Projeto Comprador movimenta mais de US$ 28 milhões

Projeto Comprador reuniu mais de 50 indústrias brasileiras e 15 compradores internacionais em Curitiba (PR), no 11º Congresso Nacional Moveleiro

Publicado em 22 de outubro de 2024 | 09:30 |Por: Thiago Rodrigo

Fomentando os negócios na prática durante o 11º Congresso Nacional Moveleiro, que ocorreu nos dias 1 e 2 de outubro de 2024, em Curitiba (PR), a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) organizou em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) uma edição especial do Projeto Comprador durante a ocasião. A iniciativa, que é parte dos esforços do Projeto Setorial Brazilian Furniture, proporcionou 449 rodadas de negócios, conectando mais de 50 indústrias brasileiras com 15 compradores internacionais.

Participaram das rodadas importadores do Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, sendo quase 84% deles novos contatos para as empresas brasileiras. Nesse cenário, foram movimentados US$28.080 milhões em negócios fechados e prospectados para os próximos 12 meses.

“Realizado como parte do trabalho estratégico das entidades no fomento da internacionalização das marcas e da elevação do patamar de competitividade das empresas brasileiras no mercado global, o projeto possibilita um espaço de integração em ambientes totalmente direcionados para o networking entre indústrias nacionais e importadores qualificados, o que é refletido não só nos resultados alcançados durante as rodadas de negócios, mas na consolidação de parcerias duradouras no mercado internacional”, pontua a diretora-executiva da Abimóvel, Cândida Cervieri.

Para a ApexBrasil, “o Projeto Comprador vai além de um encontro comercial, demonstrando a evolução do setor de móveis brasileiro e da sua capacidade de se adaptar às novas exigências de mercado, onde inovação, design, sustentabilidade e eficiência — características da indústria nacional — são mais valorizadas do que nunca”. Dessa forma, o Projeto Brazilian Furniture reforça a posição do Brasil como um importante player global no design e na produção de móveis, promovendo a qualidade dos produtos e o fortalecimento das marcas nacionais, integrando-as a uma cadeia produtiva mundial.

Abimóvel integra setor moveleiro nacional

Vozes da indústria de móveis no Brasil são ouvidas em reunião que traz um retrato da diversidade e da integração do setor moveleiro nacional

Publicado em 21 de outubro de 2024 | 09:30 |Por: Thiago Rodrigo

Em um encontro marcado pelo diálogo e pela troca de informações e experiências, representantes de 19 sindicatos moveleiros de diferentes regiões do Brasil reuniram-se a convite da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) em Curitiba (PR), no último dia 30 de setembro de 2024. O evento ocorreu na véspera da abertura do 11º Congresso Nacional Moveleiro, organizado pela entidade nacional moveleira em parceria com a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) na capital paranaense.

Em meio à pluralidade de sotaques, culturas, desafios e oportunidades, o encontro proporcionou um retrato abrangente de uma indústria que, com suas particularidades regionais, busca unificar-se em torno de um objetivo comum: fortalecer a cadeia produtiva de móveis e a indústria nacional, tornando as empresas brasileiras mais competitivas local e internacionalmente.

Setor moveleiro nacional

Há mais de 45 anos, a Abimóvel atua na representação e no fortalecimento do setor de móveis no Brasil. Setor, este, de relevância econômica e social, composto por mais de 21,7 mil empresas, empregando 270,6 mil trabalhadores diretos e outros 1,1 milhão de forma indireta. Esses números colaboram para posicionar o Brasil como o maior produtor de móveis da América Latina e o sexto maior do mundo.

No mercado externo, a indústria brasileira do mobiliário ocupa a 26ª posição entre os maiores exportadores, com os produtos nacionais chegando a cerca de 180 países e seu posicionamento internacional crescendo a níveis superiores ao desempenho médio global: +3,2% no último ano, frente a uma retração de 3,73% na média mundial.

Apesar dos avanços, desafios como a carga tributária elevada, normas por vezes desatualizadas e a falta de políticas públicas mais direcionadas ao setor ainda podem limitar o desenvolvimento das empresas. “O setor de móveis brasileiro tem uma força extraordinária. Nossa capacidade de produção, bem como recursos materiais, criatividade, gestão sustentável e o talento das nossas indústrias e designers são reconhecidos internacionalmente. Por isso defendemos uma agenda estratégica de incentivos públicos para que possamos investir ainda mais em tecnologia, inovação, design e mão de obra sem onerar o consumidor final. Atendendo com amplitude o mercado local e ativando todo nosso potencial exportador”, ressalta Irineu Munhoz, presidente da Abimóvel.

Integração e propostas de Norte a Sul

Nesse cenário, o encontro em Curitiba destacou as potencialidades e as lacunas que precisam ser preenchidas para que a indústria moveleira brasileira continue a se desenvolver — ocupando seu espaço sempre com qualidade, sustentabilidade e design integrado — em um momento em que a concorrência internacional levanta um sinal de alerta também no mercado interno.

A diretora-executiva da Abimóvel, Cândida Cervieri, pontuou a relevância da ocasião como um momento de convergência no setor: “Esse encontro promovido anualmente pela Abimóvel representou uma oportunidade estratégica para ouvir e construir propostas que beneficiem o setor moveleiro nacional, alinhando interesses e unindo esforços de norte a sul do país, dos pequenos aos grandes, com vista à expansão da produção e do posicionamento da indústria e da marca Brasil no mundo”.

A diversidade de olhares durante a ocasião trouxe uma riqueza de insights e proposições. Os líderes sindicais presentes, provenientes de polos tão distintos como o Norte, o Nordeste, o Sul e o Sudeste, compartilharam experiências, desafios e sugestões para tornar o setor ainda mais dinâmico. De micro e pequenas empresas que ainda lutam para conquistar mercado local a grandes indústrias que competem no mercado internacional, a força da representatividade foi o tom predominante.

Mobiliário como artigo de desejo

Em um país de estados com proporções, costumes e necessidades tão amplas como o Brasil, os panoramas do setor de móveis e a percepção de consumo de cada região são questões desafiadoras para a indústria e o varejo.

Do Paraná, estado que recebeu o encontro, José Lopes Aquino, presidente do Sima (Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas-PR), pontuou que “para enfrentarmos os grandes desafios atuais, o setor moveleiro tem que se unir”. Ele diz: “Identificar ‘dores comuns’ e buscar solução conjunta pode ser o caminho. A tecnologia e a inovação devem ser as grandes aliadas para potencializar o que já fazemos bem e gerar novas oportunidades para as indústrias associadas e nossos polos regionais como um todo”.

Aquino também fala da importância de “mudar a percepção do consumidor, que hoje busca apenas suprir uma necessidade imediata”, segundo ele. “Nosso objetivo deve ser que a decisão de compra seja motivada pelo desejo, ou seja, precisamos levar aos lares não apenas móveis, mas também qualidade de vida”, explica.

Maurício Lassmann, presidente do Moveba (Sindicato da Indústria do Mobiliário do Estado da Bahia), assumiu a liderança do sindicato recentemente e já enfrenta o desafio de criar estratégias para aumentar a visibilidade dos móveis baianos no próprio estado e na região Nordeste.

“O país conta com 5570 municípios compostos de diferentes necessidades e particularidades, e temos uma grande missão, que é não só inserir o mobiliário produzido localmente no mercado regional como também atender a essa diversidade. Para isso, é fundamental conhecer a realidade de outros polos e empresas, e assim criar redes que nos ajudem a entender melhor como superar as barreiras e avançar de dentro para fora”, afirma.

O Nordeste, um mercado em plena expansão no setor moveleiro, foi representado também por João Paulo Ferreira Rosa da Silva, membro da direção da Amap-PB (Associação dos Fabricantes de Móveis e Artefatos de Madeira da Paraíba). Para ele, uma das principais estratégias para avançar, tanto no mercado da região quanto no restante do Brasil e em outros países, está na valorização da autenticidade do design, das técnicas e das matérias-primas locais como diferencial competitivo.

“Percebemos por meio de ações desenvolvidas setorialmente, como as rodadas de negócios, que existe um mercado grande a ser explorado, que demanda produtos de qualidade, com design que traduz originalidade e brasilidade. Precisamos estar cada vez mais qualificados e atentos para essas demandas, elevando a desejabilidade dos nossos móveis”, pontua Silva.

Diferenciais competitivos

Com vista a criar um ambiente propício para agregar ainda mais valor aos produtos nacionais, alguns pontos destacaram-se entre os líderes presentes no encontro: a busca por incentivos e a importância de modernizar o parque industrial, capacitar mão de obra e situar a sustentabilidade como diferencial competitivo. Bem como tecnologia, inovação, design e brasilidade como diferenciais competitivos do setor moveleiro nacional.

Enrico Stoeberl Fagundes, presidente recém-empossado do Sindicom (Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Rio Negrinho-SC), pontua: “É a primeira vez que participo de uma reunião com a Abimóvel e saí surpreso com a riqueza de detalhes e esse intercâmbio realizado entre os polos do país. O debate contribuiu muito para a troca de ideias e com certeza trará bons resultados para o setor. Percebemos que o mercado tem espaço para um crescimento ascendente; entretanto, precisamos focar na capacitação de mão de obra e no aprimoramento tecnológico em relação aos concorrentes externos”.

Mauro Pereira Schwartsburd, presidente do Simov (Sindicato da Indústria do Mobiliário e Marcenaria do Estado do Paraná), concorda: “A indústria moveleira brasileira ainda tem um enorme potencial de expansão tanto no mercado interno quanto global. Nosso maior desafio é a falta de mão de obra qualificada e a necessidade de incentivos para investir em tecnologia para modernizar as fábricas. Além disso, enfrentamos problemas de infraestrutura, como estradas e portos ineficientes, e o alto Custo Brasil, principalmente em relação aos impostos, que representam uma grande parcela dos custos na indústria. Esses são obstáculos significativos que precisamos superar para aproveitar as oportunidades de crescimento”.

Desafios e oportunidades no mercado brasileiro

Luiz Carlos Pimentel, do Sindusmobil (Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul-SC), levantou outro ponto crucial: “O que mais vemos é a busca por aumento de impostos e excesso de burocracia. Somos um dos maiores geradores de postos de trabalho do país. Precisamos ter nossas necessidades atendidas”. Para tal, ele enfatiza que “é essencial que, através dos próprios Sindicatos, Federações e da Abimóvel, o setor seja ouvido”.

Pontos que vêm sendo temas de defesa da Abimóvel junto ao Governo Federal, por meio de sua participação no CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial) e no FNI (Fórum Nacional da Indústria), enfatizando a necessidade de se encontrar soluções para o alto Custo Brasil, a inclusão do setor no projeto de desoneração da folha de pagamento, assim como em programas de financiamento imobiliário, como o “Minha Casa, Minha Vida”, entre outras questões.

“A indústria moveleira brasileira enfrenta desafios, mas também existem diversas oportunidades, como a expansão do mercado interno, o crescimento do e-commerce, a valorização de produtos personalizados e o aumento de programas de incentivo à sustentabilidade no setor. Nesse sentido, precisamos fortalecer a parceria entre empresas, governo e instituições de ensino e pesquisa para garantir a competitividade e atender também a essas novas exigências do mercado”, fala Patrícia Guimarães, presidente do Simm (Sindicato da Indústria do Mobiliário de Mirassol-SP).

Além de alternativas para a melhoria do ambiente de negócios, ela ainda ressalta a importância de uma gestão focada na inovação, no design, tecnologia e práticas ambientalmente adequadas: “A implementação de práticas ESG, por exemplo, como o proposto pelo tema debatido no Congresso deste ano, pode gerar diversos benefícios para as empresas, como redução de custos, melhoria da imagem institucional e maior competitividade no mercado global”.

O presidente da Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul), Euclides Longhi, reforça também a necessidade de se adequar os produtos brasileiros às normas internacionais: “Entre os principais desafios vejo a atualização das certificações da ABNT no que se refere à regulamentação dos móveis brasileiros. Consequentemente adequando nosso mobiliário tanto para o mercado local, que ganha em qualidade, durabilidade e segurança, quanto para a exportação, estando em sinergia com exigências internacionais. A Abimóvel já está trabalhando nessa pauta e a Movergs se mantém à disposição para contribuir”.

Ele enfatiza que o desafio atual é, portanto, o de estar aberto para reagir o mais rápido ao que vier pela frente, reconhecendo as oportunidades. “Ou seja, cada vez mais precisamos de agilidade – inclusive para alterar planejamentos estratégicos de longo prazo”, salienta.

Complementando este pensamento, Rosana Souza Aguiar, presidente do Sindimam-DF (Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário do Distrito Federal), reforça que “as empresas precisam se adaptar rapidamente às novas tecnologias, como e-commerce e Inteligência Artificial, para atender às demandas atuais”, pontuando que, em contrapartida, muitas também são as oportunidades com o aumento da procura por móveis de alta qualidade e design diferenciado, o que o Brasil tem muito a oferecer.

“A união de forças por meio de iniciativas como o Congresso Nacional Moveleiro é vital para o fortalecimento da indústria de móveis em todo o Brasil. Isso nos permite alinhar as demandas locais às políticas nacionais, ajudando a fortalecer a posição do nosso polo no mercado e promovendo o desenvolvimento conjunto do setor no país”, complementa.

Guilherme Brito, do Sindmóveis-PE (Sindicato das Indústrias de Móveis do Estado de Pernambuco), também salienta: “O associativismo mostra que, juntas, as indústrias têm mais poder em realizar ações para o desenvolvimento do setor. Os resultados demonstrados na reunião justificam o quão importante as iniciativas da Abimóvel e dos sindicatos têm sido para o segmento, incentivando, como fazemos no nosso Sindmóveis-PE, a inovação, o design, a capacitação e o diálogo em nosso setor”.

Voz ativa do setor moveleiro nacional

O posicionamento dos representantes dos polos moveleiros nacionais deixa claro que o futuro da indústria de móveis brasileira depende de um esforço conjunto para superar desafios estruturais e aproveitar as oportunidades de um mercado em transformação. Reforçando que a força do setor está não só na riqueza e diversidade do País, mas também na capacidade de integração e cooperação entre as diferentes regiões em prol de uma indústria mais forte e globalizada.

Multimóveis conquista certificação por excelência em atendimento

Indústria moveleira gaúcha, Multimóveis obteve selo RA1000, mais alto reconhecimento conferido pela plataforma Reclame Aqui

Publicado em 16 de outubro de 2024 | 09:00 |Por: Thiago Rodrigo

Tão importante quanto produzir móveis de qualidade é atender com excelência aos consumidores que confiam na marca. Norteada por essa máxima há quase três décadas, a Multimóveis acaba de entrar para o grupo das organizações que exibem o selo RA 1000, indicativo de máxima eficiência em atendimento reconhecido pela plataforma Reclame Aqui.

A distinção é uma conquista do comprometimento da Multimóveis com os clientes, um reconhecimento que reforça a relação de credibilidade e confiança construída com os parceiros e pilar que está no centro da atuação da empresa. O selo RA1000 é uma certificação concedida pelo site Reclame Aqui para empresas que atingem nível de excelência no atendimento e na resolução de reclamações dos consumidores, atestando a qualidade no relacionamento com seus clientes.

Mobiliário brasileiro brilha em premiações internacionais

A jornada para recebê-lo é repleta de critérios e envolve a aprovação após uma auditoria feita pela equipe da plataforma. Perante o público, é percebido como indicador de confiança e segurança para o cliente realizar suas compras.

A certificação reforça a percepção positiva dos consumidores em relação à escolha da Multimóveis, garantindo não apenas um bom atendimento, mas também o compromisso da empresa com a satisfação em todas as etapas do processo de compra. Outro ponto positivo é a transparência nas relações com o consumidor, sinalizando que a marca mantém, em suas práticas, a prevenção de problemas e uma atuação pró-ativa eficiente para sanar eventuais necessidades.

O Reclame Aqui possui mais de 30 milhões de consumidores cadastrados e de 360 mil empresas inscritas, reconhecido por solucionar conflitos entre consumidores e empresas, sendo um termômetro na medição do grau de confiança nas relações de consumo.

Software proporciona economia de até 8% com despesas de frete

Desenvolvido por empresa gaúcha que está há um ano e meio no mercado, Frete Gestão contabiliza mais de 60 clientes ativos

Publicado em 10 de outubro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

Em apenas um ano e meio, a startup de Bento Gonçalves Frete Gestão se consolidou no mercado com uma proposta ancorada na economia de serviços logísticos. Desde que foi iniciada a comercialização, em março de 2023, o negócio tem proporcionado redução de até 8% nos custos das empresas que utilizam cotação, conciliação financeira e rastreio de fretes.

O índice foi calculado com base na movimentação total da conta frete nesse período, que chegou aos R$ 107 milhões. “A partir do cruzamento acordado da tabela dos nossos clientes diante do que as transportadoras estavam cobrando, conseguimos gerar entre 6% e 8% de economia”, comenta um dos sócios da Frete Gestão, Marcel Peruch. “É uma margem que contemplou os mais de 60 clientes ativos que escolheram a Frete Gestão. Assim, a solução acaba sendo um auxílio eficaz para as próprias transportadoras, detectando erros e contribuindo para a redução de seus custos operacionais”, explica.

Abicol marca presença na Ibia Expo

Com clientes atendidos em todo território nacional, a empresa consegue atender os setores mais variados, incluindo desde fabricantes de alimentos e móveis, passando pela indústria metalmecânica e de bebidas. Além desses, outros negócios com representatividade na utilização da plataforma estão ligados aos segmentos do varejo e do e-commerce.

Essa versatilidade tem permitido à Frete Gestão experimentar, desde seu surgimento, uma escalada de crescimento tanto em faturamento quanto em número de clientes. Desde que começou, o negócio triplicou de tamanho, e crescer segue sendo a projeção para os próximos anos. “Nosso faturamento anual está próximo de R$ 1 milhão. Então, para os próximos anos, queremos estar cada vez mais próximos de parceiros para triplicar, quadruplicar de tamanho”, projeta Bruno Benini, também sócio do negócio.

O otimismo está alicerçado no fato de que a plataforma revoluciona a maneira de cotar e gerenciar fretes, trazendo eficiência e agilidade ao eliminar a necessidade de ligações ou trocas de mensagens. Com integração perfeita a diversos sistemas ERP e plataformas de e-commerce, o software oferece conciliação automática, garantindo que os preços cobrados estejam sempre de acordo com as tabelas acordadas. Por fim, o Frete Gestão permite o acompanhamento da mercadoria, com sua função de rastreio, desde a coleta dos itens até a entrega no seu destino, assegurando controle completo em todas as etapas da operação.

Greenplac comemora crescimento sustentável

Estratégia da indústria é investir na frente florestal que garante a matéria-prima e alta tecnologia para produção de MDF após resultados positivos

Publicado em 8 de outubro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

A Greenplac MDF, indústria pertencente à holding Asperbras Brasil, fechou o primeiro semestre confirmando o sucesso da estratégia que promove o crescimento sustentável. Em destaque está o faturamento total da indústria: 8% maior no primeiro semestre de 2024, em relação ao ano anterior no mesmo período.

Outro resultado positivo foi alcançar o recorde de volume de faturamento. “Esse resultado em meio a um cenário econômico no segmento bastante disputado, deve-se à realização de importantes ajustes internos e a forte união de todo o time de vendas aos departamentos de produção, faturamento e expedição” avalia José Roberto Colnaghi, Presidente do Conselho Administrativo da Asperbras.

Leo Madeiras fabrica móveis para vítimas de chuvas no RS

Os resultados refletem investimentos de R$ 70 milhões direcionados para este ano, sendo R$ 50 milhões na frente florestal própria de 18 mil hectares no estado do Mato Grosso do Sul, onde está a planta industrial, e R$ 20 milhões na expansão das instalações industriais e atualização de softwares para automação de processos em estoque, expedição e administrativos e PPCP (Planejamento, Programação e Controle da Produção).

“Temos uma planta bem estruturada com equipamentos modernos de tecnologia alemã e uma equipe de bons profissionais. Nós alcançamos autossuficiência em nossos processos e vamos permanecer com o foco em nosso crescimento baseado sempre em tecnologia, inovação e sustentabilidade”, explica o diretor geral, Valmir de Souza.

Greenplac

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José Roberto Colnaghi, presidente do Conselho Administrativo da Asperbras Brasil

Sustentabilidade Greenplac

Desde sua inauguração, há 6 anos, a Greenplac já recebeu mais de R$ 1,1 bilhão de investimentos, tendo como foco a autossuficiência a partir das florestas de eucalipto, principal matéria-prima para a produção de MDF. A empresa possui uma floresta própria de eucalipto certificados, com 18 mil hectares plantados.

A água, outro insumo importante, é retirada de poços artesianos, além do reaproveitamento da chuva para uso e reuso. E faz o tratamento de efluentes e coleta seletiva, numa estratégia de negócio que protege o meio ambiente e visa o desenvolvimento sustentável.

Envolvida com a comunidade, a Greenplac gera desenvolvimento para a região de Água Clara. São 1.200 empregos diretos e indiretos e parcerias de bem-estar social. A mais recente foi firmada em julho com a Prefeitura para a construção de uma nova escola rural para 80 alunos do 1º ao 6º ano do ensino fundamental. A obra de 1.900m² será realizada em um terreno doado por José Roberto Colnaghi, Presidente do Conselho Administrativo da Asperbras Brasil.

A empresa se encarregará da construção e prevê a entrega da escola em 2025. “Água Clara é um munícipio que recebeu a Greenplac de braços abertos, o que nos permite crescer cada dia mais, e essa é uma das formas de nós retribuirmos”, destaca Valmir de Souza.

Greenplac

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Valmir Souza, diretor geral da Greenplac

Ações comunitárias

A construção se soma a diversas ações de sustentabilidade desenvolvidas pela empresa desde a sua criação. Em fevereiro, deu início ao plantio de mudas nativas do projeto Flora MS, do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, em parceria com as prefeituras para reflorestamento.

O projeto prevê o plantio de 150 mudas por mês na região durante um ano, com a participação de colaboradores da empresa e funcionários do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de Água Clara (MS). Além da doação de mudas, a Greenplac adotará uma praça “Praça Green”, contribuindo com a revitalização da cidade e proporcionando bem-estar aos moradores.

Também no município, mantém a Horta Green, cultivada por colaboradores num terreno de 7.900 m² ao lado do complexo industrial – onde a produção é distribuída entre eles e integrantes da comunidade local. São 5.900 mudas plantadas em 21 canteiros, com 12 espécies de hortaliças e outras 22 de plantas frutíferas.

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Horta Green

Parcerias com ONGs

Além disso, a Greenplac MDF mantém parcerias permanentes com as ONGs Construíde e o Instituto Resgatando Vidas, da rede Gerando Falcões, com a doação de MDF para a construção de espaços para uso social pelas comunidades onde estão inseridas. Com a empresa Parkiet, desenvolve um trabalho de design circular, onde resíduos de MDF são transformados em objetos decorativos.

Nas mãos de artistas como Eunápio Sturaro, cada filete de MDF permanece ambientalmente responsável, em todos os estágios – desde os métodos e insumos escolhidos na fabricação dos padrões até as possibilidades de reciclagem no pós-uso, quando podem se tornar objetos de arte e decoração em madeira 3D. Nela, destacam-se cada um dos 40 padrões de MDF Greenplac disponíveis no mercado.

Produção de móveis cai em agosto

Produção de móveis cai 3,6% em agosto comparado a julho, entretanto, segue registra crescimento de 8,5% em relação a agosto de 2023

Publicado em 4 de outubro de 2024 | 11:30 |Por: Thiago Rodrigo

A produção de móveis sofreu uma queda em relação ao mês anterior pela primeira vez em 2024, de 3,6% em agosto comparado a julho. Em relação com igual período do ano anterior, foi registrado aumento de 8,5%.

O acumulado do ano da produção de móveis está positivo em 9,1% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado dos últimos 12 meses, a produção segue no campo positivo, alcançando 5,9%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE.

Produção de móveis em 2024

  Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago
Mês anterior 3,4% 2,2% 3,4% 2,9% 0,2% 1,1% 4% 3,6%
Mesmo mês de 2023 0,5% 2,7% 7% 17,6% 7,1% 13,9% 26,9% 8,5%

Fonte: IBGE

Produção industrial

Em agosto de 2024, a produção industrial nacional apresentou variação positiva de 0,1% frente a julho, na série com ajuste sazonal, após recuar 1,4% em julho e avançar 4,4% em junho de 2024.

Frente a agosto de 2023, a indústria avançou 2,2%, terceira taxa positiva consecutiva, mas com a expansão menos intensa dessa sequência. Com isso, o setor industrial apontou crescimento de 3,0% nos oito meses de 2024.

No acumulado nos últimos dozes, o avanço de 2,4% manteve taxa positiva e intensificou o ritmo de expansão frente aos resultados de julho (2,2%), de junho (1,5%) e de maio de 2024 (1,2%).

“A despeito de ser um resultado muito próximo da estabilidade, o índice de 0,1% desse mês fez com que o setor industrial voltasse ao campo positivo após registrar queda de 1,4% no mês anterior. Quando analisamos os últimos três meses, o saldo da produção industrial é positivo, já que o total da indústria cresceu 4,4% em junho. Esse movimento também fica evidenciado quando observamos o índice de média móvel trimestral, que permanece com uma trajetória ascendente desde meados de 2023”, analisa André Macedo, gerente da PIM Brasil.

Confira os destaques do 11º Congresso Nacional Moveleiro

Apesar da taxa da indústria geral estar no campo positivo, há uma predominância de resultados negativos nesse mês, com 18 dos de 25 ramos industriais mostrando recuo na produção.

Entre as atividades, a influência positiva mais importante veio das indústrias extrativas, alta de 1,1%, após recuar 2,2% em julho, quando interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 5,8%.

Outras contribuições positivas incluem os setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%) e de produtos químicos (0,7%).

“No mês anterior, tanto o petróleo quanto o minério de ferro mostraram queda e o resultado de agosto representa uma volta ao campo positivo. O saldo dos últimos meses é claramente positivo, pois antes da queda de 2,2% em julho, o setor extrativo havia apresentado duas taxas de crescimento, em maio e junho, totalizando uma expansão de 5,8%. A queda de julho teve uma particularidade que foi a parada para manutenção em algumas plataformas, impactando a produção”, esclarece o gerente da PIM.

Inmetro atende pedido da Abicol para cadastro de colchões

Em reunião online, Inmetro alinha o cadastro de produtos no sistema Orquestra com empresas e OCPs seguindo pedido da Abicol

Publicado em 30 de setembro de 2024 | 08:00 |Por: Thiago Rodrigo

No dia 20 de setembro, o Inmetro, a pedido da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol), realizou uma reunião de alinhamento para esclarecer dificuldades operacionais enfrentadas por fabricantes de colchões e Organismos de Certificação de Produtos (OCPs) nos processos de registro de colchões. A iniciativa teve como principal objetivo otimizar os procedimentos e melhorar a eficiência das operações relacionadas ao registro de produtos.

Com grande adesão, mais de 80 representantes de empresas e OCPs participaram da reunião. A Abicol desempenhou um papel fundamental no processo, coletando previamente as principais dificuldades enfrentadas pelos usuários do sistema de registros e apresentando-as ao Inmetro, que utilizou essas informações para preparar o conteúdo da reunião.

Além dos usuários e membros da equipe do Inmetro, estavam presentes na reunião a diretora executiva da Abicol, Adriana Pierini, e Marcelo dos Santos Monteiro, assessor técnico da Diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro.

Durante o encontro, o Inmetro não apenas abordou as questões previamente identificadas, mas também abriu espaço para que os participantes esclarecessem dúvidas em tempo real, promovendo um diálogo produtivo para aprimorar o entendimento e a eficiência dos processos de registro de colchões. Marcelo Monteiro afirmou que o Inmetro está a adaptar-se às características e aos componentes dos colchões, uma vez que os sistemas do Inmetro foram elaborados para produtos em geral e, muitas vezes, é necessário fazer ajustes à medida que as questões surgem.

Abicol divulga expectativas do setor moveleiro

Quanto à utilização dos sistemas ProdCert e Orquestra no processo de registro, Marcelo Monteiro esclareceu que a obrigatoriedade de inserção de dados no sistema ProdCert continuará em vigor, pois é o que determina o regulamento. O ProdCert é responsável por reunir certificados de produtos, serviços e processos que têm sua conformidade avaliada de acordo com os requisitos estabelecidos pelo Inmetro. Monteiro ressaltou que, no momento, não há previsão de alterações no regulamento que determina essa exigência.

No entanto, ele destacou a intenção de criar um maior vínculo entre o ProdCert e o Sistema Orquestra, que é a plataforma de gestão de processos utilizada pelo Inmetro para automatizar os seus serviços. Atualmente, os dois sistemas não possuem integração, o que pode tornar o processo de registro mais desafiador para os usuários. A proposta de interligação visa facilitar e agilizar o processo de registro de dados, oferecendo mais eficiência para os usuários do sistema.

Outro ponto abordado em relação ao ProdCert foi a limitação no número de caracteres aceitos pelo sistema, o que dificulta a descrição dos produtos e causa divergências de informações entre os sistemas, especialmente no caso de tecidos. A solução apresentada pelo Inmetro é que, para o processo de registro, serão consideradas apenas as informações contidas no certificado, permitindo que as empresas usem abreviações no ProdCert quando necessário, enquanto mantêm descrições mais detalhadas e completas no certificado e no sistema Orquestra. Vale reforçar que, apesar de a equipa do Inmetro não utilizar mais as informações inseridas no ProdCert para a análise do registro, a obrigatoriedade de inserção de dados nesse sistema permanece inalterada.

A anuência de licença de importação de colchões foi um dos temas tratados. Monteiro, explicou que os colchões importados precisam da licença anuída pelo Inmetro. O processo começa com o importador emitindo a licença no Siscomex e, em seguida, solicitando a anuência no Sistema Orquestra, anexando o documento emitido. Após análise técnica, o Inmetro concede a anuência, permitindo que o importador desembarace a carga. Monteiro destacou que, sem a licença anuída, a Receita Federal não autorizará a liberação da carga, ressaltando que esse processo entrará em operação em breve.

Ao final, muitos dos presentes expressaram sua satisfação com a reunião, reconhecendo que todos os assuntos previamente estabelecidos foram abordados. Eles concluíram que, com esse alinhamento, o processo de registro deve fluir de forma mais eficiente. Marcelo Monteiro encerrou a reunião disponibilizando os canais de atendimento e reafirmando o compromisso da equipe em ajudar todos que necessitem de suporte.

Ibia Expo 2024 tem início com presença da Abicol

Cônsul-Geral do Brasil também marca presença na feira de tecnologias para fabricação de colchões em Istambul, na Turquia

Publicado em 26 de setembro de 2024 | 15:00 |Por: Thiago Rodrigo

Ontem, 25 de setembro, teve início a Ibia Expo 2024 – Feira da Indústria e Tecnologia de Fornecimento de Colchões, em Istambul, na Turquia. A feira é um dos principais eventos internacionais voltados para a inovação em tecnologia e negócios na indústria de colchões. Em sua terceira edição, a Ibia Expo acontece até o dia 28 de setembro, consolidando-se como um ponto de encontro para os principais players do setor.

A cerimônia de abertura contou com a presença do Excelentíssimo Senhor Ruy Pacheco de Azevedo Amaral, Cônsul-Geral do Brasil em Istambul, que esteve ao lado da comitiva da Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol) durante a ocasião. Sua presença ressaltou o reconhecimento do governo brasileiro pela crescente representatividade que a indústria nacional de colchões vem conquistando ao longo dos anos. Ele destacou a importância da Ibia Expo para a promoção e fortalecimento das relações comerciais entre o Brasil e a Turquia, além das oportunidades de negócios no mercado turco e em outras regiões.

Segundo o Cônsul-Geral, feiras como a Ibia Expo proporcionam não apenas oportunidades de negócios no mercado local, mas também em terceiros países, visto que reúnem muitos expositores e visitantes de todo o mundo. “As empresas brasileiras do setor colchoeiro terão a oportunidade de conhecer produtos turcos e estabelecer contatos com produtores de insumos e máquinas. O país é um tradicional produtor de têxteis, possui grande capacidade logística e investe em inovação e diversificação de produtos”, destacou Ruy Amaral.

Ele ainda enfatizou que a experiência turca pode ser útil para o desenvolvimento de produtos e a conquista de novos mercados pela indústria brasileira, fazendo com que esses eventos sejam uma oportunidade para identificar tendências e produtos, com vistas a melhorar a competitividade no mercado internacional.

Abicol

Abicol Ibia Expo

Andrey dos Anjos, vice-presidente da Abicol, e Ruy Pacheco de Azevedo Amaral na Ibia Expo

Suporte do consulado na Ibia Expo

O suporte do Consulado-Geral do Brasil em Istambul ao setor industrial brasileiro também foi um dos temas abordados. O Sr. Ruy Amaral explicou que o consulado atua de diversas formas para facilitar a participação de empresas brasileiras em feiras e eventos de negócios, oferecendo apoio logístico e informações sobre o mercado local.

“Fornecemos dados e análises sobre o mercado turco, ajudando as empresas a entender as oportunidades e desafios. Além disso, participamos de encontros e eventos para conectar empresários brasileiros a potenciais parceiros turcos, promovendo o intercâmbio de experiências e a criação de novas parcerias”, explicou o Cônsul-Geral.

Produtos químicos tem mudanças tarifárias

Ao comentar sobre as relações comerciais entre Brasil e Turquia, Ruy Amaral informou que o comércio bilateral atingiu a marca de US$ 5 bilhões em 2023, com superavit para o Brasil. Ele destacou que os principais produtos exportados pelo Brasil para a Turquia incluem soja, minério de ferro, gado vivo, café e algodão, enquanto os itens mais importados são carbonato dissódico, peças de turbojatos, avelãs, eixos de transmissão e carrocerias de tratores.

O mercado turco, segundo o Cônsul-Geral, tem potencial para ampliar as exportações brasileiras, especialmente em setores como agronegócio, tecnologia e energia. No entanto, ele apontou que um dos principais desafios é a diversificação da pauta de exportações, com a inclusão de produtos de maior valor agregado.

Indústria de colchões brasileira

Em relação à indústria de colchões brasileira, o Cônsul-Geral destacou que a parceria com a Turquia pode trazer benefícios como a oportunidade de estabelecer parcerias com fabricantes locais e a possibilidade de intercâmbio de conhecimento em tecnologias de conforto, materiais e tendências de mercado. “Participar de feiras na Turquia pode aumentar a visibilidade da marca, impulsionar parcerias voltadas a terceiros mercados e promover contatos com potenciais compradores e fornecedores”, afirmou Ruy Amaral.

O Cônsul-Geral também expressou suas expectativas em relação à participação brasileira na Ibia Expo 2024. “A participação brasileira é uma grande oportunidade para mostrar a qualidade e a diversidade dos nossos produtos. O contato com produtores locais de insumos e máquinas pode ser de grande valia para o desenvolvimento da produção brasileira. Espero que as empresas aproveitem essa oportunidade para fortalecer suas redes de contato, estabelecer parcerias e explorar novas oportunidades de negócios no mercado turco e em outras regiões”, concluiu.

A Turquia desempenha um papel estratégico no comércio regional, atuando como um importante ponto de conexão entre Europa e Ásia. Sua localização geográfica facilita o acesso a diversos mercados, tornando as feiras na Turquia uma plataforma ideal para empresas que buscam expandir sua presença internacional. Segundo o Cônsul-Geral, a presença na feira pode ajudar a promover inovações e desenvolver produtos adaptados às preferências locais, contribuindo assim para o crescimento e a competitividade da indústria brasileira.

Abicol divulga expectativas do setor colchoeiro

Panorama Setor Colchoeiro mostra as expectativas do setor colchoeiro no segundo semestre de 2024 em pesquisa da Abicol

Publicado em 26 de setembro de 2024 | 09:45 |Por: Thiago Rodrigo

O levantamento sobre as expectativas do setor colchoeiro para o segundo semestre de 2024 elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol), revelou otimismo tanto entre fabricantes de colchão quanto entre fornecedores do setor. Ambos os grupos enfrentam desafios relacionados a custos operacionais elevados e concorrência intensa, mas as expectativas de crescimento são positivas, com a maioria prevendo aumento no faturamento e na produção em relação ao mesmo período de 2023. A confiança em uma melhora significativa no desempenho em 2024 reflete o esforço do setor em superar as dificuldades recentes.

Os fabricantes de colchão, que representam 80,95% dos participantes, indicam como principais desafios os custos operacionais elevados (66,67%) e a concorrência intensa (61,90%), além da concorrência desleal com produtos não conformes (52,38%).

No entanto, há um forte otimismo quanto ao faturamento, com 57,14% prevendo aumento entre 10% e 30%, e 28,57% esperando um crescimento superior a 30%. Quanto à produção, 42,86% esperam um aumento de até 10% no número de colchões fabricados, enquanto 23,81% acreditam em um aumento entre 10% e 30%.

Os fornecedores do setor colchoeiro, que correspondem a 19,05% dos respondentes, enfrentam desafios semelhantes aos fabricantes, com 66,67% citando custos operacionais elevados e 61,90% mencionando a concorrência intensa.

As expectativas de faturamento são igualmente positivas, com 57,14% prevendo um aumento entre 10% e 30% e 28,57% esperando um crescimento superior a 30%. Embora a questão de produção não se aplique diretamente aos fornecedores, sua visão do mercado para o segundo semestre de 2024 reflete um otimismo com as oportunidades de crescimento.

Produtos químicos tem mudanças tarifárias

Dentro do otimismo das empresas do setor para o segundo semestre de 2024, há algumas cautelas. Destaca-se a preocupação com a escassez de mão de obra, que, segundo um dos participantes, tem limitado a capacidade de atendimento à crescente demanda.

De acordo com um dos respondentes, essa dificuldade pode, inclusive, gerar um aumento de preços por parte dos fornecedores de insumos. Embora exista a expectativa de crescimento, há quem aponte a instabilidade econômica geral como um fator que pode comprometer essa perspectiva, além de ressaltar um possível aumento da inadimplência.

No entanto, no geral prevalece o otimismo, um dos respondentes vê 2024 como um ano de retomada, com oportunidades de vendas e maior rentabilidade, impulsionadas pela recuperação pós-pandemia.

Produtos químicos tem mudanças tarifárias

Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol) emite nota de esclarecimento sobre mudanças tarifárias de produtos químicos

Publicado em 25 de setembro de 2024 | 09:00 |Por: Thiago Rodrigo

No dia 18 de setembro, foram aprovados os pleitos do setor químico na pauta do Gecex, referentes ao pedido feito à Câmara de Comércio Exterior (Camex) para adotar medidas governamentais destinadas a conter as importações de um conjunto de produtos químicos por meio da Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec).

A Associação Brasileira da Indústria de Colchões (Abicol), que desde o início se posicionou contra o aumento tarifário, uniu-se a outras entidades setoriais para alinhar ações conjuntas em defesa da indústria ao longo do processo. Mesmo com a aprovação dos pleitos, as entidades permanecem mobilizadas na tentativa de reverter os impactos negativos da decisão para os setores afetados. Logo após a aprovação, a Abicol emitiu uma Nota de Esclarecimento ao setor colchoeiro.

Nota de Esclarecimento sobre mudanças tarifárias de produtos químicos
Conforme previamente comunicado, ocorreu na data de ontem, 18 de setembro de 2024, a importante reunião do Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior. A sessão, que tratou de mudanças tarifárias significativas, resultou na aprovação de aumentos nos impostos de importação para diversos produtos químicos essenciais. Apesar dos nossos persistentes esforços e do diálogo construtivo mantido com o governo, visando destacar os severos impactos desses aumentos, a tendência de elevação das tarifas de 12,6% para 20% foram mantidas.

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Esse reajuste tarifário representa um desafio significativo para múltiplos setores, incluindo o de Artefatos de Borracha, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, Nãotecidos e Tecidos Técnicos, Autopeças, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e Profissional, Plásticos, Tintas, Materiais de Construção, Soluções Parenterais, Produtos Eletroeletrônicos, e especialmente para a indústria de colchões. Estamos diante de uma iminente perda de competitividade frente aos mercados internacionais, além de um substancial aumento de custos, que poderá acarretar um incremento de até 34% no custo de produção dos colchões.

A ABICOL reafirma seu compromisso de continuar a luta para reverter essas medidas desfavoráveis. Seguiremos trabalhando incansavelmente, unindo forças com outras entidades afetadas, para persuadir o governo a reconsiderar e avaliar corretamente os efeitos devastadores desses aumentos para o setor industrial brasileiro e para a economia do país como um todo. Estamos determinados a defender os interesses do nosso setor e a garantir condições de operação justas para a indústria de colchões no Brasil.

Luciano Raduan Dias
Presidente da Abicol

Ações da Abicol

Em 12 de abril, a Abicol emitiu uma Nota de Repúdio contra a tentativa de elevação das alíquotas de importação de produtos químicos.
Em 12 de junho, a Abicol, juntamente com 15 outras entidades, assinou o Manifesto Contra o Tarifaço de Insumos Químicos, publicado no Valor Econômico, expressando preocupação e oposição às elevações tarifárias de insumos químicos essenciais para diversos setores, incluindo a indústria de colchões. O documento foi uma resposta ao pedido à Câmara de Comércio Exterior (Camex) para restringir as importações por meio da Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec).
No dia 13 de junho, o manifesto foi entregue em mãos ao Vice-Presidente Geraldo Alckmin durante o I Encontro Mundial da Indústria de Colchões.
Em 17 de julho, representantes da Abicol e de outras entidades representativas de setores industriais reuniram-se em Brasília com o Vice-Presidente Geraldo Alckmin para discutir os impactos das elevações tarifárias na cadeia produtiva.
Em 29 de agosto, a Abicol participou de uma reunião em São Paulo com entidades setoriais para alinhar ações contra a elevação de tarifas de insumos químicos. Durante o encontro, foi discutida a importância de unir forças entre as entidades representativas dos setores que podem ser impactados.
Em 17 de setembro, representantes da Abicol participaram de uma audiência com a Casa Civil para discutir as possíveis elevações tarifárias, ressaltando a importância da articulação entre as entidades para defender os interesses do setor industrial e evitar prejuízos à competitividade e à economia nacional.

Insumos que afetam a indústria

A indústria de colchões, em particular, pode ser afetada diretamente pela elevação das tarifas de produtos como poliestireno expansível, carboximetilcelulose e outros polímeros essenciais para sua produção. Veja a lista a seguir:

– 11.20 – Poliestireno expansível, sem carga, em forma primária. Matéria-prima para fazer EPS.
– 19.00 – Outros poliestirenos em formas primárias. Matéria-prima para fazer EPS.
– 31.11 – Carboximetilcelulose com teor ≥ 75%, em formas primárias. O CMC tem diversas aplicações, sendo a principal como espessante (para aumento de viscosidade ou até formação de gel).
– 39.31 – Ésteres de dioctila do ácido tereftálico. O DOTP, um primo do DOP, utilizado para limpeza de linhas.
– 50.19 – Outros poliuretanos em líquidos e pastas – PUs.


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