Live commerce deve movimentar meio trilhão de dólares até 2023
Nas últimas décadas, a China vem ditando moda e alterando o comportamento de consumo. Um exemplo, é a chamada estratégia de live commerce
Publicado em 27 de setembro de 2022 | 07:58 |Por: Everton Lima
Também conhecida como “Shopstreaming “ou “live shopping”, a live commerce surgiu em 2020, na China. Trata-se de uma ação muito parecida com aquela adotada nos canais de televendas. Nessa estratégia de marketing, a empresa oferece algum entretenimento ao espectador, assim como nos programas de TV. Contudo, as pessoas focam mesmo é nas promoções e lançamentos de produtos.
De acordo com um estudo da Wunderman Thompson, as live commerces devem movimentar US$500 bilhões até 2023, impulsionando ainda mais o comércio eletrônico em todo mundo, incluindo o Brasil.
Live commerce no Brasil
A marca pioneira em live commerce no Brasil foi a B2W Digital que engloba as marcas: Americanas, Americanas Empresas, Submarino, Shoptime e o site Sou Barato, isso ainda em 2020. Depois dela, outras gigantes do varejo também apostaram nesse tipo de ação de marketing. Neste ano, as Casas Bahia fizeram sua primeira live commerce pelo aplicativo.
“Com o Live Commerce o lojista consegue apresentar e vender produtos em um único ambiente totalmente gamificado. O Brasil ainda está avançando nessa modalidade, já que, diferente da China que concentra tudo em uma única plataforma, aqui ainda temos que usar mais de um recurso, a plataforma de transmissão ao vivo é um canal, mas ainda precisamos realizar a conclusão da compra em outro local, geralmente no app da empresa”, explicou Alexandre Nogueira, CEO da Universidade Marketplaces e consultor oficial de grandes marketplaces como o Mercado Livre.
Disputa acirrada pelas plataformas digitais
A transmissão dessas lives pode ocorrer pelas redes sociais ou pelos aplicativos da própria marca. Isso tem gerado uma disputa entre as empresas de tecnologia, como Meta, Google e TikTok para se destacarem como a melhor solução para transmissão de lives.
Nesse sentido, o lojista deve entender quais são os canais usados pelo seu público, usando a ferramenta que o seu cliente já conhece. Isso reduz os riscos de rejeição à live commerce.
Ademais, os empresários não podem se esquecer de que essa ação exige investimento pesado em qualidade de som, imagem e transmissão. A empresa ainda deve oferecer entretenimento para engajar a audiência de potenciais consumidores.
Em um estudo publicado neste ano, a Globo dá dicas para que os empreendedores criem lives que sejam interessantes aos espectadores. “A apresentação deve interagir com a audiência no chat, ser divertida e entregar algo relevante ao público. O layout/cenário da live é fundamental também para atrair o olhar e estimular o interesse nos produtos apresentados”, sugere a líder de audiência no Brasil.
Na Lojista 392, trazemos uma reportagem completa analisando o cenário de live commerce no Brasil, incluindo um estudo que avaliou o impacto dessa estratégia em uma cidade do interior brasileiro. Não perca!
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