O mercado moveleiro de São Paulo ainda vale a pena?

Focar no mercado moveleiro de São Paulo ainda é um bom negócio ou já não compensa mais? Acesse e descubra!

Publicado em 16 de março de 2023 | 08:02 |Por: Júlia Magalhães

É inegável o quanto a capital paulista se consolidou como um polo importante para a economia brasileira, mas será que o mercado moveleiro de São Paulo ainda tem potencial para ser explorado?

De acordo com os números da Secretaria Especial de Comunicação de São Paulo com base em combinações de estudos estatísticos recentes, as perspectivas são positivas, afinal, a cidade possui cerca de 13 milhões de pessoas das mais diversas faixas de renda em seu mercado consumidor, além de mais de duas mil empresas varejistas instaladas.

Outro fator que vale considerar, é que ela está em primeiro lugar em mercados de comércio e imobiliário no levantamento “Melhores Cidades para Fazer Negócios”, elaborado pela consultoria Urban Systems e publicado pela revista Exame.

Histórico do mercado moveleiro de São Paulo demonstra a sua relevância para todo o segmento

Tanto o varejo, quanto o setor moveleiro, encontraram em São Paulo oportunidades que, posteriormente, marcaram a trajetória de ambos os setores.

Confira a linha do tempo que preparamos e observe a evolução desde a década de 1950:

50’s – Primeira loja Pontofrio aberta no Rio de Janeiro. Já na primeira década, expandiu para MG

1957 – 1ª loja – Casa Bahia, em São Caetano do Sul (SP)

1957 – Inauguração da loja “A Cristaleira”, em Franca (SP), que viria a se tornar Magazine Luiza

1959 – A Casa Casa de Bicicletas Zanni e Dalla Vecchia inaugurada em 1952 começa a vender eletrodomésticos. Era o primeiro caminho para se tornar Lojas CEM

60’s – Começam as atividades da Cybelar no varejo para escoar a produção local da Marcenaria Sant’Anna fundada em 1950

70’s – A Cybelar passa a dedicar-se exclusivamente ao varejo, que já incluía outros produtos para a casa

1970 – A Casas Bahia lança o Slogan Dedicação Total a Você

1976 – O Grupo Zema começou a atuar no varejo de eletrodomésticos

1976 – O nome Centro dos Eletrodomésticos e Móveis (CEM) foi adotado pela Bicicletas Zanni e Dalla Vecchia

1976 – Após primeira loja de departamentos, das Lojas Mercantil (Magazine Luiza)

1980 – Fundada a primeira loja Eletrosom em Monte Carmelo (MG)

1983 – Expansão do Magazine Luiza para fora de SP, chegando ao Triângulo Mineiro

1986 – Primeira loja com o nome Marabraz na Vila Nova Cachoeirinha, antes Credi Fares (1972)

1989 – Início das atividades da Ricardo Eletro no interior de MG

1991 – Início de investimento maior do Grupo Zema no varejo do setor

1991 – Reestruturação societária do Magazine Luiza – assume Luiza Trajano 

1998 – A Eletrozema chega ao marco de 40 lojas, e o varejo de móveis e eletrodomésticos passou a ser o maior negócio do grupo

1999 – A Pontofrio com a compra 22 lojas Kit Eletro começa a expansão para MG

2002 – Primeira loja da Ricardo Eletro fora de MG, no Espírito Santo

2007 – Com a compra das Lojas Mig (86 novas lojas), Ricardo Eletro chega no Centro-oeste e no interior de SP

2008 – Expansão da Ricardo Eletro para o RJ, com 13 lojas na capital e cidades próximas

2008 – Abertura simultânea de 46 lojas Magazine Luiza na cidade de SP

2010 – Nasce a Máquina de Vendas, holding formada pela união das varejistas Ricardo Eletro, Insinuante, City Lar, EletroShopping e Salfer

2010 – Escritório de negócios do Magazine Luiza é aberto em SP, no mesmo prédio da Loja-conceito, na Marginal Tietê

2012 – Cybelar compra de 65 lojas das Lojas Colombo em São Paulo e Sul de Minas Gerais

2013 – Expansão da Eletrosom para o ES, com a aquisição de 27 lojas

2014 – Cyberlar Compra de seis lojas da Via Varejo em São Paulo

2018 – Magazine Luiza torna-se Magalu, trazendo ao varejo o posicionamento de plataforma digital com alcance territorial substancial

2020 e 2021 – pandemia de Covid-19 em alta no Brasil, afetando drasticamente todos os segmentos e acelerando intensamente a implementação dos comércios eletrônicos

2022 – Lojas MM, considerada atualmente uma das maiores do varejo de móveis, expande a atuação em São Paulo com abertura de nova filial, totalizando mais de 200 unidades pelo Brasil

2023 – Ricardo Eletro planeja retorno ao varejo físico. A empresa projeta a retomada começando por MG. As novas operações estarão sob a marca “Nossa Eletro”

Atualidade e o que esperar do futuro

Nos dois anos latentes de pandemia o mercado moveleiro teve um “boom” e apresentou o maior crescimento frente a todos os outros segmentos, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De 2022 para cá, no entanto, o desenvolvimento foi discreto, mas não o suficiente para tirar o posto de São Paulo como o estado com maior número de unidades produtoras, de pessoal ocupado e de produção de móveis e colchões do país (dados do Brasil Móveis 2022).

Dessa forma, o cenário segue sendo considerado promissor para quem deseja estabelecer um ponto de venda na capital, sem deixar de ter no radar a relevância cada vez maior do comércio virtual, sobretudo, os marketplaces, que têm um crescimento estimado de mais de 54% até 2024.

Quer saber mais? Acesse a última edição (395) da revista Móbile Lojista e confira o editorial completo sobre o mercado moveleiro de São Paulo.

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