Varejo Tech Conference debate o valor da inovação no varejo

Para antropólogo, a inovação do mercado precisa começar a focar na chamada “Geração Z”

Publicado em 12 de agosto de 2019 | 15:29 |Por: Everton Lima

Aconteceu e 7 de agosto, na cidade de São Paulo, a Varejo Tech Conference. Idealizada pela Startse, o evento debateu as principais mudanças que as novas tecnologias tiveram no mercado varejista, focando na inovação que elas trazem.

Aliás, evento contou com dezenas de palestras, cada uma delas com 25 minutos de duração, em um estilo semelhante ao utilizado nos Ted Talks. Sendo assim, muitos temas foram tratados, como as diferenças de comportamento entre as gerações, o uso de dados para entender o cliente e as oportunidades que a tecnologia gera.

Os millenialls não são mais o futuro da inovação

Em entrevista ao Startse, o antropólogo Michel Alcoforado, da Consumoteca, refletiu sobre a sua participação no evento. Para ele, o mercado deve começar a dar atenção à “Geração Z” (nascidos a partir da década de 1997) e deixar um pouco de lado os millenialls, nascidos entre os anos de 1980 e 1996).

Talvez essa mudança de foco seja realmente uma boa ideia. Uma reportagem do jornal português Visão, mostra que, apesar de estarem na fase adulta, os millenialls consomem muito menos do que os seus pais e avós.

De acordo com a publicação, essa fatia da população está mais interessada em experimentar os serviços do que em ter propriedades. Um exemplo dessa mudança são os aplicativos de economia compartilhada, como o Uber ou Airbnb.

Por outro lado, é necessário entender como a Geração Z, que já está chegando aos 20 anos, pretende consumir. “O futuro não vai mais ser construído pelos Millenialls. Esses já estão começando a ficar com dor na lombar. O mundo está sendo desenhado pela Geração Z”, afirmou Alcoforado.

Dados, redes sociais e o mercado moveleiro

Certamente, tudo o que é gerado no ambiente digital, como posts, fotos e publicações se transformam em dados. Essas informações podem ser analisadas e gerar relatórios mais precisos do que pesquisas internas.

Contudo, para que essa estratégia funcione, o mercado moveleiro precisa investir em tecnologia. O diretor superintendente da Revista Móbile, Carlos Bessa, que esteve na Varejo Tech Conference, compartilha dessa opinião.

Sendo assim, comenta, a modernização de processos internos, como o uso de softwares de gestão, vai deixar de ser uma opção para se tornar uma necessidade dos negócios.

“O que esperar do futuro do setor moveleiro?” acontece em Bento Gonçalves

“Nos últimos três anos a busca pelos sistemas de gestão aumentou significativamente, muito pelo aperfeiçoamento do sistema fiscal do país. Claro que grandes e médias redes, já há algum tempo, estão devidamente informatizadas. No entanto, agora as pequenas também estão aderindo, por opção própria ou por força das circunstâncias”, explica.

Todavia, Bessa ainda afirma que essas mudanças tecnológicas são grandes oportunidades de negócios. “Tão importante quanto aderir a essa onda inevitável e irreversível de transformação tecnológica é fazer uso das oportunidades e possibilidades que estes softwares têm. Aí reside uma grande oportunidade no setor neste momento.”

A conclusão do diretor encontra eco na fala de Júlio César Trajano Rodrigues, do Magazine Luiza. No último congresso Movergs, ele revelou que o app Magalu rendeu mais de R$ 138 milhões à empresa no primeiro trimestre deste ano. Provando que a inovação traz grandes retornos financeiros.

Preparamos uma matéria contando quais foram as conclusões de Júlio Trajano e dos outros participantes do Movergs deste ano.

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