Produção industrial varia -0,6% no mês de junho

17 dos 26 ramos pesquisados registraram queda em junho, segundo Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Brasil

Publicado em 5 de agosto de 2019 | 08:50 |Por: Júlia Magalhães

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Brasil, a produção industrial teve queda em junho. O mês, frente a maio, recuou 0,6% (série com ajuste sazonal). Configurou, portanto, o segundo resultado negativo consecutivo.

A perda acumulada nesse período foi de 0,7%. Em comparação com junho de 2018, na série sem ajuste sazonal, a indústria recuou 5,9%. Anteriormente, havia registrado crescimento de 7,4% em maio. Mês que interrompeu dois consecutivos de queda: março (-6,2%) e abril (-3,9%).

A pesquisa revela que o setor industrial retraiu 1,6% nos seis primeiros meses do ano. Já o acumulado dos últimos doze meses foi de -0,8%. Os dados mostram perda de ritmo frente ao resultado de maio (0,0%). Além disso, o setor permaneceu com a trajetória predominantemente descendente iniciada em julho de 2018 (3,3%).

Produção industrial

17 dos 26 ramos registraram queda em junho

Entre as 17 atividades que puxaram a produção para baixo, na comparação com maio, estão produtos alimentícios (-2,1%), máquinas e equipamentos (-6,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-1,7%).

Essas três atividades representam cerca de um terço da produção total e seguiram o comportamento da indústria, com seu segundo mês de queda. De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, são segmentos importantes que precisam de uma demanda doméstica mais fortalecida. “Eles são diretamente afetados por um mercado de trabalho ainda longe de uma recuperação consistente”, explica.

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Ainda em relação ao mês anterior, houve perdas em todas as grandes categorias econômicas, sendo a mais intensa de 1,2% em bens de consumo semi e não duráveis. As demais taxas negativas foram em bens de consumo duráveis (-0,6%), de capital (-0,4%) e intermediários (-0,3%).

Média móvel trimestral

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral mostrou variação de -0,1% no trimestre encerrado em junho. Desta forma, manteve a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018.
Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (-0,2%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) apontaram as taxas negativas.

Bens intermediários registrou o quinto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 3,4%. Já bens de consumo semi e não-duráveis, voltou a recuar após crescer em abril (0,8%) e maio (0,1%).

Contudo, os setores produtores de bens de capital (1,1%) e de bens de consumo duráveis (0,2%) assinalaram os avanços de junho de 2019. Bens de capital marcou o quarto mês seguido de crescimento, acumulando expansão de 7,1% nesse período. Bens de consumo duráveis permaneceu com a trajetória ascendente iniciada em janeiro de 2019.

Produção industrial em relação a junho de 2018

Na comparação com junho de 2018, a indústria caiu 5,9%, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas. Ou seja, 20 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 61,2% dos 805 produtos pesquisados. Junho de 2019 (19 dias) teve dois dias úteis a menos do que junho de 2018 (21).

Entre as atividades, indústrias extrativas (-16,3%) exerceu a maior influência negativa. Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram ampliação na produção, as principais influências foram: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,9%), impressão e reprodução de gravações (11,2%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,2%).

(com informações de assessoria)

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