Varejo em 2023: tendências e inovações
É fundamental que as empresas atuantes na área fiquem sempre muito atentas e alinhadas às novas demandas e tendências para o varejo em 2023
Publicado em 24 de fevereiro de 2023 | 16:47 |Por: Júlia Magalhães
Em constante transformação, o setor varejista é um dos mais impactantes para a economia global. Responsável por um grande volume na geração de emprego e movimentação de renda, o segmento se espelha nas mudanças no mercado e, principalmente, no comportamento do consumidor. Sendo assim, é fundamental que as empresas atuantes na área fiquem sempre muito atentas e alinhadas às novas demandas e tendências para o varejo em 2023.
O NRF Retail’s Big Show, maior e mais importante evento varejista das Américas, é palco de programação imersiva com palestras, exposições e laboratórios sobre as mais recentes soluções e inovações que ditam as tendências para o varejo durante o ano. “Para além da dinâmica de apenas ofertar produtos nas gôndolas, as empresas precisam pensar em como sanar as necessidades reais de quem compra”, afirma a gerente de marketing do Shopping São José, Talita Dallmann.
A profissional esteve na NRF 2023, realizada entre os dias 14 e 17 de janeiro, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, e preparou uma lista com os principais tópicos abordados na feira. Confira abaixo.
Insights para o varejo em 2023
1. Pessoas
Mais do que estruturar uma loja ou espaço de vendas, a evolução do setor caminha para a criação de um relacionamento estrito e personalizado com o público-alvo. “Quem é meu cliente? O que ele está pedindo? Como eu passo sanar suas necessidades? Que dados eu posso coletar para entender o que ele precisa? Esses são questionamentos que devem ser sempre revistos pelo varejista e que colaboram para nortear uma estratégia de atuação muito mais assertiva”, diz Talita.
Segundo a especialista, variados públicos diferem, também, em seus interesses e muitas são as variáveis que definem as demandas para cada perfil de consumidor. Portanto, não basta estar preso a práticas comerciais pré-estabelecidas. “Faz sentido o meu negócio investir em campanhas de Dia dos Namorados se o meu público é majoritariamente de pessoas com mais de 50 anos? É uma data importante para eles? Nem sempre o calendário vai funcionar, e isso não será um problema se a empresa entender quem é o seu público”, declara a profissional.
A diversidade também se destacou entre as temáticas da NRF para o varejo em 2023. “É fundamental analisarmos todos os públicos para que cada pessoa seja representada não só em campanhas de vendas, mas também no time de colaboradores. Quanto mais diverso o grupo, mais rico ele será. Pessoas amam marcas que amam pessoas”, destaca Talita.
2. Colaboradores
A atenção aos colaboradores também figura entre as tendências mais importantes para o varejo em 2023. “A equipe é tão importante quanto o cliente. Ela representa a empresa. É fundamental que as empresas invistam em evolução profissional e bem-estar. Compartilhar resultados e incluí-los nos processos do negócio também faz a diferença. O pensamento de que investir em profissionais não vale a pena, já que eles podem ir embora a qualquer momento, é ultrapassado. Funcionários que se sentem pertencentes e apoiados não deixam suas posições facilmente”, garante Talita.
Pautada nas tendências da NFR, Talita também acredita que os colaboradores podem ser os principais influenciadores de uma marca. “Ideal é que eles estejam alinhados aos valores e gostem do produto que a marca oferece. Não adianta investir em uma loja linda e itens incríveis se os colaboradores não gostam ou não entendem o conceito. Marcas não são feitas de paredes e objetos, são feitas de pessoas”, opina.
3. Comunidade
Regionalismo e vizinhança também é um tópico para se estar atento no varejo em 2023. “É um momento para olhar para quem de fato frequenta a minha loja e quais as reivindicações dessa região. O que eu estou oferecendo para esta comunidade além do meu produto? Um bom caminho é promover eventos, encontros e ações que interessem para o perfil de público, agregando serviços”, sugere a gerente de marketing.
Mais que uma loja, as marcas precisam pensar em maneiras de fomentar a convivência com os clientes. “Criar uma atmosfera em que o público seja atraído a viver experiências, como se fosse um verdadeiro clube”, pontua. “O ato de comprar precisa ser divertido e prazeroso. Espaços infantis incluem playgrounds e escorregadores em suas instalações para cativar as crianças, e por qual motivo não fazemos isso para os adultos? Os comerciantes podem e devem articular soluções que também criem essa sensação de playground para seus consumidores”, completa a especialista.
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