Rehau celebra 50 anos da fita de borda e 45 anos de Brasil

Fornecedora de fitas de borda, Rehau é Persona da entrevista da edição de novembro da revista Móbile Fornecedores

Publicado em 15 de dezembro de 2021 | 14:56 |Por: Thiago Rodrigo

Neste ano, a fabricante de fitas de borda Rehau celebra 45 anos de presença no Brasil. A multinacional alemã chegou ao País para atender o setor automotivo com peças de componentes para carros. Ingressou no setor moveleiro com perfis técnicos para acabamentos de móveis, mas entrou forte mesmo com fitas de borda, do qual produz há 25 anos e que atualmente é líder como marca mais lembrada em fitas de borda. Além disso, o produto fita de borda também faz aniversário, sendo criado na Alemanha há 50 anos. Por isso, a respeito do advento da invenção da fita de borda que tanto faz parte do mobiliário atualmente, a Rehau fez uma campanha dos 50 anos de fita de borda no mundo.

Rehau

Em Rehau, cidade situada na Baviera, na Alemanha, a empresa foi fundada em 1948 enxergando a substituição de materiais convencionais por materiais poliméricos, fabricados a partir de polímeros, dos quais os primeiros produtos foram juntas para a indústria do calçado, mangueiras de água e componentes para a indústria automóvel.

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Atualmente, atua nos setores automotivo, da construção, moveleiro e outros como de eletrodomésticos, aeronáutica e aeroespacial. Com mais de 40 fábricas pelo mundo, a multinacional tem cerca de 20 mil colaboradores.

Com o anúncio de investimento de R$ 40 milhões para o aumento da capacidade produtiva da fábrica, a empresa espera seguir líder no mercado. A introdução da entrevista concedida pelo gerente geral, Alexandre Novoselecki, e ela completa pode ser lida na edição 313 da Móbile Fornecedores.

Móbile Fornecedores | A Rehau soma 45 anos de atuação no Brasil, sendo líder em fitas de borda, como é alcançar o sucesso no segmento e a que se deve o status alcançado?
Alexandre Novoselecki | Estamos há 45 anos no Brasil e começamos a fazer a fita de borda aqui no País há 25 anos. É uma trajetória que remonta e tem uma certa história. Sabemos que a história da fita de borda veio junto com os painéis de MDF e MDP, se desenvolvendo junto. Quando se começou há 25 anos atrás, tinha uma variação menor, poucos padrões, diversidade pequena, mas de 25 anos para cá muita coisa mudou no setor moveleiro, em todos os aspectos. Isso em relação ao tipo de produto para se desenvolver, ao tipo de design dos produtos, ao tipo de diversidades, às exigências dos clientes, quer dizer, muita coisa foi evoluindo nesses 25 anos, pensando do nosso início com fita de borda. Isso exige uma série de ações do nosso lado, investimento em tecnologias, em know how, equipe comercial, capacitação do cliente seja indústria, marcenaria, revenda com muita capacitação e treinamento técnico para o pessoal aprender como se manuseia o produto. É um conjunto, uma série de conjuntos, estar próximo do cliente para entender o que ele quer e o que precisa e trazer esse olhar de fora para dentro para poder reagir da maneira que se espera, ter uma velocidade de reação rápida para poder atender as novas demandas que o mercado apresenta, sempre conectado para fora. A empresa tem toda uma tecnologia não só no Brasil, mas fora do Brasil para pensar novas ideias, novas tecnologias, trazer tecnologia de fora e essa proximidade que a gente tem com o cliente e com a nossa equipe comercial e tendo o suporte da empresa forte na parte de tecnologia, técnico e dar conta de atender o que o nosso mercado solicita.

Fornecedores | O que pode destacar de particularidades do trabalho com fitas de borda para móveis nesse período que fizeram a empresa mais forte?
Novoselecki | Tenho certeza [que a capacitação do cliente fez a Rehau mais forte]. Sempre que tem um produto novo na distribuição para o marceneiro exige essa questão de capacitação para aprender como usa, sentir confortável e preparada para poder fazer. Entendo como esse apoio que a gente dá e ensinar o mercado que a gente tem em relação ao produto, quando faz uma análise de cor e são todas as coisas que precisa aprender para começar a se familiarizar, é todo um contexto, como vou comparar ela com a chapa, como faço a comparação, onde são os pontos críticos do desenho, capacitar é tudo isso, explicar para o cliente como ele aplica e depois, lógico, como que é o resultado final que vai ser apresentado para o cliente final que terá o móvel na casa.

Fornecedores | Como foi a recepção do profissional quanto à essa capacitação dele no assunto fita de borda desde a implementação no setor moveleiro?
Novoselecki | Ele gosta muito, por mais que muitas vezes pareça ser simples e óbvio e não é tão óbvio, sempre tem os macetes, aquelas formas para fazer um acabamento mais bonito, uma colagem mais adequada, então o profissional recebe isso muito bem, tem um estande que a gente coloca e mostra isso na prática e atrai muita gente para eles aprenderem, a capacitação é de Norte ao Sul, em todas as regiões com a equipe técnica é muito bem recebida. Esse tipo de trabalho traz um reconhecimento por parte do cliente e um valor agregado para nossa marca e nosso produto bastante grande.

Fornecedores | Como realizam isso com relação aos outros produtos que tem, já que há outros produtos além de fita de borda que a Rehau oferece e como é a recepção do mercado quanto a eles?
Novoselecki | O processo é bastante similar [ao das fitas de borda], sempre é organizar essas capacitações em eventos de clientes, dentro de uma loja ou de uma feira, então seja a gente falando de fita de borda, de perfil técnico, de tapa-furo, de painel Rauvisio, sempre esse tipo de evento é muito bem recebido e é bom para todos, é bom para nós e para nosso cliente, seja ele uma indústria ou uma revenda, que o seu pessoal esteja capacitado para trabalhar com o produto. Afinal, estamos falando não só da fita de borda, mas o conjunto, é o painel junto com a fita de borda que no final é o todo, é o que é visto do ponto de vista do cliente final e isso é muito bem seguido, seja para todos os tipos de produtos, uma estratégia política faz parte. Tivemos o momento de pandemia que isso foi prejudicado pela dificuldade de deslocamento e estar mais presente, mas estamos retomando com muito mais força.

Fornecedores | A Rehau também atua com produtos para outros setores. O quanto colabora para a experiência da empresa essa presença em outros mercados?
Novoselecki | Colabora bastante porque quando pensamos nos mercados de construção civil, soluções industriais, esquadrias de PVC para residências, acabamos tendo uma experiência bastante ampla em vários sentidos, desde o começo em tecnologia de processo até fazer um desenvolvimento ótimo do produto até fazer a questão do resíduo e sustentabilidade. Muitas vezes temos segmentos de negócios que estão mais avançados que o moveleiro em questão de tecnologia e sustentabilidade, então a gente traz essa experiência desses outros segmentos e muitas vezes pode aplicar e ser inclusive uma empresa inovadora e que sai na frente quando trata de colocar isso no segmento moveleiro. É uma sinergia bastante positiva e ajuda a gente bastante.

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Alexandre Novoselecki, gerente geral da Rehau

Fornecedores | A Rehau está fazendo um investimento de 50 milhões de reais na ampliação da fábrica, o que irá mudar no parque fabril e na oferta de produtos para a indústria moveleira?
Leia a primeira parte da resposta na Móbile Fornecedores 313.
Novoselecki | Alguns investimentos que eram para ter iniciado em abril, março do ano passado, postergamos e lançamos esses investimentos no fim do ano, em setembro, outubro. Depois de um período que teve um pico que acabou se mantendo. Investimos em capacidade adicionais para algumas linhas específicas que havíamos planejado antes e essas capacidades acabaram de ser incorporadas por volta de abril deste ano. Tivemos um pequeno incremento em algumas linhas específicas por conta do planejamento pré-pandemia. Não foi um investimento muito volumoso, mas já avaliou bastante em certos produtos e tipos de fita de borda e situação de entrega.

É 40% de aumento de capacidade de produção, de fitas unicolores e decoradas também. Tentamos trabalhar com equipamentos que são flexíveis que nos permitam produzir tanto decorados quanto unicolores, 40% de maneira geral, mas pensando que o crescimento vai vir de todas as linhas, sejam unicolores, madeiradas, fitas finas ou fitas grossas. Lembrando sempre que muitas vezes a grande parte de lançamentos são na parte de decorados então esse investimento, cada vez mais, a ideia é ter mais lançamentos, maior diversidade de produtos, maior flexibilidade de produção, isso a gente precisa ter porque essa é a tendência, ter mais diversidade e o cliente final escolher a cor que ele quer do móvel e a gente ter em menor custo e tempo possível ajustar máquinas e produzir o que o mercado precisa.

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