumento de 14,9% nos últimos doze meses.
– Para o Panamá observou-se um recuo de 5,8% na variação mensal, queda de 3,1% no acumulado do ano e crescimento de 65,6% nos 12 meses.
– O Peru apresentou recuo de 53,8% na variação mensal, queda de 34,9% no acumulado do ano e recuo de 3,1% nos últimos 12 meses.
– Por fim, para o Reino Unido houve recuo de 29,6% na variação mensal. No acumulado do ano houve uma queda de 12,9%. Já nos últimos 12 meses houve recuo de 1,9%.

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