Atividade industrial brasileira cresce 0,8% em agosto
Apesar do aumento, IBGE destaca que houve uma diminuição do ritmo do crescimento da indústria
Publicado em 4 de outubro de 2019 | 14:18 |Por: Everton Lima
2019 ainda tem sido um ano desafiador para a economia brasileira. No entanto, depois de três meses de queda, a indústria nacional cresceu 0,8% no mês de agosto, em comparação a julho. Os dados são do IBGE.
Trata-se do melhor resultado para um mês de agosto desde o ano de 2014, quando a indústria cresceu 0,9%.
No entanto, apesar desse bom resultado, o cenário geral ainda é de atenção. Nos últimos doze meses, a atividade industrial caiu -1,7%. Isso mostra uma perda de ritmo no crescimento industrial, já que entre agosto de 2017 até agosto de 2018, o resultado acumulado era de -1,3% — considerando que houve a greve dos caminhoneiros no primeiro semestre daquele ano.
Os dados divulgados pelo IBGE analisam toda a atividade industrial brasileira, mas também destacam resultados de indústrias específicas, como a de bens duráveis — categoria que inclui móveis e eletrodomésticos.
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Atividade industrial da “linha branca” se destaca
Comparado a agosto de 2018, as atividades industriais relacionadas à produção de bens duráveis caíram 5,6% no oitavo mês de 2019. O resultado foi impactado pela baixa produção de automóveis. As montadoras tiveram no mês de agosto atividades 11,9% menores do que em julho.
Por isso, toda a cadeia produtiva que atende a esse setor também foi impactada negativamente.
Todavia, a fabricação de eletrodomésticos da linha branca cresceu 7,4%. A linha marrom cresceu 3,8%. A indústria moveleira nacional viu suas atividades recuarem 6,2%. Apesar disso, nos oito primeiros meses de 2019, a indústria de bens duráveis apresentou um saldo acumulado positivo: 0,5%.
A baixa atividade industrial brasileira pode explicar a falta de otimismo desses empresários em relação ao fim deste ano. Um estudo publicado pela Boa Vista revelou que 46% dos empresários que atuam na indústria estão otimistas com relação a um possível aumento de faturamento até o fim do ano. 27% acham que a inadimplência em suas atividades econômicas cairá nesse período.