Segunda onda de covid-19 leva consumidor a comprar on-line

Mais de 75% dos consumidores farão compras online na Black Friday por medo da segunda onda de covid-19 no Brasil. 

Publicado em 25 de novembro de 2020 | 07:15 |Por: Cleide de Paula

Segundo pesquisa inédita da consultoria Conversion, especializada em SEO para negócios digitais, mais de 75% dos consumidores farão compras on-line na Black Friday deste ano por medo de uma possível segunda onda da covid-19, incluindo acesso às lojas virtuais e aos aplicativos.

– Black Friday 2020: o que vai levar o consumidor às lojas?

De acordo com o estudo, que ouviu este mês cerca de 400 brasileiros sobre hábitos de consumo, comportamentos e preocupações para a primeira Black Friday com isolamento social, a restrição de circulação pela parcela da população que se encaixa nos grupos de risco da doença e a abertura ainda parcial do comércio físico também são fatores determinantes para mais consumidores estarem predispostos a participar do evento somente pela internet.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, apesar da gradual reabertura dos estabelecimentos e da progressiva retomada econômica ter acontecido em muitos países, incluindo o Brasil, os impactos da pandemia ainda são muito significativos. “A pandemia do novo coronavírus trouxe um panorama extraordinário para o comércio eletrônico em todo o mundo. No Brasil, junto com o amadurecimento dos negócios on-line, o próprio consumidor se transformou: os brasileiros estão hoje mais determinados a trazer as compras on-line para a suas novas rotinas e assim se sentirem mais protegidos”, comenta.

Como geralmente acontece ano após ano, em 2020, o número de consumidores que pretendem fazer alguma compra no evento aumentou. Segundo a pesquisa, cerca de 90,4% dos respondentes disseram que já compraram ou pretendem comprar na Black Friday de 2020, já que as promoções começam muito antes da última sexta-feira de novembro, com algumas lojas que lançaram as ofertas ainda em outubro.

Com relação a 2019, houve um aumento de quase seis pontos percentuais no número de brasileiros que confirmaram suas intenções de compra para este mês, saltando de 84% no ano passado para 90% em 2020. “Este aumento pode ser compreendido como um reflexo do boom de crescimento registrado pelo comércio eletrônico após o início do isolamento social, no segundo trimestre de 2020, quando muitos consumidores que não eram necessariamente adeptos das compras on-line passaram a dispor desta ferramenta”, ressalta Ivo.

A pesquisa mostra ainda que mais da metade dos consumidores pretende aproveitar a Black Friday para comprar algum item de proteção contra a COVID-19. E cerca de 83% dos respondentes afirmaram que vão aproveitar o evento para fazer compras de Natal.

Do total da população que pretende comprar na Black Friday, metade afirmou que comprará algum presente para seu cônjuge e, 45%, para seus filhos.

Eletrodomésticos dominam as intenções de consumo

Entre os produtos de maior interesse dos consumidores, eletrônicos e eletrodomésticos somam 60% das intenções de compra, seguidos por celulares, com 59%.

“A Black Friday deste ano será um marco não apenas pelos recordes de vendas, mas pela grande mudança de hábitos que vemos e pelo surgimento do que chamamos de novo consumidor, que é mais digital do que nunca”, explica o CEO da Conversion

 

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